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Existem ingredientes que as pessoas desconhecem serem de origem animal, inclusive aquelas que evitam ou não utilizam nada que seja extraído de animais.
Pensando nisso, este conteúdo traz informações sobre quais ingredientes são estes e como encontrar alternativas de produtos que utilizem substitutivos de origem vegetal ou mineral, com a vantagem de serem mais saudáveis, sustentáveis e cruelty-free.
Podemos encontrar ingredientes de origem animal em uma gama de produtos para diversos fins.
Por exemplo:
Os ingredientes de origem animal mais comuns de serem encontrados na formulação de produtos industrializados são:
O colágeno é extraído principalmente da pele, cartilagem e ossos de animais, pois é uma proteína fibrosa encontrada em vertebrados.
É muito utilizado em:
As alternativas vegetais para o colágeno são:
Todas essas fontes vegetais têm propriedades altamente nutritivas e hidratantes.
É proveniente do colágeno animal e obtida da fervura de compostos animais, como:
Além de ser usada para fazer gelatina industrializada, esse produto é utilizado espessante em vários alimentos.
Para substituir a gelatina de origem animal, pode-se usar o ágar-ágar.
A elastina é extraída do tecido conjuntivo dos animais e é muito empregada em produtos hidratantes.
Existe como alternativa sustentável e cruelty-free, a elastina vegetal.
Proteína insolúvel, principal constituinte da epiderme, unhas, pelos, tecidos córneos e esmalte dos dentes de animais.
Pode ser obtida de várias partes dos animais, como:
A queratina é utilizada em:
Alternativas para a queratina animal:
A biotina, conhecida como vitamina B7, é encontrada em células vivas.
Esse nutriente é extraído do leite e do ovo.
Na cosmética, a biotina é utilizada, em xampus e cremes, devido à sua função texturizadora.
Alguns substitutivos da biotina são:
A ureia é um ingrediente utilizado em:
Essa substância é extraída da urina e de outros fluidos oriundos de animais.
Existem alternativas sintéticas para substituir este ingrediente e também a ureia proveniente de folhas e sementes.
No lugar da ureia animal pode-se utilizar ingredientes como óleos de oliva ou de argan, que também possuem propriedade de hidratação.
Substâncias químicas oriundas da ureia:
Estas substâncias são utilizadas como conservantes em diversos produtos.
De acordo com o Instituto Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), essas substâncias são prejudiciais à saúde por liberarem formaldeído, um agente alergênico e cancerígeno.
O retinol é um princípio ativo derivado da vitamina A.
É extraído de fontes como:
Este ingrediente é normalmente usado em:
A alternativa vegetal para o retinol é o caroteno obtido de fontes vegetais:
A geleia real é originária da secreção das glândulas da garganta das abelhas.
É utilizada como fonte de lipídios e como emulsificante em diversos produtos
Uma alternativa vegetal para preservar as abelhas é substituir a geleia real pela aloe vera.
A cera de abelha geralmente é usada para dar textura e fornecer vitamina A a produtos como: batons e cremes faciais.
Algumas alternativas vegetais para a cera de abelha são:
O mel é usado em cremes faciais e corporais, xampus, máscaras e produtos de cabelo, por causa das suas propriedades hidratante e amaciante.
Como alternativas vegetais ao mel temos: aloe vera puro e óleo de amêndoas.
O carmim é um pigmento vermelho extraído de um inseto chamado cochonilha.
É obtido do esmagamento da fêmea desse inseto.
É muito empregado como corante em diversos produtos como:
Produtos alimentícios
Cosméticos
Fármacos
Como substitutivos ao carmim, podem ser utilizados corantes vegetais extraídos do urucum e beterraba.
Pode derivar das gorduras extraídas de vaca, de ovelha e, pasmem, até de cães e de gatos sacrificados.
Também, pode ser obtido de uma substância gordurosa tirada do estômago de porcos.
É muito utilizado como espessante e emulsificante na composição de diversos produtos:
O ácido esteárico possui diversos derivados que são os estearatos, comumente empregados na indústria de produtos de limpeza e farmacêutica.
Alternativas: o ácido esteárico pode ser encontrado em várias gorduras vegetais, como o óleo de coco e óleo de palma (nessa última alternativa, o recomendado é que seja de cultivo sustentável).
Ácido líquido e gorduroso derivado do leite de vaca ou cabra.
Encontrado em perfumes e sabonetes.
Possui derivados, como o triglicerídeo caprílico, usado em produtos cosméticos para o rosto e corpo com a função lubrificante e emoliente.
Em geral, produtos que contêm triglicerídeo caprílico são:
Alternativa: fontes vegetais, como óleo de palma e de coco.
Essa substância é uma proteína encontrada no leite fresco, muito usada em vários produtos como:
Como alternativa para a caseína temos o ácido láurico que possui propriedades hidratantes e protetoras para a pele e é extraído de fontes vegetais:
A banha em geral é extraída da gordura do porco e utilizada na culinária em:
Essa gordura tem alto grau alergênico e colesterol.
Alternativas saudáveis e sem crueldade animal:
Existem vários produtos de uso doméstico que são confeccionados com pelos de animais.
Dentre esses produtos temos:
Para não cooperar com a violência aos animais existem alternativas aos pelos de animais:
Saiba mais em:
O almíscar é uma secreção obtida de forma cruel dos órgãos genitais de animais:
Essa secreção é usada para conferir a fragrância almiscarada ao perfume, conhecida com o nome de musk.
Uma alternativa cruelty-free e vegetal para substituir o almíscar é a planta malva almiscarada.
O âmbar cinza é uma substância produzida no intestino de cachalotes (Physeter macrocephalus).
Este ingrediente é usado como fixador em perfumes, entretanto seu uso vem sendo combatido por representar uma violação à Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção-CITES.
Outros fixadores de origem animal são:
Devido às reivindicações de ativistas da proteção animal, as empresas de perfumaria vêm substituindo estes fixadores de origem animal pelos produzidos sinteticamente em laboratório.
Entretanto existem fixadores de origem vegetal, como:
Esqualeno é um composto à base de óleo de fígado de tubarão.
Empregado em loções, cremes e hidratantes, devido às suas propriedades emolientes e lubrificantes.
As alternativas cruelty-free ao óleo de fígado de tubarão são os óleos vegetais:
O ácido hialurônico vem sendo utilizado em tratamentos dermatológicos rejuvenescedores e também em cosméticos anti-idade, com a finalidade de atenuar rugas e reduzir as linhas de expressão.
Essa substância pode ser:
Existe alternativa vegetal para essa substância que é o “ácido hialurônico” versão botânica, proveniente de uma bonita flor amarela chamada Cassia angustifolia (de nome popular Sene), nativa do Egito.
A alantoína (Allantoin) é obtida do ácido úrico de vacas e outros mamíferos.
Existe alantoína extraída de plantas, como o confrei por exemplo.
A lanolina é proveniente da lã das ovelhas, cuja extração também envolve crueldade animal.
Essa substância possui propriedade emoliente e é muito empregada em produtos e medicamentos para a pele.
Como alternativas para a lanolina temos:
Cola de peixe ou ictiocola é uma substância obtida da bexiga natatória dos peixes. Parecida com o colágeno, é muito usada no processo de clarificação do vinho e da cerveja.
É cada vez maior o interesse do consumidor por produtos que empreguem ingredientes livres de crueldades, éticos e que sejam mais naturais e saudáveis.
As pessoas estão ficando mais informadas sobre origem e sobre como são produzidos os produtos que elas utilizam.
Além disso, outro aspecto que tem sido levado em conta é se as empresas testam seus produtos em animais, utilizando-os como cobaias de laboratório.
Ao se darem conta do sofrimento imputado a esses animais, diversos consumidores vêm preferindo usar produtos que usam métodos alternativos aos testes em animais.
Embora os testes em animais em diversos países sejam proibidos, há ainda alguns lugares que realizam experimentos como a China, por exemplo.
Nesse contexto, tem sido crescente o número de consumidores que preferem comprar produtos produzidos por empresas com selo vegano e cruelty-free.
A escolha do consumidor por produtos feitos com ingredientes vegetais ou minerais, e que não sejam testados em animais, tem pressionado as indústrias a reverem seus conceitos e reformularem seus produtos para atender essa nova realidade no mercado consumidor.
Para saber quais marcas não têm ingredientes de origem animal e nem fazem testes em animais, existem sites que fornecem informações sobre isto:
Hoje em dia há muitas marcas veganas, que vendem tanto online como em lojas físicas.
Fique de olho na marca e não se engane pelo greenwashing: empresas que têm uma linha vegana de seus produtos para não perderem essa fatia de mercado, mas que no fundo não se importam com a questão ética que o veganismo propõe.
A escolha que você faz, influi em sua saúde, impacta o meio ambiente e afeta a vida dos animais. Por isso, pesquise, informe-se e compre de forma consciente.
Saiba mais sobre os benefícios do consumo consciente e do veganismo em:
Mais comida para todos e menos aquecimento global com a dieta vegana, alerta ONU
Estudo propõe que dieta vegana preservaria florestas e evitaria o desmatamento
Categorias: Consumo consciente
Publicado em 02/07/2022 às 12:42 am [+]
O Óleo de Esqualano também pode ser obtido do azeite de oliva e da cana de açúcar (como a Biossance faz, inclusive patenteando essa tecnologia. A marca já nasceu vegana e cruelty free)