Beber água é a principal necessidade do organismo, não só de humanos, mas de todos os seres vivos. Contudo, a demanda por água limpa e prática, fez com que ela tivesse que ser engarrafada, o que está causando sérios problemas para a saúde do planeta em geral.
A água engarrafada tornou-se muito popular em todo o mundo, mas as consequências dessa praticidade estão degradando não só o meio ambiente, mas principalmente a nossa saúde. Isso porque, o ciclo de vida da água engarrafada utiliza combustíveis fósseis, piora o aquecimento global e causa poluição.
Por mais que sejam recicláveis, muitas dessas garrafas não são descartadas de forma correta e acabam virando microplásticos que, por sua vez, vão parar nos estômagos dos animais e até na placenta de bebês em gestação.
São muitas pesquisas em torno dos malefícios da água engarrafada, que abordam desde a poluição até a qualidade do produto em si.
De acordo com um artigo publicado no The Guardian, a qualidade da água engarrafada é praticamente a mesma da água da torneira, nos Estados Unidos. Como exemplo, eles destacaram o PFAS (Substâncias Perfluoro Alquídicas), que pode estar presente tanto na água da torneira como na engarrafada.
Por mais que passe por um processo de envasamento e “fabricação”, existe sim a chance de contaminação. Assim como também existe um padrão de tolerância dessas substâncias na água. Contudo, o mais preocupante é o fato de que as duas opções de água podem conter a mesma quantidade de PFAS.
Se isso ocorre nos Estados Unidos, imagine no Brasil?
Ok, mas qual seria a melhor solução para beber uma água limpa e sem substâncias químicas? A mesma matéria do site sugere como melhor opção o filtro doméstico, desde que esteja com a manutenção em dia e em boas condições.
Cientistas americanos testaram filtros de osmose reversa, jarros, dispositivos de geladeira e filtros de dois estágios, além dos sistemas das casas.
Os filtros de osmose reversa e de dois estágios removem quase todo o PFAS da água. Já os de carvão ativado (jarros, bancada, refrigeradores e torneiras), mostraram-se inconsistentes e imprevisíveis. Os sistemas das casas também apresentaram variação e aumentaram o nível de PFAS, em alguns casos.
Outra questão é o que fazer com os filtros cheios de PFAS depois de usados. Embora retirem as substâncias das águas, elas continuam existindo e não podem voltar para o ciclo. A melhor forma de nos livrarmos das tais substâncias é incinerar os filtros usados, o que demanda um plano de ação das autoridades competentes.
Aqui no Brasil podemos pensar em utilizar os filtros domésticos sim, tendo o cuidado de descartar os refis usados nos lugares corretos. Para isso, sugerimos a devolução dos refis para o fabricante, em pontos de coleta indicados por eles.
O fato é que precisamos eliminar completamente o uso de garrafinhas plásticas, seja utilizando filtros domésticos ou mesmo garrafas reutilizáveis. Essa prática já vem sendo difundida há bastante tempo, mas precisa ser reforçada mundialmente.
De qualquer forma, filtros domésticos e garrafas reutilizáveis são alternativas mais benéficas do que beber água engarrafada, pois essa pode sim ser pior do que água da torneira.
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Categorias: Consumo consciente
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