Índice
Cavalinha é uma planta medicinal de uso muito antigo – botanicamente esta planta é conhecida como Equisetum arvense e, em cada região tem um nome interessante: rabo-de-cavalo, cola-de-cavalo, milho-de-cobra, cauda-de-raposa, cana-de-jacaré, erva-canudo ou lixa-vegetal são alguns desses nomes populares.
A cavalinha é planta de brejo, que sempre dá e cresce em região onde a água fica acumulada, nos pântanos, na beira de lagos ou valas. Uns caniços verdes, durinhos, com gomos, que podem crescer até metro e meio de altura em algumas regiões, que bota folhas descabeladas a cada tanto. Lembra o bambu mas não é, também lembra as caninhas de pescar, que são taquarinhas de brejo aqui e ali.
Mas, a cavalinha tem benefícios, e muitos e, por isso, é erva consagrada nas medicinas populares e na fitoterapia.
No região sul e sudeste abunda nos campos uma outra cavalinha, a Equisetum giganteum, que também é usada medicinalmente mas, cujo excesso pode causar danos cardíacos. É importante não se confundir as espécies – o gênero Equisetum tem várias espécies semelhantes, umas mais tóxicas do que outras. A toxicidade da cavalinha é maior para os animais não ruminantes.
Em quantidades excessivas, a cavalinha pode ser ligeiramente tóxica pois contém um alcalóide, a equisetina.
Caso seja ingerida durante um longo período de tempo, a cavalinha pode causar deficiência na vitamina B1 pois contêm uma enzima, a tiaminase, que destrói essa vitamina.
Esta planta é rica em selênio e, portanto, para consumo interno só deve ser colhida durante a primavera quando os níveis desse mineral no solo não são muito altos – é que o excesso de selênio é bastante prejudicial à saúde podendo causar problemas neurológicos.
Apesar da cavalinha ser muito usada como diurético e até no fortalecimento das funções renais, seu uso por tempo prolongado pode provocar irritabilidade deste órgão por excessiva excreção.
Esta é uma planta muito antiga, que se reproduz por esporos (como as samambaias e fungos) e que não depende de nenhum método de polinização. É uma planta perene, rica em cristais de silício e que atingia os 12 metros de altura em tempos geológicos muito antigos, quando era uma planta dominante em áreas alagadas.
Cavalinha é uma das ervas medicinais que constam da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) e permitida sua indicação e uso medicinal de acordo com as tradições da medicina popular.
Nas medicinas populares a recomendação é de que se ferva, por até 10 minutos, um punhado de cavalinha seca para cada litro de água.
No comércio você encontra a cavalinha (Equisetum arvense) seca e cortada, em pacotes.
Caso vá usar a cavalinha fresca, duplique a quantidade de folha picada.
O chá resultante poderá ser tomado, quente ou frio, até 3 vezes ao dia conforme a necessidade, usado como banho para o corpo e vagina, lavagem dos olhos ou compressas.
O site Plantas que Curam indica também o uso do extrato em pó, em cápsulas ou para misturar a um líquido.
Leia mais sobre usos e benefícios de Ervas Medicinais:
UNHA DE GATO – USOS, BENEFÍCIOS E PROPRIEDADES MEDICINAIS
ARGILA BRANCA – PROPRIEDADES MEDICINAIS E FANTÁSTICOS USOS DERMATOLÓGICOS
INHAME: UM ALIMENTO MEDICINAL, CHEIO DE PROPRIEDADES E USOS
Categorias: Usos e benefícios
ASSINE NOSSA NEWSLETTER