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Quando fazemos uso de itens de higiene achamos que eles irão nos ajudar, certo? Pois na fórmula de muitos desses produtos escondem-se inúmeros perigos para a nossa saúde.
São vários os tipos de produtos que entram em contato com a nossa pele diariamente, como sabonete, xampu, creme hidratante, maquiagem, creme dental, etc. Mas os componentes químicos encontrados nesses itens de higiene pessoal e cosméticos podem ser bastante nocivos.
De acordo com uma reportagem da BBC, a União Europeia proibiu 1,3 mil substâncias. Já a Anvisa, que também tem a sua própria lista de substâncias proibidas baseada na listagem europeia, nem sempre incorpora esses itens imediatamente.
Confira, a seguir, algumas substâncias que, embora nocivas para a saúde, são encontradas nos cosméticos brasileiros.
Sabemos que é difícil ler os rótulos dos produtos e, ainda mais, compreendê-los. Mas esteja atento porque informação é um “remédio” fundamental para cuidarmos da saúde.
São um tipo de substância usada para deixar os plásticos mais maleáveis. Na cosmetologia, são encontrados em esmaltes, a fim de que a sua cobertura não fique quebradiça. Também podem ser usados como fixadores e estabilizantes em desodorantes.
O problema é que não existem garantias de que os ftalatos sejam seguros. Aliás, há evidências de que eles interfiram na produção de hormônios, visto que a sua exposição a longo prazo tem um efeito cumulativo.
A União Europeia já baniu os ftalatos da produção de cosméticos, sendo aceitos apenas traços dessa substância, que é quando ela migra para o produto, em baixíssima concentração, por ter sido usada na embalagem.
Os formaldeídos são proibidos no Brasil, graças a uma regulamentação rígida da Anvisa, que autoriza o seu uso somente como conservante, em uma concentração máxima de 0,2%.
Embora haja essa restrição, muitos fabricantes descumprem a legislação brasileira e comercializam produtos com concentração superior à permitida.
É bastante comum lermos notícias sobre produtos impedidos pela Anvisa de serem comercializados por causa da concentração ilegal de formaldeídos.
Essa substância é muito usada em produtos que prometem alisar cabelo. Mas, além desse efeito, ela produz outros bastante indesejáveis. Os formaldeídos são considerados cancerígenos pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), sobretudo, quando inalado, causando câncer nas vias respiratórias.
É fundamental que você questione o seu cabeleireiro sobre os produtos que ele aplica no seu cabelo. Não se constranja em pedir, inclusive, para ver e ler o rótulo das embalagens dos produtos.
Essa substância é facilmente encontrada em produtos antibacterianos, como sabonetes. Entretanto, a FDA (a agência de regulação americana), após uma série de pesquisas, revelou que a exposição prolongada ao triclosan pode gerar resistência bacteriana e alterações hormonais.
Os agentes mais nocivos são os agentes bactericidas triclocarban e o triclosan, que podem levar ao surgimento de bactérias super-resistentes.
Os parabenos são os conservantes mais comuns de serem encontrados na indústria de cosmético, a fim de que os produtos não sejam contaminados por micro-organismos.
“Sem a presença dos conservantes, em uma semana já é possível visualizar a contaminação por bactérias e fungos (que causam o bolor) em algumas formulações”, explica bioquímica Lorena Rigo Gaspar Cordeiro, professora da USP.
Essa substância foi encontrada em uma célula cancerígena, o que gerou um alerta sobre ela, mesmo a União Europeia, após muitas análises, ter declarado que não houve pesquisas definitivas que apontassem uma correlação entre a doença e os parabenos.
Entretanto, a American Cancer Society (Associação Americana contra o Câncer) afirma que os parabenos são preocupantes, pois também podem ter efeitos parecidos ao estrogênio, hormônio conhecido por fazer células das mamas crescerem e se dividirem – o que poderia estar relacionado a um aumento no risco de câncer de mama.
Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP de Ribeirão Preto (FCFRP) publicaram um estudo que mostram a grande exposição de crianças brasileiras aos parabenos em amostras de urina.
A Anvisa tem um programa de monitoramento de produtos em comercialização que avalia os riscos de seus efeitos “indesejáveis”.
É possível fazer queixas diretamente ao órgão. Mas é fundamental que o usuário reporte qualquer problema ao fabricante, pois alergia é um problema muito individual. “O programa existe porque alergia é algo muito individual, então mesmo que você faça todos os testes, é possível que só descubra alguns afeitos posteriormente”, explica Cordeiro.
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal e Cosméticos (ABIHPEC) afirma que a indústria “tem o compromisso de colocar no mercado produtos que prezem pela proteção da saúde da população e que atendam as normas da Anvisa”.
Aquelas empresas que desrespeitam a legislação podem ser responsabilizadas com medidas que vão desde a suspensão da fabricação à interdição parcial ou total do estabelecimento comercial.
Mesmo havendo agências reguladoras, informe-se. Leia os rótulos e, caso tenha alguma dúvida sobre a procedência de algum produto, não o compre. Existem muitas marcas sendo comercializadas e muitas delas respeitam os seus consumidores. Antes de sair comprando qualquer produto, certifique-se de que está adquirindo um que faz bem para você!
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Categorias: Consumir, Cosméticos
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