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Essa é novidade! Em um minidocumentário disponível no YouTube, produzido pela Secretaria Especial de Cultura, o comerciante e raizeiro Hélio Jatobá, ensina como retirar, do tronco da árvore de jatobá, uma seiva escura, chamada de “vinho de jatobá”.
Para extrair a seiva, é necessário fazer um furo até chegar ao centro do caule do jatobá, a “veia”, como diz o dito popular, justamente onde corre a seiva da árvore e aguardar, logo começa a pingar o líquido escuro.
Pronto, basta colocar um “caninho” para facilitar escorrer o vinho para um balde ou bacia.
O processo é parecido com a colheita do látex, retirado da seringueira para fazer borracha.
Segundo Hélio, do alto de seus conhecimentos populares como raizeiro, a casca, a semente, a resina, as folhas e o vinho do jatobá são remédios potentes.
Para ele a árvore toda é medicinal.
Especificamente sobre o “vinho de jatobá”, de sabor terroso e adstringente, muito apreciado na região amazônica, segundo a literatura popular, é indicado para:
Pesquisadores da Embrapa, Helio Tonini e Marcelo Francia Arco-verde, afirmam que
“em relação ao uso medicinal, o jatobá tem uma história ancestral de uso por parte dos indígenas. A casca das árvores é macerada pelos índios Karaja no Peru para tratar diarreias. O chá da casca também é utilizado como anti-hemorrágico e vermífugo”.
Ainda segundo os pesquisadores, na Amazônia peruana é utilizado para tratar
Já na Amazônia brasileira, a seiva ou o “vinho de jatobá”, é utilizado como
Os pesquisadores afirmam ainda que
“estudos fitoquímicos recentes sobre a resina da planta do jatobá, foram observadas propriedades antioxidantes e a presença de terpenes e fenólicos, responsáveis por proteger a árvore do ataque de fungos. Este fato ajuda a explicar porque ás árvores de jatobá apresentam a casca do tronco limpa, sem a presença de fungos, fato raro na floresta tropical úmida”.
Mais conhecido como jatobá, mas também chamado de jutaí, jataíba, jatobá-mirim, quebra-facão e farinheira, seu nome científico é Hymenaea courbaril L., planta da família das Caesalpinaceae (Leguminosaea).
O nome científico Hymenaea deriva do grego hymen, “deus do matrimônio” e faz alusão aos dois folíolos pareados das folhas.
Já o nome popular, jatobá, é de orgiem tupi va-atã-yba, e significa “árvore de fruto duro”.
O jatobá é árvore nativa da América tropical, originária do México e das Antilhas, e no Brasil, pode ser encontrada em todo o território, com maior abundância entre o Piauí até o norte do Paraná.
Segundo a pesquisa publicada pela Embrapa “O Jatobá (Hymenaea courbaril L.); crescimento, potencialidades e usos”, estudos realizados a partir dos anos 70, encontraram propriedades antimicrobianas e antibacterianas contra organismos como Pseudomonas, Staphylococcus e Bacillus.
Nessa pesquisa, disponível na internet, é descrito o uso medicinal do jatobá em diversos países das Américas:
Agora, com todas essas informações, é hora de produzir o teu vinho. Siga o vídeo e boa vinhada!
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Categorias: Remédios caseiros
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Oi Antonio, indicamos consultar um médico naturopata ou pedir conselho ao “raizero” como o Seu Hélio do vídeo. O uso com as doses dependerá do motivo pelo qual você quer tomar. Tenha atenção se estiver tomando outros medicamentos, diga isso ao médico. O Seu Hélio vende na Casa das Raizes no Mercado Municipal de Goiás, mas pode ser que na tua cidade tenha também um ervanário. Um abraço