Troque-troque: na Floresta Amazônica se troca Plástico por Alimentos em Supermercado


Uma iniciativa de troca justa que visa a preservação – ecologia e reciclagem – da região favorecendo a vida. Assim é o Troque-troque, um mercado que funciona no Acre, gerenciado por Benki Piyãko, chefe espiritual dos Ashaninka, tribo indígena que ocupa a região fronteira no Peru e no Brasil.

O projeto de Benki Piyãko conta com o apoio da Fundação House of Indians e tem o duplo objetivo de incentivar a recolha de resíduos plásticos e de alumínio, dispersos pela floresta, e a sua reciclagem pela troca de valor por produtos de fabricação local beneficiando os artesãos e produtores da região.

Uma iniciativa como essa tem como resultado a conscientização das comunidades indígenas, hoje atores essenciais na proteção da Amazônia, de água e solos abusados enquanto, paralelamente, lutam pela defesa e concretização da propriedade legal de suas terras ancestrais.

Junto com a ameaça externa pela desflorestação, exploração mineira e florestal ilegal,” toneladas de produtos plásticos são introduzidos nas zonas mais remotas da Amazônia”, consequência direta do contato entre as comunidades indígenas e a sociedade de consumo (com seus bens de consumo residuais – garrafas, sacos e embalagens plásticas, latinhas de alumínio e muito mais, como sabemos).

Com esse mercado, o Troque-troque, também são supridas a falta de alcance das políticas públicas para as regiões rurais e mais remotas da floresta.

Benki Piyãko defende a convivência pacífica entre o homem e o meio ambiente e desempenha um papel ativo na proteção ambiental e espiritual, das terras ancestrais e de seu povo Ashaninka, buscando a preservação da cultura e conhecimentos deste povo.

A Troque-troque funciona na vila de Marechal Thaumaturgo, no Acre (Brasil) e seu princípio é simples: os clientes da Troque-troque podem pagar suas compras com material plástico reciclável ou latas de alumínio. Se este material estiver devidamente limpo e amassado, há 20% de bonificação no valor total (cada quilo vale 50 centavos de real).

Todo material reciclável recolhido pelo Troque-troque será encaminhado para o centro de reciclagem da cidade de Rio Branco.

Você pode ajudar

Está em movimento uma campanha para recolha de doações que permitam a manutenção do projeto Troque-troque. O objetivo é juntar 50 mil dólares em doações e, caso você queira colaborar, entre aqui.

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Redação greenMe

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