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O mundo inteiro está sendo atingido pelo cenário de guerra na Ucrânia, principalmente os países mais pobres.
Os preços de matérias-primas dispararam devido às interrupções no fornecimento causadas pela invasão russa, que bloqueou o fluxo de
Tanto a Rússia quanto a Ucrânia são grandes exportadores de produtos como trigo e cereais, petróleo, gás natural, carvão, ouro e outros metais preciosos.
A situação tem sido descrita como “catastrófica” por muitos países.
Veja alguns produtos que estão sendo afetados pela guerra:
A economia da Rússia depende significativamente da exportação de petróleo e gás. O país é o terceiro maior exportador de petróleo do mundo (depois da União Europeia e da Arábia Saudita) e um dos maiores exportadores de gás.
Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia fornecia 1 em cada 10 barris de petróleo que o mundo consumia.
Agora porém, com a guerra e o anúncio dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido de proibir a importação de produtos de energia russos, o mercado internacional de petróleo enfrenta sua maior turbulência desde a década de 1970.
Todos os produtos agrícolas devem ficar mais caros por causa da crise dos fertilizantes, produtos fundamentais na agricultura, os quais estão sofrendo entraves na circulação. A Rússia é um dos maiores exportadores desses produtos, e o principal fornecedor para o agronegócio brasileiro. Isso por si só já encarece os alimentos.
Mas além disso, a Rússia e a Ucrânia são grandes exportadores de produtos alimentícios. Os dois países, conhecidos como o “celeiro da Europa“, representam 29% das exportações globais de trigo e 19% das de milho, segundo dados do banco JP Morgan.
A Ucrânia é o maior produtor mundial de óleo de girassol, e a Rússia ocupa o segundo lugar, segundo a S&P Global Platts. Juntos, representam 60% da produção mundial.
Se a colheita ou o processamento são prejudicados, ou se as exportações são interrompidas, as nações importadoras precisam encontrar formas de substituir esse fornecimento.
Analistas alertam que o impacto da guerra na produção de grãos pode chegar a duplicar os preços internacionais do trigo. Isso poderia afetar gravemente vários países que dependem das importações de grãos vindos da região do Mar Negro.
O preço do pão, do macarrão e de outros derivados do trigo devem subir ainda mais por causa da crise Rússia – Ucrânia, segundo previsão da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (Abimapi).
Isso porque, como explica a associação:
“O Brasil produz menos da metade do trigo consumido e precisa importar grandes quantidades do grão de países do MERCOSUL – sobretudo da Argentina -, do Canadá e dos Estados Unidos. A elevação do preço do grão, impacta diretamente os valores de produção para os fabricantes das categorias representadas pela ABIMAPI. Nas massas, em média, 70% do custo é de farinha. Nos biscoitos, o peso é de 30%, e nos pães e bolos industrializados, de 60%”.
A Rússia é um dos maiores fornecedores do mundo de metais utilizados em todo tipo de produto, de latas de alumínio até cabos de cobre e componentes de automóveis.
O país é o quarto exportador global de alumínio e um dos cinco principais produtores mundiais de
A Ucrânia também é um fornecedor importante e possui uma importante participação na exportação de paládio e platina.
Isso significa que, devido à invasão da Ucrânia pela Rússia, poderemos ver um aumento de preços dos produtos enlatados e de cabos de cobre.
A Ucrânia é um dos principais provedores de gases raros purificados, como o criptônio e o néon (ou neônio), este último essencial para a fabricação de semicondutores.
Segundo dados da consultoria TrendForce, a Ucrânia representa quase 70 % das exportações mundiais de gás néon purificado, usado para os lasers que gravam os padrões dos semicondutores.
Qualquer alteração em seu abastecimento poderia agravar a escassez de microchips, que já foi um problema significativo em 2021.
O encarecimento do produto está diretamente ligado ao preço do petróleo no mercado internacional, insumo que registra altas consecutivas desde o início do conflito armado no leste europeu.
O plástico, por exemplo, é uma matéria-prima fundamental na composição de vários produtos, então isso acaba gerando uma alta da inflação e pode haver outros produtos em menor escala que venham a ser impactados.
A tendência global é registrar uma alta no valor do material. Somente a Rússia, um dos países envolvidos na guerra, é responsável pela exportação anual de US$ 254 milhões (R$ 1.310,64 bilhão) do produto para o Brasil.
O que a carne do Brasil tem a ver com a guerra? Tudo! O aumento do preço está relacionado ao custo dos grãos usados na ração animal. Os principais insumos utilizados na ração animal, o milho e o trigo, tiveram uma alta de 5% e 3%, respectivamente, no mercado interno, mas a impressão do consumidor é de que o aumento tenha sido ainda maior.
Este é um conflito que está sendo pago pelos cidadãos. Alguns estão pagando com a própria vida, outros com o bolso.
Pedimos por diplomacia e paz.
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Categorias: Consumo consciente
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