Ledum palustre: Usos, Cuidados e Recomendações


A Ledum palustre (sinônimo de Rhododendron tomentosum) ou Alecrim-dos-pântanos é uma planta de locais frios e encharcados, usada pela medicina popular para hipertensão, cólicas intestinais, como cicatrizante e diurético. Porém, também tem uso consagrado como repelente de mosquitos.

Toda planta tem seu uso – é por isso que as medicinas populares aplicam plantas diferentes para os mesmos problemas pois, o mais recomendável é que se use a planta originária do local onde você mora – mas isso já não é tão possível agora, nesse moderno mundo globalizado. Então, a gente deve conhecer plantas, e usos, de diferentes lugares e, ver com quais nosso organismo mais se encaixa – para algumas pessoas o melhor será a citronela e, para outros casos, a Ledum.

O que é a Ledum palustre

Este é o caso dessa plantinha nativa de terrenos frios, úmidos, encharcados, que cresce na América do Norte (Estreito de Labrador, Alasca, Canadá) e em algumas regiões do norte da Europa e Escandinávia (Groenlândia, Rhododendron groenlandicum, que é semelhante em uso porém não igual) e Ásia (Sibéria, China, Coréia e Japão).

Da Ledum palustre usam-se folhas e flores, em infusão, tintura-mãe, pomada ou preparação homeopática.

Também é conhecida como Labrador Tea, nome genérico que junta três tipos de ledum comuns ao uso Inuit (esquimó) como chás curativos.

Todas as três espécies são arbustivas, de crescimento lento, folhas verdes e flores brancas aromáticas.

  • Rhododendron tomentosum (Northern Labrador chá, anteriormente Ledum palustre)
  • Rhododendron groenlandicum (chá de Bog Labrador, anteriormente Ledum groenlandicum ou Ledum latifolium) e
  • Rhododendron neoglandulosum (chá ocidental de Labrador, ou chá do trapper, previamente Ledum glandulosum).

As plantas do tipo Ledum são da família Ericaceae, das éricas que comumente usamos como bordadura de jardins e canteiros.

Usos medicinais

O chá de Labrador é uma mistura das três espécies de Ledum ou Rhododendron (tomentosum, groenlandicum e neoglandulosum) e amplamente usados pelos povos originários das regiões onde a planta é espontânea, tanto para uso interno, como chá ou infusão, como para uso externo, em loção ou pomadas, para proteger a pele de picadas ou para tratar os efeitos destas.

A ingestão sistemática da mistura cria um ambiente repelente aos mosquitos por alterar (para o olfato desses insetos) o nosso odor corporal tornando-o desagradável. Nós não notamos a alteração mas, os mosquitos evitam picar as pessoas que o têm assim.

Cuidados: terpenos venenosos e uso abusivo

Só que o bom resultado sempre vai depender da dosagem e concentração.

Todas as Ledum do chá de Labrador possuem, em todas as partes da planta, terpenos venenosos que alteram as funções nervosas e, em caso de overdose, os primeiros sintomas são

  • tonturas,
  • distúrbios do movimento,
  • espasmos,
  • náuseas e até a
  • inconsciência.
  • Em casos graves de intoxicação pode ocorrer coma e morte.

Algumas pessoas não suportam o cheiro da planta, que é bastante forte e atrativo de abelhas, pois lhes causa dor de cabeça.

Indicações habituais

  • Na Escandinávia as ramas secas das plantas do tipo Ledum são usadas para afastar traças em armários e gavetas, pelo aroma penetrante que exalam.
  • No Alasca, Canadá, Groenlândia e tundra siberiana é comum o uso destas plantas como chá para aquecer o organismo e enfrentar as agruras climáticas como tosses, resfriados, infecções brônquicas e pulmonares.
  • Na homeopatia, as preparações à base de Ledum palustre (Rhododendron tomentosum) são indicadas, em gotas ou pellets, como preventivo para picadas de mosquitos, para as pessoas mais suscetíveis.
  • Na fitoterapia existem formulações de pomadas, cremes e tinturas da planta para passar em picadas e reduzir os efeitos incômodos.
  • No sistema floral do Alasca as flores de Ledum são indicadas para problemas de desequilíbrio interno, com o nome de Labrador Tea. Esta é uma essência floral interessante para quem tem dificuldade de voltar ao seu centro depois de alguma experiência perturbadora. Tem como qualidades positivas o liberar o estresse associado à experiência dos extremos e nos ajudar, continuamente, a aprender uma nova perspectiva de equilíbrio.
  • Outra indicação interessante para o chá ou tintura de Ledum palustre é a vaporização – uso do vapor da planta para aliviar sintomas bronquiais.
  • Durante o século XVIII, os cervejeiros alemães usaram R. tomentosum enquanto preparavam cerveja” com elevada toxicidade.

Doses, contraindicações e recomendações

À parte o mencionado efeito narcótico do uso excessivo desta planta, não há na literatura estudos que a contraindiquem (exceto, claro, para grávidas, crianças pequenas e lactentes) desde que, não ultrapassada a dose de segurança de 1 colher de folhas secas de chá de Labrador para cada xícara de água fervente.

Não se recomenda deixar as folhas dentro do chá mais do que 5 minutos pois, o objetivo é fazer um chá fraco, com baixa dosagem de terpenos nocivos ao sistema nervoso central.

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Redação greenMe

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