Por trás da moda fast fashion, a aparência é outra e nada bela pois, por conta do excesso de produção e desperdício, as roupas acabam virando montanhas de lixo.
Para se ter uma ideia, mais de 15 milhões de peças de roupas usadas são enviadas para Gana, na África Ocidental, onde são disputadas pelos comerciantes.
Grande parte dessas roupas são donativos oriundos de potências econômicas como Europa, China e Estados Unidos. Porém, muitas dessas doações são peças de vestuário com defeitos, de baixa qualidade ou danificadas, provenientes do descarte e desperdício do mercado da “fast fashion” (moda rápida) de roupas baratas e pouco duráveis.
Devido à baixa qualidade e à grande produção, essas roupas são rejeitadas até pelos comerciantes do Gana e acabam indo parar em imensos aterros de lixo.
Como não há tecnologia para incinerar ou sistemas ecológicos de tratamento deste lixo, as roupas acabam indo parar no mar e asfixiando os animais marinhos ou ficando soterradas no solo, poluindo o ambiente.
Veja neste vídeo da BBC News, o repórter da BBC – África, Thomas Naadi, registrando estas cenas lastimáveis provenientes da produção insustentável e do consumo inconsciente da sociedade humana, que provoca um enorme problema ambiental:
Um grande paradoxo esse, pois, os países que mais defendem os direitos humanos e ações ambientais são os que mais os infringem com seu acirrado capitalismo e imperialismo comercial.
Vale lembrar que os consumidores também podem contribuir para evitar esse lixão caro causado pela moda barata, com atitudes como:
Somos cerca de 7,8 bilhões de pessoas nesse planeta, se cada um tomar consciência de suas escolhas e formas de consumo, será possível conseguir reduzir ou parar com tantos danos ao meio-ambiente e aos seres vivos.
Basta repensar os hábitos e melhorar as escolhas de consumo.
Saiba mais sobre os prejuízos causados pela moda em:
Extinction Rebellion invade desfile da Louis Vuitton e denuncia o impacto da alta moda
Moda ecológica: brilho sustentável com lantejoulas bioplásticas feitas de algas
Moda, estilo, imagem: o mercado se organiza para violentar corpos femininos
Categorias: Moda
ASSINE NOSSA NEWSLETTER