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História e cultura não têm preço. A marca italiana Gucci teve um pedido negado pelo ministério de Cultura da Grécia para realizar um desfile na Acrópole de Atenas.
Os jornais gregos dizem que a grife teria oferecido cerca de 2 milhões de euros para o restauro de obras, 50 milhões de direito de imagem e 30 milhões pela publicidade como pagamento para realizar um desfile de apenas 900 segundos no local.
Mesmo com tanto dinheiro, o sedutor pedido foi recusado. Sedutor porque como se sabe, a Grécia está no sétimo ano de uma crise econômica que já comeu 25% do seu PIB.
A explicação de Lydia Koniordou, ministra da Cultura da Grécia, é de que: “Nós temos que defender a importância da Acrópole. Símbolo mundial da democracia e da liberdade”.
Dimitris Pantermalis, diretor do museu Acrópole, segue coro com Koniordou. “O valor e o caráter do Acrópole é incompatível com um evento desse tipo. Nós não precisamos de publicidade. O simbolismo do monumento seria rebaixado, usando-o apenas como fundo para um desfile de moda”, defende.
Gucci negou, em nota, à imprensa grega as informações publicadas por alguns jornais gregos. Entretanto, a marca confirma que realizou uma reunião com as autoridades gregas para sondar a possibilidade de um projeto de cooperação cultural a longo prazo, de acordo com a Isto É e com o italiano la Repubblica.
Não é a primeira vez que as paisagens gregas são desejadas para servirem de pano de fundo. A cantora Jennifer Lopez, em 2008, quis fazer uma sessão fotográfica em um monumento e, uma vez mais, o governo grego recusou a oferta comercial.
A Grécia vem há alguns anos enfrentado uma grave crise econômica, o que poderia ser visto por muitas celebridades e marcas como uma chance de barganhar com o governo da Grécia. Entretanto, segundo um editorial do jornal grego Kathimerini comentado do jornal italiano la Reppublica, conceder a Acrópole seria uma humilhação e a história da Grécia não está à venda, mesmo o Estado grego estando praticamente falido.
Ou seja, em momentos de crise, ou melhor, sobretudo, em tais momentos, é fundamental que os governos matenham a memória e valorizem a dignidade de seu povo.
A foto se refere a um desfile feito em 1951 pela Dior. Fonte Corriere della Sera.
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