Esqualeno em cosméticos: batons, bases e protetores solares com óleo de tubarão


Cremes solares, batons, bases para o rosto e muitas outras coisas feitas com óleo de tubarão. O esqualeno é o óleo derivado do fígado do tubarão, e ainda hoje ele é amplamente utilizado em detrimento desses peixes que correm risco de extinção.

Todos os anos milhões de exemplares de tubarões-albafar (Hexanchus griseus) são brutalmente mortos para financiar a indústria cosmética. Eles estão na lista das espécies ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Um método horrível de captura que ocorre em países tropicais onde os pescadores matam tubarões por causa do fígado deles que contém um óleo chamado esqualeno e que é usado em protetores solares, batons, bases, loções e em outros produtos para a beleza.

O esqualeno é paradoxalmente muito econômico e serve para tornar o produto mais emoliente. Não é de se espantar que 90% desse óleo extraído é vendido para a indústria dos cosméticos.

Quem nos informa sobre esta situação é um relatório feito pela BLOOM, uma organização francesa sem fins lucrativos que trabalha pela conservação dos oceanos.

Andriana Matsangou, porta-voz da empresa britânica-holandesa Unilever, explica que a empresa “usa apenas esqualeno derivado de fontes vegetais para evitar o uso daqueles provenientes de várias espécies de tubarões”.

Até mesmo o porta-voz da L’Oréal, Alexander Habib, diz que a empresa francesa parou de usar esqualeno derivado de tubarão há 10 anos, e que desde então a L’Oréal “implementou medidas rigorosas para controlar a origem do esqualeno dos seus fornecedores”.

De fato, não é necessário matar tubarões para ter essa preciosa substância natural. O esqualeno também se encontra no azeite de oliva extra-virgem, no óleo de gérmen de trigo, no óleo de amaranto, no óleo de argan ou no óleo de girassol, dos quais é extraído por destilação molecular.

Das 60 espécies pescadas por causa do óleo, 26 são consideradas espécimes vulneráveis ​​da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza.

Embora as organizações exijam controles mais rigorosos, a pesca continua. Em 2006, a União Europeia impôs limites estritos para a pesca dessas espécies no Atlântico Nordeste, mas poucos países seguiram o exemplo.

Podemos fazer a diferença escolhendo produtos que não contenham um ingrediente derivado da morte de criaturas inocentes, também porque alternativas já existem. Preferivelmente escolha cosméticos “vegan” ou seja, aqueles que não contêm ingredientes de origem animal, extraídos, muitas vezes, de maneira cruel.

Vamos dar um basta ao massacre de tubarões para fins de beleza.

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Redação greenMe

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