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Cravo-da-índia, especiaria das mais cobiçadas que vinha do Oriente em caravanas de camelos, cruzando desertos. O cravo, cravinho, é a flor da árvore conhecida como craveiro, originária das Ilhas Molucas onde cresce de forma espontânea. Uma árvore de folhas sempre verdes, perene, que alcança mais de 8 m de altura e, botanicamente, de nome Syzygium aromaticum.
Uma senhora árvore muito respeitada pela população local que não acende, perto dela, nem fogueiras, nem tochas, nem velas, evitam o barulho à noite que pode perturbá-la. Na verdade, esta árvore é tratada com o mesmo respeito e cuidado devido a uma mulher grávida. Uma mãe. Os homens, quando passam por ela, a cumprimentam tirando o chapéu da cabeça.
Todas essas precauções acontecem, principalmente na época de floração do craveiro. Dizem os locais que é para que a árvore não se assuste com ruídos, fogo ou outros e deixe cair suas flores perdendo-se no solo, e assim, perdendo-se também uma farta colheita que, em tempos imemoriais, lhes trouxe riqueza.
Coisa de gente que permanece ligada à natureza e que dela conhece os segredos.
Isso é o que nos conta Raul Cânovas, paisagista argentino residente no Brasil e editor do Blog Jardim Cor.
As flores do craveiro da Índia têm o formato de um sino, vermelhas e brancas e, uma vez secas, são usadas tanto na culinária como na medicina popular.
* Como condimento, o cravo-da-índia entra usado tanto em pratos doces como salgados, emprestando seu sabor pungente e característico.
* Já na medicina popular, essa especiaria tem reconhecidos valores antibacteriano, antifúngico, digestivo, afrodisíaco, repelente de insetos e muitas outras mais características.
* Estudos indicam propriedades antioxidantes, e de proteção contra trombose e, tradicionalmente é usado no tratamento de dores de dentes, quando mascado.
* Atualmente, se recomenda seu extrato alcoólico como repelente de mosquitos e pernilongos.
No Brasil, o craveiro da Índia é cultivado no sul do estado da Bahia, sombreando cacaueiros e, alguns estudos já existem para o aproveitamento das folhas que caem quando da colheita dos botões florais, para a extração de eugenol, o principal óleo essencial desta planta. Na produção de cravo-da-índia a folha é um resíduo que até agora não tinha nenhum uso porém, sua riqueza em óleos essenciais a torna interessante para a indústria farmacêutica nas áreas de cosméticas e produtos odontológicos.
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Fonte fotos: Raul Cânovas
Categorias: Usos e benefícios
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