ALOE ARBORESCENS: propriedades curativas, efeitos colaterais e como reconhecê-la

O gênero botânico Aloe, de onde são as babosas, tem mais de 400 espécies, entre naturais e híbridas. Somente 4 destas são consideradas medicinais e a Aloe arborescens é a que tem maior quantidade de princípios ativos. É bom a gente aprender as diferenças entre uma e outra e, principalmente, reconhecer aquela que temos no quintal, certo?

O gênero Aloe pertence à classe de plantas suculentas normalmente suas espécies são originárias da África, nativas de terrenos áridos. Sua necessidade de água é equilibrada pelas suas folhas, gordas e cheias de líquidos, que fornecem o necessário à planta. É no interior das folhas que encontramos o famoso gel de babosa mas, princípios curativos existem também na entrecasca – a maior quantidade de aloína se encontra próxima a casca e escorre, quando a folha é cortada, em um líquido que, rapidamente se oxida, tornando-se da cor do iodo, você já deve ter reparado.

É preciso conhecer bem para não se enganar – algumas suculentas do gênero Aloe possuem látex que pode irritar e queimar sua pele (cuidado com os olhos) e que têm toxicidade significativa. Então, não é todo aloe que se pode usar para tratar um machucado, passar no rosto ou fazer remédio.

A espécie Aloe arborescens é, das aloe, a mais rica em princípio ativo, junto com a Aloe barbadensis, ambas usadas em cultivos comerciais para a produção de gel de Aloe vera.

Suas propriedades medicinais são conhecidas desde os tempos antigos e, segundo a lenda, Cristóvão Colombo já as teria mencionado nos seus diários de viagem.

A Aloe arborenscens é também uma planta ornamental interessante – forma rosetas de até 1,5 m de diâmetro e pode atingir até 3 metros de altura, com flores vivamente vermelhas, em hastes eretas, muito bonitas.

Para sua reprodução, basta replantar os filhotes da planta que surgem lateralmente, especialmente quando a planta sofre um período de estresse ambiental.

Propriedades curativas da Aloe arborescens

Seu gel rico em vitaminas, minerais, aminoácidos e substâncias antioxidantes. Tem excelentes propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes. A ingestão do gel de Aloe arborescens age depurativamente no corpo todo, sendo mais acentuado seu efeito na proteção do fígado e na redução dos níveis de colesterol daninho.

O gel da Aloe arborescens fortalece o sistema imunológico de quem faz uso rotineiro e tem poderosa ação anti-bacteriana. Atua favoravelmente na melhora da digestão, na aceleração do metabolismo e garante uma boa dose de substâncias com ação anticancerígena.

Foi a espécie Aloe arborescens a babosa estudada pelo Frei Romano Zago, cuja receita é ainda usada até hoje para tratamentos de câncer, segundo ele, até em estágios bastante avançados da doença.

Ouça no vídeo uma das entrevistas com o Frei Romano Zago:

Efeitos colaterais da Aloe arborescens

Como todas as plantas, a Aloe arborescens também pode dar alguns efeitos colaterais em pessoas mais sensíveis. O uso interno do gel de Aloe arborescens pode, eventualmente, dar cólicas e diarréia – se for o caso, interrompa imediatamente o uso do gel ou suco de aloe.

É importante você saber se a ingestão de gel ou suco de Aloe arborescens (ou de qualquer outra planta) não terá interação medicamentosa com os medicamentos de que você faz uso, principalmente em caso de medicamentos para controle de pressão arterial, glicemia e antidepressivos. Converse com seu médico sobre essa possibilidade e, na dúvida, não use a aloe.

Contraindicações

Durante a gravidez não é aconselhada ingestão de gel ou suco de aloe pois ainda não há suficientes estudos que garantam sua segurança. Durante a lactação evite pois que, eventualmente, a ingestão de aloe, sob qualquer forma, poderá tornar seu leite amargo e desagradável para o seu bebê.

Como reconhecer a Aloe arborescens

O vídeo abaixo te ajudará a reconhecer esta espécie, ainda que em espanhol. Dá uma olhada:

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