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Pequi é árvore brasileira, nativa da gema e muito comum nas regiões de cerrado nos estados de Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Bahia. O pequi, frutinha amarela espinhenta, leva o nome botânico de Caryocar brasiliense e também é conhecido como piqui, pequiá, piquiá, piquiá-bravo, amêndoa-de-espinho, grão-de-cavalo, pequerim e suari. É destaque na culinária típica onde o arroz de pequi é um rei. Mas, cuidado com os espinhos.
O pequi também tem outros usos: como condimento, óleo (para cozinha e biodiesel), em licores típicos e na medicina popular. E é esse uso, medicinal popular, que vamos falar aqui.
Pode-se usar o óleo das castanhas que ficam dentro dos caroços de pequi (3 a 5 gotas na comida, 2 vezes ao dia) ou um preparado com os caroços de pequi fervidos (a receita é assim: “deixar ferventar 15-20 caroços de pequi, escorrer a água até os caroços secarem. Colocar em um frasco de vidro e completar com óleo vegetal previamente esquentado. Utilizar o óleo 2x ao dia nas principais refeições ou dissolver 1 colher de café do óleo de pequi em 1 colher de café de mel e tomar 2x ao dia”.
Se usa um preparado, em cachaça, de caroços de pequi (veja a receita: deixar por vários dias 15-20 caroços de pequi em repouso na cachaça. Tomar 2 colheres de sopa ao dia)
Existe um trabalho que trata das contaminações com Cryptococcus neoformans responsáveis por lesões que afetam o sistema nervoso central em pacientes com AIDS. Se for do seu interessa, leia aqui este trabalho que foi publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Também tem quem use o óleo de pequi para hidratar pele e cabelo, com bons resultados mas, sempre diluído em outros óleos pois o pequi é bastante forte, de odor persistente e grande oleosidade.
O óleo de pequi, com seus incontáveis antioxidantes, tem potencial anti-inflamatório também.
Atualmente, comer pequi é usado como preventivo de câncer por conta da sua capacidade de combater os radicais livres.
O óleo de pequi também é usado no controle de tumores (mistura-se uma medida de óleo com igual medida de mel, para este e outros usos).
O chá das folhas do pequizeiro é usado como regulador do fluxo menstrual
Veja aqui um interessante trabalho sobre o uso do pequi na medicina popular realizado na Faculdade Alfredo Nasser, de Goiânia.
E este vídeo que fala de algumas das propriedades curativas e usos culinários do pequi.
O interesse comercial sobre a produção de pequi gera empregos e renda para famílias de pequenos agricultores pois, cada pequizeiro tem capacidade de produzir entre 500 a 2000 frutos por safra, que resultam em 180 kg de polpa, 33 kg de amêndoas, 119 kg de óleo de polpa e 15 l de óleo de amêndoa. Veja aqui sobre a produção do pequizeiro aqui na Embrapa.
Leia também: COMO PLANTAR PEQUI E FAZER AS SUAS MUDAS
Este é o óleo extraído da polpa do fruto e da castanha, e tem diferenças em sua composição especialmente nos ácidos graxos. No óleo de polpa do fruto o ácido oleico, ou ômega 9, é predominante e, no óleo da castanha predomina o ácido palmítico (mais detalhes aqui neste trabalho sobre a composição química e os compostos bioativos da polpa e amêndoa do pequi).
Veja no vídeo abaixo a técnica artesanal de extração, com água aquecida a 80º C, do óleo de pequi. O óleo, não solúvel e menos denso que a água, sobre e pode ser recolhido ou decantado.
Fonte: plantasquecuram.com.br
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