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No último ano, noticiamos sobre vários jovens cientistas brasileiros engajados em experimentos e descobertas relacionados ao tema do meio ambiente.
É o caso de Juliana Davoglio, a primeira cientista brasileira a ser selecionada para acompanhar uma cerimônia do Prêmio Nobel, na Suécia.
Juliana ganhou, em 2018, o prêmio Jovem Cientista de 2018, do CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico – por causa de sua pesquisa, que criou plástico a partir da sobra do maracujá. O projeto já havia sido premiado, também, em uma competição nos Estados Unidos.
Em 2019, além de representar o Brasil no Seminário Internacional Jovem de Ciência de Estocolmo, na Suécia, ela participará da ‘Genius Olympiad’, em Nova York (EUA).
Na Suécia, Juliana visitará faculdades locais, a família real sueca, além de participar da cerimônia do prêmio científico mais importante do mundo, o Prêmio Nobel.
O plástico chega a levar 400 anos para se decompor. A pesquisa de Juliana visou a obter um material alternativo que não cause tamanho dano ao meio ambiente.
Outro aspecto relevante da pesquisa de Juliana é o descarte dos restos do maracujá. El explicou que: “Quando se realiza a produção industrial do suco de maracujá, geleias ou a polpa da fruta, a casca acaba sendo descartada e vai direto para terrenos baldios e aterros sanitários. Se reaproveitado como suporte para plantas, material não exige “a retirada do plástico na hora da plantação, porque o material se decompõe rapidamente, cerca de 20 dias, sem prejudicar o meio ambiente”, explica a jovem cientista.
A motivação para a pesquisa nasceu de um trabalho sobre agricultura na região onde vive, que produz muito maracujá. “Nessas visitas, percebi que os resíduos gerados não tinham destinação correta”, conta. Foi a partir dessa constatação que Juliana decidiu desenvolver um projeto para mitigar o problema.
A pesquisa resultou na produção de um filme plástico biodegradável (FPB) que substitui embalagens plásticas de mudas de plantas. O produto, que é feito de cascas de maracujá, demora cerca de 20 dias para se decompor.
O plástico de maracujá é, ainda, somente um experimento, cuja viabilidade comercial precisa ser analisada. “Quero testar como seria o processo em larga escala, pois o método de produção é custoso”, explica a jovem.
Juliana, que pretende ser engenheira química, quer continuar pesquisando sobre Ciência e meio ambiente. A jovem, que desenvolveu a sua pesquisa quando estudante do ensino médio técnico de administração no Instituto Federal de Educação do Rio Grande do Sul (IFRS), vem acumulando várias premiações no currículo: 11 prêmios científicos nacionais e internacionais, mais de 30 menções e votos de congratulações e participação de feiras de ciência nos Estados Unidos.
O projeto de Juliana teve a duração de 12 meses e contou com a orientação da professora Flavia Santos Twardowski.
Categorias: Consumir, Reutilização
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