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A arnica é uma planta muito conceituada nas medicinas ancestrais dos povos europeus e, atualmente, também na moderna fitoterapia.
As propriedades curativas e os benefícios que a arnica traz ao nosso corpo já são conhecidos há muitos séculos e, cada vez mais considerados pelas medicinas modernas. O que atrai na arnica é a sua capacidade de agir no combate às situações dolorosas (contusões, dores de cabeça, machucados) e seu potencial anti-inflamatório, comprovadamente efetivo, para além do seu uso consagrado como cicatrizante e no combate às hemorragias. Também é reconhecida em suas ações anti-séptica e analgésica, tônica e estimulante.
O seu uso também é muito recomendado na homeopatia e na antroposofia como preventivo nos pré-operatórios e como tratamento em casos de cirurgia ortodôntica, pequenas cirurgias ambulatoriais, pós-operatórios, tanto na medicina humana quanto na veterinária.
O seu uso externo é consagrado para situações, tais como:
É preciso, já de cara, dizer que a arnica é hepatotóxica. Não é para sair por aí fazendo chazinho de arnica para qualquer dor de cabeça. É importante se saber que tipo de arnica se está usando e qual a dose adequada.
Mas, você sempre poderá usar arnica externamente, em compressas e macerados, sem medo. Claro, na fitoterapia existe a tintura de arnica, que bem dosada pode ser tomada sim e, na homeopatia, a arnica montana dinamizada, que não tem nenhum perigo de ser usada.
O gênero arnica tem 30 espécies espalhadas, e usadas, pelo mundo afora mas, as que nós vamos considerar aqui são a Arnica montana e a Arnica chamissonis pois, são as duas que contêm helenalina, uma lactona de poderosa ação anti-inflamatória.
Como seu nome já diz, a arnica é uma erva das altas montanhas da Europa e que também se encontra, nativa, na Sibéria e nas altas montanhas temperadas da América do Norte.
Então, vamos lá ao uso tópico da arnica, em tintura, chá ou macerado, que nós recomendamos para alívio e tratamento de dores musculares ou articulares.
Também você pode encontrar no mercado pomada e gel de arnica, em diferentes concentrações do seu princípio ativo, práticas para serem aplicadas, em qualquer lugar, 2 a 3 vezes ao dia, em massagens suaves na região dolorida.
É fácil! Basta você comprar flores secas de arnica (vende-se nas boas farmácias naturais), ou colher um bom punhado de flores frescas, se na sua região houver arnica natural. Com as folhas secas, ou frescas, você pode preparar uma decoção (chá fervido por 5 minutos com as folhas e abafado) ou uma tintura (junte 10 g de folhas secas ou o dobro de folhas frescas em 100 ml de álcool de boa qualidade e deixe repousar por 5 dias, tampado, em local escuro). Tanto a decoção como a tintura você deverá diluir em 4 partes de água, para fazer compressas e aplicar nas áreas doloridas.
Segundo nos disse Isabella Massamba, PHD em Ciências Naturais e especializada em botânica e etnobotânica: “As propriedades desta planta são, provavelmente, devidas à ação combinada dos compostos fenólicos e flavonoides, os quais têm um papel fundamental em mecanismos envolvidos na redução de mediadores inflamatórios (moléculas, gerado em um foco inflamatório, capaz de modular a progressão da inflamação e sua possível cronicidade) e as toxinas que geram radicais livres. A aplicação de compostos de arnica estimula o aumento da produção de antioxidantes: isto ajuda na prevenção de danos de tecido, ferimentos e a superprodução da membrana sinovial, em alguns casos de artrite”.
Bom, aqui no nosso país a arnica é bem conhecida, espalhada e usada. Só que tem uma infinidade de nomes e de plantas diferentes que até podem nos confundir. Mas, todas as que, de alguma maneira, usam o nome de arnica, mesmo sendo plantas diferentes, têm as qualidades que descrevemos neste artigo, e isso, cientificamente comprovado. É o caso da arnica-brasileira que tem muito pela Serra da Canastra, em Minas Gerais e também no interior de São Paulo e Goiás. A família é a mesma, Asteraceae, e as qualidades curativas, semelhantes também, confira aqui neste estudo da Universidade de São José do Rio Preto sobre as qualidades medicinais da arnica-brasileira do gênero Lychnophora.
foto: usp.br
Cada lugar a conhece de um jeito se bem que os usos na medicina popular sejam os mesmos. Aqui no Brasil você encontra arnica nos campos do país afora onde é conhecida como: arnica, arnica-brasileira, arnica-da-horta, arnica-de-terreiro, arnica-do-brasil, arnica-silvestre, erva-federal, erva-lancete, espiga-de-ouro, federal, flecha, lenceta, macela-miuda, rabo-de-foguete, rabo-de-rojão, sapé-macho.
Ou ainda como: arnica-das-montanhas, arnica-verdadeira, panacéia-das-quedas, quina-dos-pobres, tabaco-de-montanha, tabaco-dos-saboianos e existe ainda uma outra planta, foto abaixo, conhecida como Arnica brasileira, só que do gênero Solidago:
foto: wikimedia.org
Não aconselhamos seu uso para grávidas, lactentes ou pessoas com comprovada sensibilidade. Também deve-se evitar o uso interno em casos de dores gastrointestinais ou em pessoas com deficiência renal. Alguns especialistas desaconselham o uso prolongado da arnica, mesmo em massagens tópicas, afirmando que pode ocorrer irritação de pele e sensibilização.
Então, o melhor sempre é você testar sua sensibilidade e a adequação da planta ao seu organismo, mantendo sempre o cuidado quanto às dosagens recomendadas e, na dúvida, não tome pois, o veneno está sempre na dose excessiva.
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