Índice
A pariparoba é uma planta nativa, brasileira – uma Piperaceae de folhas grandes, cheirosas, e que dão um chá muito gostoso e curativo. Para má digestão e problemas do fígado, experimente a pariparoba. Seus sabor e seus efeitos vão te surpreender.
Existem duas espécies que são chamadas de pariparoba, capeba ou caapeba, seu nome indígena.
São estas a Piper umbellatum, nativa da Mata Atlântica e Piper peltatum, da Mata Amazônica, também conhecidas como Pothomorphe umbellata e Pothomorphe peltatum – estas são espécies correlatas em uso medicinal popular, como se comprova por este estudo da Fiocruz.
A planta possui potente atividade antioxidante, é anti-inflamatória e causa inibição in vitro do crescimento de Helicobacter pylori.
A pariparoba existe no Brasil todo, não só na Mata Atlântica, e em cada região ela é usada e indicada de maneiras diferentes mas ela é conhecida principalmente para tratar problemas digestivos e do fígado.
Mas, a pariparoba serve para muitas coisas mais.
Um dos usos mais interessantes da pariparoba é para tratar fígado gordo e fortalecer os órgãos com funções importantes, digestivas, endócrinas e depurativas como são fígado, pâncreas e baço.
Outro uso da pariparoba já comprovado cientificamente é como protetora dos raios UV solares.
E mais, a pariparoba é uma das plantas reconhecidamente antimalárica e antiofídica (sobre o uso antiofídico, leia aqui este estudo comparativo).
Esta tese sobre a “Farmacologia e fitoquímica dos extratos de Pothomorphe umbellata (L.) Miq., direcionadas à atividade antiúlcera” confirma que a pariparoba tem ações anti-inflamatória, antiúlcera e que atua positivamente na redução das populações de Helicobacter pylori no nosso organismo.
A planta tem ainda efeito medicinal comprovado para redução das placas de colesterol (veja aqui) nas artérias, por redução dos processos inflamatórios que as acumulam, e sua poderosa ação antioxidante que é maior do que a da vitamina E.
Estudos brasileiros indicam também a capacidade inibidora de melanoma na pariparoba. A planta consegue proteger a pele contra a forma mais agressiva do câncer de pele. Além disso, o extrato da pariparoba ajuda a regenerar a pele restaurando a elastina e melhorando sua estrutura.
No vídeo abaixo você poderá ver sobre diversos usos da pariparoba.
Neste vídeo aqui você verá uma reportagem sobre o uso dermatológico da pariparoba e uma pesquisa da USP sobre seu uso popular.
Na pariparoba usa-se folhas, caules e raízes.
Todas as partes desta planta tem ação medicinal comprovada empiricamente.
Alguns estudos já existem que demonstram seu potencial farmacológico.
Na medicina popular, os usos de folhas e raízes são diferenciados:
Folhas e caule – têm ação diurética, hepatoprotetora, digestiva
Raízes – possuem ação febrífuga
Os modos de usar mais conhecidos para a pariparoba são:
A pariparoba também é uma planta ótima para fazer banho de ervas para proteção, desintoxicação e limpeza energética.
Acredita-se que a pariparoba esteja ligada à divindade Oxossi na Umbanda, por isso é utilizada para banhos de purificação e harmonização.
A pariparoba também é PANC (Planta Alimentícia Não Convencional).
Parente da pimenta-do-reino, ela também é chamada de Pimenta de Folha e, de fato, tem sabor decisivamente picante.
Pode ser usada em receitas no preparo de “charutinhos” em substituição ao repolho e às folhas de uva.
As folhas devem sempre ser bem cozidas, e podem ser preparadas da mesma maneira que se cozinha couve, escarola, repolho ou espinafre.
É rica em óleos essenciais, em vitamina C e cálcio, como indica esta publicação da USP.
Toda erva medicinal, embora natural e de fácil acesso, deve ser usada somente mediante indicação médica ou de algum profissional da saúde.
Principalmente pessoas com problemas de saúde, crônicos ou não, que estejam tomando remédios devem se atentar para a questão da interação medicamentosa. Qualquer erva medicinal pode causar efeito de interação com outros medicamentos ou ervas, aumentando ou diminuindo os efeitos dos medicamentos, às vezes causando problemas colaterais indesejados ou até perigosos.
O abuso nas dosagens desta planta provocará os sintomas que você pretende tratar – náuseas, vômitos, cólicas, diarréia, pequena elevação de temperatura, cefaléia, tremores nos membros, paralisia, erupções na pele, aumento da diurese.
Doses extremamente elevadas podem resultar em inflamação colecistica (fígado, vesícula) e pielorenal (rins), dores nas regiões hepato-vesicular, lombar e vesical, hematúria, presença de cristais de oxalato, uratos, de bile e de alguns resíduos celulares, sedimentos e resina na urina.
Consulte um profissional para um uso seguro desta, ou de qualquer outra planta.
Talvez te interesse ler também:
Tanchagem: a melhor erva curandeira do planeta! Veja todos os usos
Maca peruana: um superalimento de qualidades incríveis
Castanha de Baru: conheça essa maravilha do Cerrado
Fonte fotos – wikipedia
Categorias: Usos e benefícios
ASSINE NOSSA NEWSLETTER