A Zara, marca integrante da gigante espanhola Inditex e presente em diversos países, foi autuada pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE – no Brasil, pelo não cumprimento de acordo para a eliminação do trabalho escravo em sua cadeia produtiva.
67 fornecedores da Zara apresentaram irregularidades trabalhistas como o excesso de horas trabalhadas, trabalho infantil, trabalho sem carteira assinada, etc. A empresa poderá pagar multas de até 25 milhões de reais.
A marca é já famosa nas manchetes por seu trabalho escravo. Em 2011 foi autuada pelo emprego de 15 bolivianos em situação similar à escravidão. No atual episódio, a discriminação contra imigrantes continua. Segundo a auditoria do MTE, a empresa restringe o acesso ao trabalho por motivos de origem e etnia do trabalhador.
Apesar de um acordo assinado, o TAC – Termo de Ajustamento de Conduta – não bastou para que a Zara fiscalizasse melhor seus fornecedores, coisa que seria de sua competência.
Mas o que importa para nós nesta notícia, é a possibilidade de mudança, promovida pela própria consciência do consumidor.
Existe um dia dedicado à consciência fashion (24 de abril) em lembrança à tragédia que matou mais de 1100 funcionários da indústria da moda em Bangladesh, um dos países mais frequente nas etiquetas das roupas, promovido pela Organização Fashion Revolution. A Organização promove uma maior consciência de tudo o que está por trás das roupas que vestimos: custos, folhas de pagamento, as condições dos trabalhadores, o impacto da moda em cada etapa do processo de produção, e tenta mostrar que um novo modelo econômico e de consumo responsável é possível.
Que tal comprarmos menos, reciclar as roupas velhas, pedir à costureira para fazer nossas roupas, valorizar o trabalho justo e solidário do artesão?!
Leia também: 10 ideias para reciclar a camisa social
Infelizmente o trabalho escravo não está presente somente na indústria da moda barata. O trabalho escravo é uma realidade mundial em vários setores industriais.
Leia também: 6 multinacionais envolvidas com trabalho escravo e exploração infantil
Fonte foto: fashionrevolution.org
ASSINE NOSSA NEWSLETTER