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Você sabe o quanto e de que forma nossas escolhas na hora de comprar podem contribuir para o desmatamento? Multinacionais inescrupulosas e ações ilegais envolvendo o corte de árvores sustentam produções industriais de alto impacto ambiental.
Ainda neste caso, somos nós que temos que ser os agentes da mudança, evitando de comprar produtos menos sustentáveis em favor de alternativas mais amigas do ambiente. Reflita antes de qualquer nova compra, pensando em primeiro lugar, se o que queremos é realmente necessário, livre-se do consumismo de comprar supérfluos e pense no impacto que o produto que você está para comprar pode ter sobre o planeta e, se existem outras opções a considerar.
Nem todos sabem que o óleo de palma, também conhecido por azeite de dendê, está presente em tantíssimos produtos alimentares e cométicos como: massas, pãezinhos, bolinhos, sorvetes, sabões, sabonetes, etc.
O óleo de palma é, talvez, o pior inimigo das florestas, principalmente as da Indonésia e Malásia, principais exportadores do óleo. Devido a alta rentabilidade da palmeira, que pode gerar preços menores, este óleo é um dos mais utilizados industrialmente no mundo e a demanda só tende a aumentar, colocando em risco os últimos habitats de animais asiáticos ameaçados.
Geralmente nos rótulos dos alimentos encontra-se apenas a descrição: óleo vegetal, o que dificulta a nossa investigação. Mesmo assim, leia as embalagens dos produtos que você costuma comprar e tente substitui-los por outros que não contenham óleo de palma, principalmente os das multinacionais pois, no Brasil, o Programa de Produção Sustentável de Óleo de Palma tenta reduzir o risco de desmatamento.
No caso do cacau, do chocolate, e de todos os produtos que contenham esses ingredientes a solução de menor impacto sobre o meio ambiente é escolher os alimentos que venham dos circuitos de comércio justo, que comprovem garantias dos pontos de vista ecológico, bem como social e ético.
Infelizmente nem sempre a produção industrial da madeira, do papel e da celulose é virtuosa. No entanto, poderia ser feito um pouco mais para um manejo florestal mais sustentável, uma vez que a madeira é um recurso renovável e que o nosso planeta precisa da presença de árvores para a absorção do CO2. Neste caso, a escolha deve considerar apenas os seus produtos certificados, entre as mais importantes certificações estão as FSC (Forest Stewardship Council) e PEFC (Program for the Endorsement of Forest Certification Schemes).
O cultivo não sustentável da soja está ligado principalmente com a produção de ração em grande escala em nome do crescimento da receita da pecuária industrial. Mas nós, com as nossas escolhas diárias, podemos fazer a diferença e tentarmos, se pudermos, escolhermos sempre a soja orgânica para não fomentar o desmatamento e também para evitar os OGMs.
Até mesmo a ciência reconheceu o alto impacto ambiental da produção e do consumo de carne. A American Dietetic Association afirma que as dietas vegetarianas e veganas são saudáveis e adequadas do ponto de vista nutricional, pois comportam benefícios para a saúde e na prevenção e tratamento de certas doenças. Então, nós realmente precisamos comer carne? Se não formos capazes de eliminá-la da nossa dieta, pelo menos, tentemos reduzir o seu consumo. É só pensar em quantas florestas são derrubadas para dar espaço para as culturas de soja crescerem exclusivamente para a produção de ração para a pecuária. Talvez não haja nada menos sustentável no mundo.
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A questão do café é muito semelhante à do cacau. Podemos escolher o café orgânico e de comércio justo para ter um produto que respeite o meio ambiente e que não contribua para o desmatamento. Além disso, as plantas de café podem ser cultivadas à sombra, inclusive a sombra reduz a produtividade, mas aumenta a qualidade e o lucro dos pés de café e isso pode assegurar maiores benefícios para o ambiente, porque pelo menos em parte, preservariam as árvores que poderiam ser retiradas para darem lugar ao cultivo cafeeiro.
Além das plantações de cacau e café, não vamos nos esquecer daquelas de tabaco. Nós sabemos que parar de fumar é difícil, mas também sabemos do alto impacto ambiental das plantações de tabaco. Decida pela saúde do planeta mas também pela tua própria saúde.
No caso do açúcar, as opções são diferentes. Podemos decidir por não comprar o açúcar refinado e comprar o açúcar mascavo para favorecer o comércio justo; ou optar por outros adoçantes naturais derivados de cadeias sempre éticas, sustentáveis e amigas do ambiente. Às vezes, para adoçar basta adicionarmos mais frutas, como maçãs maduras e passas, sem termos que adicionar açúcar.
O cultivo de algodão está entre os menos sustentáveis do mundo no que diz respeito ao setor têxtil. A demanda por algodão orgânico está crescendo, mas a mudança nas técnicas de cultivo, provavelmente levará muitos anos. Enquanto isso, quando puder, escolha algodão orgânico, conserte, recicle e reutilize as roupas que você já possui.
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Aqui está um último ponto que permanece entre o mais importantes, onde podemos direcionar nossas decisões de compra para não apoiar o cultivo do óleo de palma insustentável e o desmatamento. Escolha cosméticos, sabões e detergentes, que não contenham óleo de palma, um ingrediente largamente utilizado na detergência. Tentemos limitar, tanto quanto possível, os cosméticos e detergentes convencionais, optemos pelas alternativas orgânicas e ecológicas, lendo sempre os rótulos. O óleo de palma é encontrado em muitos sabonetes, também de marcas “verdes”, mas com paciência podemos identificar as alternativas já existentes no mercado. E, como sempre, dedicar-se a autoprodução de detergentes e cosméticos.
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Categorias: Consumir, Consumo consciente
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