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Pouca gente sabe, mas os preservativos tradicionais têm uma proteína chamada caseína (encontrada no leite dos mamíferos) para deixar o látex mais macio. Nesse sentido, a camisinha – item tão importante no que diz respeito ao sexo seguro – não é um produto vegano. Mas, felizmente, opções veganas já existem!
Segundo a BBC News, foi pensando nessa fatia de mercado que os empreendedores Philip Siefer e Waldemar Zeiler resolveram investir em uma camisinha vegana. Criadores da empresa Einhorn, que significa unicórnio em alemão, os dois empresários já estavam há dez anos no mercado de startups quando decidiram buscar uma alternativa mais voltada para seus valores.
Apesar de não ser a primeira empresa a fazer isso (a americana Glyde lançou uma camisinha vegana em 2013 e outras adotaram o mesmo modelo), a preocupação de Siefer e Zeiler com a sustentabilidade era ir além da substituição de itens de origem animal de seus produtos.
Além da troca da caseína por um lubrificante natural feito de plantas, o látex obtido para produção dos preservativos é adquirido de pequenos produtores da Tailândia, ao invés das monoculturas tradicionais da borracha, que contribuem para o desmatamento (porque de larga escala). A dupla fiscaliza as condições de trabalho dos funcionários e a produção não usa agentes químicos.
O projeto de ambos começou com uma campanha de financiamento coletivo, que conseguiu angariar 100 mil euros. No ano passado, a empresa deles vendeu mais de 4,5 milhões de camisinhas e lançou produtos de higiene feminina produzidos com algodão orgânico.
A dupla assinou um manifesto obrigando a Einhorn a investir 50% dos lucros em projetos sustentáveis.
A ideia é ampliar a área de atuação e levar petições ao Parlamento alemão com temáticas como políticas climáticas e igualdade de gêneros.
Conheça mais sobre Waldemar Zeiler e sua veia empresarial sustentável nesse TEDx Talk, onde ele conta sobre e como lhe veio a ideia de fazer a Einhorn.
Além da Einhorn, a marca australiana Glyde também fabrica preservativos veganos, e há mais de 25 anos!
Seus preservativos são feitos com uma proteína de origem vegetal (extrato de cardo-mariano) que tem as mesmas características da caseína.
Toda a linha Glyde é certificada pela Vegan Society, o que garante que em nenhum momento os produtos foram testados em animais, ou contenham algum componente de origem animal.
A Glyde também diz produzir e comercializar de acordo com os princípios éticos do fair trade (comercio justo).
Procure em lojas especializadas em produtos veganos. As duas marcas que aqui falamos, ao que parece, não vendem em nosso país, embora exista um site da Glyde América.
Entre em contato com essas marcas se você quiser ser um revendedor. Já para quem mora na Europa, a coisa fica bem mais fácil.
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Categorias: Consumo consciente
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