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O sapoti ou sapota, um pequeno e outra maior, são os frutos do sapotizeiro, Manikara zapota, árvore grandalhona da família das Sapotaceae. Quem morou no campo ou é do norte do país conhece bem a beleza que é ter um pé de sapoti no quintal – só que é preciso ter um “senhor quintal” pois, essa árvore linda é grande para o alto e para os lados.
Um estudo publicado na Revista de Fruticultura nos fala do sapotizeiro no Brasil. A planta é nativa da América Central, México, onde é conhecida como zapotl. Está intimamente relacionada com as civilizações pré-colombianas que usavam a fruta, a madeira e o látex do tronco para a fabricação de chiclete.
Este é um fruto, quando maduro, muito doce e nutritivo:
Minerais: P – 9; K – 173; Ca – 28; Mg – 17; S -21 e Fe – 0,6 (mg por 100 gr de fruta, madura, colhida em Pernambuco)
Vitaminas: 85 UI de vitamina A; 20 mcg de B1; 40 mcg de B2; 0,24 mg de B3, e apenas 7 mg de ácido ascórbico.
Esta deliciosa fruta tropical ainda é bastante subutilizada pela indústria alimentícia do nosso país (o que é uma sorte, eu diria!) e tem sua principal participação, in natura, nos mercados populares. A sua casca é fina (o que dificulta o seu transporte e acumulação), a polpa é tenra e saborosa e, o melhor jeito de se comer sapoti é mesmo direto da árvore.
Só que, para colher o sapoti você vai precisar de uma daquelas varas bem compridas, com uma sacolinha amarrada na ponta, viu?
Porém, não só de fruta in natura se faz a festa do sapoti: também se prepara geleia, sorvete, refresco, xarope e doces deliciosos com essa fruta de colheita difícil pois, árvore grande e frondosa, cheia de folhas brilhantes e as frutas, pelo meio, no lusco-fusco, escondidinhas. Mas, vale a persistência.
Das sementes do sapoti (cada fruto tem entre 4 e 12) se faz uma manteiga vegetal muito boa para os cabelos – principalmente para cabelos queimados, enfraquecidos ou danificados – e usada por empresas dermatológicas (que surrupiaram a ideia dos caboclos amazonenses, claro).
Essa madeira é usada para movelaria e usos mais comuns como fazer cabo de enxada. É uma madeira firme, de fibras curtas, que não lasca facilmente e nem é atrativa para cupins e brocas.
Sim, se você tiver espaço e chão vai dar certo plantar desde que, em sua região os invernos não sejam “invernos de verdade”, claro.
Sapotizeiro gosta de clima quente e úmido, solo rico e profundo, pleno sol, água farta e espaço para crescer (cada árvore precisa, no mínimo, de 8 metros de raio livres).
De resto, não tem segredo: você pode plantar sapoti de semente (vai nascer a árvore com sua identidade genética) ou por enxertia (para garantir que a árvore-filha será idêntica à árvore-mãe).
Popularmente se usa o chá de casca fresca da fruta contra estados febris, a decocção d.a semente como diurético e o fruto em casos de subnutrição e diversos estudos etnobotânicos (leia este aqui, por exemplo) atestam o uso desta fruta nas medicinas populares brasileiras. Em alguns casos também é usada a decocção da semente de sapoti para tratar infecções renais e urinárias.
Nos sites que indicam como usar a casca e a semente de sapoti para tratamentos são usadas as seguintes proporções:
● Infusão para febre: 1 colher (de chá) da casca fresca do fruto em 150 ml de água fervente e deixar descansar por 5 minutos. Beber até 3 xícaras por dia.
● Infusão para retenção de líquidos: 1 colher (de chá) de semente de sapoti em pó em 500 ml de água fervente e beber durante o dia.
Pela sua composição, estima-se que o consumo do sapoti in natura seja benéfico para:
● intestino (rico em fibras) e tratar prisão de ventre
● facilita a digestão
● saúde dos olhos (rico em vitamina A)
● aumento da imunidade (rico em vitamina C e taninos com propriedades antimicrobianas)
● ajuda a emagrecer (consumida com moderação)
● fonte de minerais (ferro, fósforo, cálcio, potássio e cobre)
● rica em antioxidantes
● ajuda no combate ao câncer de cólon pois promove limpeza eficiente da região
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