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Dente-de-Leão é o nome comum de várias espécies do gênero Taraxacum das quais a mais disseminada é a Taraxacum officinale, nativa tanto do continente europeu quanto do asiático. É injustamente considerada erva daninha quando na verdade é uma PANC com propriedades medicinais, além de nutricionais. Vamos saber tudo sobre ela.
Esta linda florzinha amarela veio para as Américas junto com os conquistadores e, por isso, na América do Norte, era conhecida dos nativos como “pegadas do homem branco” pois sua disseminação acompanhava as caravanas.
É uma planta da família das Asteraceae (a mesma do absinto (Artemisia absinthium); da alface (Lactuca sativa); do girassol (Helianthus); do crisântemo (Chrysanthemum sp.); da margarida (Bellis perenis); da serralha e muitas outras).
Suas inflorescências são amarelo-ouro ou brancas, super chamarizes de abelhas e outros polinizadores.
É uma planta que se adapta facilmente a ambientes degradados e agrestes e, suas sementes permanecem viáveis por longos anos, razão pela qual a sua disseminação, atualmente, é cosmopolita.
Em muitos lugares da terra, esse gênero é usado para alimentação, de gente e de gado e, desde sempre, para a cura.
O nome Taraxacum pode vir dos termos gregos “taraxis” (desordem, desequilíbrio) e “akas” (remédio).
A Taraxacum officinale também é conhecida pelos seguintes nomes populares:
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Apesar de ser considerada como erva daninha por jardineiros e proprietários de gramados, o dente-de-leão é uma planta com uso consagrado tanto na culinária quanto na medicina popular de muitos países.
Seu conteúdo em vitaminas A e C, cálcio e ferro fazem do dente-de-leão uma erva competitiva com o espinafre e outras semelhantes.
O dente-de-leão tem uma peculiaridade que pouca gente conhece: suas raízes contêm látex que pode ser usado para a fabricação de borracha natural a um preço conveniente.
A empresa holandesa KeyGene em colaboração com a Kultevat, desenvolveu um método para transformar a planta dente-de-leão em pneus.
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Rica em vitaminas e minerais (veja propriedades nutricionais logo mais abaixo), a raiz da planta contém um tipo de fibra solúvel chamada inulina, que promove o bom funcionamento intestinal.
Ainda são necessários mais pesquisas, mas alguns estudos apontam que o dente-de-leão pode ajudar no combate à inflamação, especialmente por causa dos polifenóis que contém.
Dentes-de-leão são poderosos antioxidantes. Por isso ajudam a combater os radicais livres, que, em excesso, podem causar diversas doenças. Existem vários tipos de antioxidantes no dente-de-leão, entre eles os polifenóis, que estão presentes em todas as partes da planta, mas especialmente na flor.
O dente-de-leão pode auxiliar no combate às infecções causadas por vírus e bactérias. Alguns estudos apontam essa capacidade de ser antiviral e antimicrobiano. Porém mais pesquisas são necessárias para comprovar esse efeito.
Algumas pesquisas apontam que o dente-de-leão pode ajudar na diminuição da absorção de gordura pelo organismo. Um estudo feito em camundongos mostrou que o ácido clorogênico presente na planta pode ajudar no controle e na redução de peso.
O dente-de-leão contém ácido chicórico e clorogênico, e esses dois compostos podem ajudar na redução dos níveis de açúcar do sangue, como demonstram alguns estudos.
O dente-de-leão pode ainda auxiliar no controle dos níveis de colesterol, reduzindo o colesterol ruim, causador de doenças cardíacas. Alguns estudos já apontaram esse efeito, mas são necessárias mais pesquisas. Um outro efeito interessante é a possiblidade do dente-de-leão reduzir a pressão arterial, graças ao potássio que contém.
A planta pode ter um efeito muito importante no organismo: prevenir o crescimento de células cancerígenas, especialmente na mama, cólon, fígado e estômago. Leia mais sobre os usos medicinais logo abaixo.
O dente-de-leão pode ainda prevenir doenças e danos ao fígado. Um estudo feito em animais mostrou que essa planta pode evitar lesões hepáticas, reduzir os níveis de gordura no fígado e evitar o estresse oxidativo.
Graças às suas fibras, o dente-de-leão pode ajudar no correto funcionamento intestinal, evitando problemas de estômago, reduzindo a constipação e auxiliando na digestão.
Por causa de sua riqueza em antioxidantes, o dente-de-leão pode ajudar na redução da acne, diminuir o fator envelhecimento da pele e outros danos causados pelos raios solares. É o que indicam alguns estudos feitos em animais. A planta pode reduzir a inflamação e irritação da pele, hidratar e ajudar na produção do colágeno, no entanto mais pesquisas são necessárias para comprovar esse efeito.
Esse é um efeito secundário, graças ao cálcio e à vitamina K presentes no dente-de-leão, mas que não deixa de ser importante. Além disso, os antioxidantes presentes na planta auxiliam na redução do estresse oxidativo, protegendo contra a perda óssea.
É uma Planta Alimentícia Não Convencional rica em
É pobre em calorias e não contém as principais moléculas responsáveis por alergias e intolerâncias alimentares como glúten, lactose e histamina.
Possui algumas propriedades antinutricionais como ácido fítico, oxálico e seus derivados (fitatos e oxalatos), que no entanto diminuem significativamente após o cozimento.
Na medicina popular e na fitoterapia é consagrado seu uso como tônico hepático, diurético e depurativo do sangue, antiescorbútico, antiácido e laxante.
Sua ingestão facilita a digestão e estimula o apetite. Pode ser usado em casos de obstipação.
Como o seu uso aumenta a produção de bílis, também é adequado para problemas de fígado e vesícula biliar.
A raiz do dente-de-leão é indicada para reumatismos e, na forma de óleo para massagem, nos casos de artrite.
Dizem que o seu chá ajuda muito nas dietas de emagrecimento, se tomado 3 vezes por dia.
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Estudos muito interessantes realizados no Canadá (Departamento de Química e Bioquímica da Universidade de Windsor) apontam o dente-de-leão como um possível remédio para o câncer.
Segundo o estudo, o extrato da raiz do dente-de-leão, aplicada à células cancerosas, leva essas células ao processo de apoptose, que é a sua autodestruição.
Esta pesquisa foi feita pela Dra. Caroline Hamm e, através dela foi encontrada uma das únicas soluções para ajudar aqueles que sofrem de leucemia mielomonocitica crônica (LMMC). Este tipo de leucemia começa nas células formadoras do sangue na medula óssea a partir de onde envolve todo o sangue.
O estudo que reproduzimos conta que alguns pacientes de LMMC conseguiram sua cura pelo uso do chá da raiz de dente-de-leão mas, esse fato ainda não está consagrado pela medicina ocidental oficial. E a pesquisa também não está consagrada pois, como se pode pensar, não é de grande interesse para a indústria farmacêutica.
Utilize 2 colheres (sopa) de raiz (pode usar a planta inteira também) e cozinhe em 1 litro de água até ferver. Quando ferver, desligue o fogo e abafe por 10 minutos. Depois disso basta coar o chá e tomar. O recomendado é até 3 xícaras ao dia.
O dente-de-leão pode ser consumido cru em saladas ou cozido.
Para comer cru em salada, é necessário colher a planta jovem, antes de florescer e dar frutos, quando as folhas são verde-claras e brilhantes, deconsistência tenra e sem pêlos. A planta jovem tem sabor adocicado enquanto a planta mais velha é mais amarga. Não utilize as plantas com penugem.
Para comer cozida, pode ser fervida mas dê preferência para cozinhar no vapor para manter suas propriedades nutricionais.
Pode ser refogada com um fio de azeite, dentes inteiros de alho, sal e pimenta a gosto, deixando abafar com a panela tampada e em fogo baixo.
Use a verdura refogada como alternativa ao espinafre para rechear tortas e massas, lasanhas, pães, canelones, biscoitos salgados, panquecas e quiches.
Use as suas flores comestíveis para decorar pratos e bebidas.
Veja receitas nos vídeos abaixo:
A dente-de-leão é uma planta de baixa toxicidade e segura para a maioria das pessoas se consumida como alimento. No entanto ainda existem poucas pesquisas sobre seu uso, alimentar ou medicinal que seja.
A planta pode causar reações alérgicas e dermatite de contato em pessoas com pele sensível. Também pode interagir com medicamentos. Consulte um médico sempre que quiser fazer uso de plantas como tratamento de saúde, principalmente se fizer uso de medicamentos.
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