OzHarvet Market é uma iniciativa australiana – juntam-se produtos alimentícios de doação e são colocados à “venda” sem preço ou cobrança – cada um pode pegar o que precisa e pagar o quanto e se puder.
Claro, a gente pode pensar que manter um mercado desses também vai custar algum dinheiro – e logística – e que “alguém” precisará financiar a iniciativa.
Mas, sempre tem um jeito: boa vontade e voluntariado resolvem muitos dos problemas que temos, basta começar, gerar uma onda positiva que contamine cada vez mais gente.
A ideia é tão simples: que todo aquele que tenha em excesso, em vez de jogar no lixo, leve para o OzHarvet Market.
O trabalho é o mesmo, não? Se você tem um mercadinho e suas prateleiras precisam de renovação de produtos, ou têm produtos sem saída, ou enfim, quer renovar o estoque – essas são práticas comuns ao sistema capitalista que objetivam o famoso “giro de capital” em detrimento da “melhor distribuição de bens de consumo” – então, se parar para pensar um pouco nos outros, quem sabe vai concordar com essa prática do OzHarvet Market, não te parece?
Um pouco de alimentos perecíveis, quase no fim do prazo de validade legal mas ainda em boas condições de consumo.
Outro tanto de alimentos não perecíveis mas que não estão no tope do interesse de mercado.
Roupas da estação anterior, que já saíram de moda e que não serão vendidas em lojas comuns pois, quem vai comprar, porque tem dinheiro, também vai querer a última produção, certo?
Se esse tipo de iniciativa acontecer, um pouco em todo lado, aqui no Brasil não precisaremos mais chorar os “tomates jogados na beira da estrada, no Espírito Santo”, ano passado, ou o café queimado pois o preço tinha caído tanto que não valia a pena o carreto, ou o peixe de segunda, a mistura, que é jogada na água, ou no lixo, e poderia alimentar a muitas pessoas.
Claro, a proposta é sonhadora – trata-se de incentivar uma mudança profunda no sentir das pessoas e que aprendamos a dar as mãos, uns aos outros, a caminhar ombro a ombro nas conquistas e nos projetos.
Mas, por enquanto, sonhar não paga imposto então, vamos sonhar, e cada vez mais com um mundo mais justo, saudável e cujos bens sejam de todos e para todos.
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Categorias: Consumir, Consumo consciente
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