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O bacuri da Amazônia é uma das frutas nativas da região amazônica e são duas as espécies que levam esse nome: Scheelea phalerata, Arecaceae, quando também é chamado acuri’, aricuri ou ouricuri, e a Platonia insignis, Clusiaceae, quando também é chamado landirana.
Mas também há outro bacuri, o do cerrado: Salacia elliptica, Celastraceae. Todas as frutas que se conhecem como bacuri são comestíveis e usadas, pelas populações regionais, in natura, para fazer doces e sorvetes.
Um dos bacuris da Amazônia, a espécie Platonia insignis, dá em uma árvore grande e frondosa, que pode atingir até 40 metros de altura e 2 metros de diâmetro de tronco. Sua fruta é um pouco maior do que uma laranja, de pele grossa amarelo-limão.
Esta é uma planta nativa das Guianas, Amazônia e Ilha do Marajó mas, também pode ser encontrada em diversas matas brasileiras, do Piaui ao Mato Grosso.
O uso da Platonia insignis é extenso na culinária regional do norte do país, em cremes, geleias, doces, bolos, purê e licores mas, também traz muitos benefícios para a saúde.
O bacurizeiro é uma árvore de madeira nobre, com diversas aplicações na fabricação de móveis, caibros, ripas, estacas, dormentes, embalagens pesadas e tacos.
Esta é uma fruta rica em fósforo, ferro, potássio e vitamina C especialmente bem aproveitados quando do seu consumo in natura.
As sementes do bacuri são ricas em óleo e deste se prepara medicamento caseiro para doenças de pele e, na medicina popular, tem também indicação como digestivo, diurético e cicatrizante.
A resina da casca do bacurizeiro é muito usada, também, como medicamento veterinário.
O bacuri integra uma receita de chope amazonense, o Amazon Beer, de Belém do Pará.
Tratamento de problemas de pele e dor de ouvido, eczema e picadas de aranha. Também é indicado como cicatrizante e anti-inflamatório, no tratamento de herpes, reumatismos, artrites e leishmaniose.
Na remoção de manchas na pele e renovar o tecido da cicatriz.
Aumenta a saciedade e regula o intestino.
Esta é uma cultura bem adaptada à agricultura familiar e, se for plantada por enxertia, com manejo adequado, ficará uma árvore mais baixa e que começará sua produção mais cedo (entre os 4 e os 5 anos de idade) – plantada por semente só dará fruto após os 10 anos.
A casca do bacuri é rica em um flavonoide, a moreloflavona, cuja extração é muito fácil. “Esse flavonoide possui ação antioxidante e anti-inflamatória conforme demonstrado por testes enzimáticos in vitro”, diz Maria Luiza Zeraik, professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL).
O moreloflavona atinge altos preços no mercado internacional: “Cinco miligramas dessa substância custam em torno de US$ 60“, diz Maria Luiza, o que torna muito interessante a utilização secundária do resíduo (casca do bacuri) produzido pela indústria doméstica de doces e sorvetes desta fruta nativa.
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