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O guaraná, Paullinia cupana var. sorbillis, é um arbusto nativo da Amazônia que ocorre desde o Rio Tapajós até a bacia do Rio Madeira. Esta planta é usada como energético e medicinal pelas tribos indígenas da Amazônia brasileira.
O fruto do guaraná, vermelho e com um olho aberto, tem uma grande quantidade de cafeína, que no guaraná é chamada de guaraína. É usado na fabricação de xaropes, barras, cápsulas e pós, mas também pode ser mastigado, quando seco.
As propriedades curativas do guaraná estão descritas desde 1763 em um texto do Bispo Dom João de São José de Queirós que disse ser esta planta um remédio excelente para febres, diurético, que evita a sensação de fome e poderoso energético. O texto em questão foi publicado em 1968 e pode ser lido aqui.
Pesquisas antigas, do século XIX, feitas pelo Dr. Theodor Peckholt, um naturalista alemão que estudou o Brasil, analisou e classificou o princípio ativo do guaraná, o qual o chamou de guaranina.
A guaranina já tinha sido, anteriormente, descoberta pelo químico Theodor von Martius.
Outros estudos, posteriormente feitos na Escola de Medicina Tropical de Liverpool, no início do século XX, comprovaram que, uma quantidade mínima de guaraná tinha uma ação semelhante à da morfina (uma planta que traz alegrias) e esta qualidade foi atribuída à beta guaranina que, em 1931 se confirmou ser cafeína.
Fora a cafeína, o pó de guaraná também tem teobromina (broncoprotetor, vaso dilatador e estimulante do sistema nervoso central) e teofilina que, como a teobromina, tem ação em casos de asma e enfisema por ser também um vaso-dilatador dos brônquios e dos vasos pulmonares, pelo relaxamento da musculatura lisa. Este efeito vaso-dilatador também afeta as coronárias e aumenta os batimentos cardíacos.
O pó de guaraná ainda conta com a teofilina, que assim como a teobromina, é indicada no tratamento de doenças caracterizadas por broncoespasmo, particularmente a asma e enfisema. Isto porque causa dilatação dos brônquios e dos vasos pulmonares, através do relaxamento da musculatura lisa. Ao nível cardiovascular, a teofilina dilata também as artérias coronárias e aumenta os batimentos cardíacos.
Pesquisas mais recentes investigaram a toxicidade do guaraná e determinaram seu uso medicinal. Este é um texto técnico da área de Farmácia, com trechos muito interessantes quanto ao uso popular do guaraná como estimulante e tônico cerebral.
Outros usos comuns e propriedades curativas do guaraná são:
adstringente
afrodisíaco
analgésico
antibacteriano
diurético
refrigerante
revigorante
estimulante psíquico
indicado em casos de cansaço físico e estresse mental
contra a impotência sexual
indicado para aumentar a capacidade de raciocínio, no pré e pós-menstrual
para o sistema cardiovascular
contra enxaquecas
Porém, o uso do guaraná, em pó ou extrato, deve ser mínimo, pois há contraindicações: em excesso o guaraná pode produzir taquicardia, diarreia, dores intestinais, afetar o fígado, os rins, estômago e provocar tremores.
A quantidade máxima indicada por dia vai de uma a quatro colheres de chá de pó de guaraná – misture com um suco ou vitamina de seu agrado e, mexa bem pois o pó não se dissolve no líquido.
Saiba que pó de guaraná pode ter até 8% de cafeína na sua composição de massa seca (o café atinge até 2,5%, a erva-mate, 1% e o cacau, 0,7%, portanto pegue leve no inicio até para saber a reação do teu corpo. Tem gente mais e menos sensível à sua ação.
Leia mais aqui sobre a composição do guaraná
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