O óculos de sol feito com lixo plástico recolhido da praia


Apesar do problema do plástico nos oceanos ser bem nítido, muitas pessoas fingem não ver e continuam agindo como se ele não existisse. Já outras mais conscientes, buscam alternativas não só para diminuir o uso do plástico, mas para dar um jeito no excesso de lixo que está dominando os oceanos.

Uma dessas pessoas é o argentino Malcolm Rendle, que criou a Bond Eyewear, uma marca de óculos de sol produzidos com o lixo plástico recolhido na praia. A ideia surgiu depois de uma corrida que Malcolm fez pela Rambla del Rio de la Plata, onde ficou surpreso com a poluição que crescia a cada dia no local onde cresceu.

bond eyewear plastico

O nome da marca, Bond Eyewear, tem o intuito de criar uma conexão com a comunidade, pois a palavra “bond”, significa “ligação”. O fato de pensar em utilizar o lixo para fazer óculos, tem o sentido de fazer as pessoas verem o lixo de maneira diferente, ou seja, conscientizar a população para um problema tão visível e tão óbvio, mas que muitos fingem não ver.

A notícia que em “2050 haverá mais plástico do que peixe no mar“, virou apenas uma frase de efeito que não faz mais efeito algum. Infelizmente, para as pessoas entenderem o sentido dessa frase, precisarão passar pelo problema, para só então cair em si de que precisam mudar seus hábitos. Até isso acontecer será tarde demais, pois as consequências dessa “cegueira ecológica” já estão sendo sofridas hoje por seres que não tem condições físicas de fazer coisa alguma, a não ser morrer por engolir o “nosso lixo” por engano.

Por isso, a ideia de Malcolm é muito bem-vinda e deve ser não só compartilhada, mas também copiada em muitas outras utilidades. Algumas outras iniciativas utilizam materiais descartados no oceano para produzir tantas coisas, de pulseira à embalagens para produtos de limpeza, por exemplo.

Isso até que é bom para dar um fim ao plástico que já está aí, mas o ideal mesmo é parar de utilizar plástico, uma vez que grande parte da população e dos governos do planeta ainda não se preocupa com o descarte correto dele, muito menos com a sua reutilização.

Talvez te interesse ler também:

CHINA NÃO QUER MAIS SER A LIXEIRA DO MUNDO. E AGORA JOSÉ? PRA AONDE VAI O LIXO?

UMA CATÁSTROFE EM DESDOBRAMENTO: O PLÁSTICO ESTÁ MATANDO PESSOAS A CADA 30 SEGUNDOS

CATAKI: O APLICATIVO PARA RECICLAGEM QUE CONECTA CATADORES À PESSOAS QUE QUEREM SE LIVRAR DO LIXO




Eliane A Oliveira

Formada em Administração de Empresas e apaixonada pela arte de escrever, criou o blog Metamorfose Ambulante e escreve para greenMe desde 2018.


ASSINE NOSSA NEWSLETTER

Compartilhe suas ideias! Deixe um comentário...