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A época mais deliciosa do ano chegou! A Páscoa e seus chocolates. Quem gosta, passa um sufoco… ovo de colher, barra de chocolate, bombom… Cada um mais diferenciado que o outro. São milhares de opções. E é aí que bate a dúvida, qual escolher? Por moda, questão ambiental ou consumo consciente, muita gente busca por chocolate sustentável. Mas afinal, o que isso significa?
Como qualquer coisa na vida, uma vez que você descobre e aprende sobre como algo é feito e quem está na base da cadeia de suprimentos, é difícil não ligar para o que acontece.
À medida com que nos tornamos mais conscientes de algumas das questões éticas relacionadas ao chocolate (as notícias estão aí para comprovar), tomamos consciência de quais tipos de chocolate comprar e quais não consumir.
O chocolate é produzido a partir das sementes de um fruto que dá no cacaueiro, mais conhecidas como cacau.
O cacaueiro (Theobroma cacao) é nativo das florestas tropicais da América Central e do Sul, e suas variedades crescem ao longo do equador em climas tropicais com alta umidade e chuvas. No Brasil, temos cacau em abundância em várias regiões (não é à toa que na Bahia existe a Costa do Cacau).
As sementes ou “grãos” encontrados dentro do fruto do cacaueiro são chamadas de cacau, principal ingrediente do chocolate. Todo chocolate começa como cacau, e até se transformar no chocolate disponível nos mercados, é um processo longo e complexo.
Existem muitas variedades diferentes de cacaueiro, todas produzindo grãos com sabores distintos e cultivadas em diferentes áreas do mundo. Por exemplo, a localização geográfica e a qualidade do solo, têm um grande impacto nos sabores naturais dos grãos.
A mais comum é a variedade Forasteiro, o tipo de cacau mais resistente a doenças e, portanto, o mais facilmente cultivado. É estimado que cerca de 70% do chocolate mundial seja feito de grãos provenientes da África Ocidental.
Os grãos Criollo e Trinitario tendem a ser mais raros e geralmente são cultivados no Caribe. A variedade mais rara de cacau, o Nacional, é predominantemente cultivada no Equador e em outras partes da América do Sul e no Peru.
Claro que, o processo varia de fabricante para fabricante.
O que nos deixa preocupados é como acontece esse processo de fabricação. Pois, como sabemos, existem fabricantes ilegais que usam trabalho escravo para a produção em massa de chocolates (imagine na época da Páscoa).
A história do chocolate está repleta de abusos de poder devastadores que ecoam através dos séculos, transcendendo até mesmo a ascensão e queda de civilizações.
Mas nada justifica a falta de humanidade que continua a acontecer.
De acordo com a Iniciativa do Cacau, cerca de 30.000 crianças e adultos foram submetidos a trabalho forçado em algum lugar da cadeia de abastecimento de cacau durante o período de cinco anos entre 2013 a 2017.
Hoje, o cacaueiro africano médio ganha apenas cerca de US$ 0,50 a US$ 0,84 por dia.
Além do trabalho escravo, o desmatamento tornou-se comum em áreas de alta pobreza. Como recebem tão pouco por suas colheitas, em muitos casos os produtores estão derrubando outras áreas de floresta e floresta tropical para cultivar mais cacaueiros.
Infelizmente, isso prejudica a biodiversidade das regiões onde o cacau é cultivado.
Sabendo como os chocolates são feitos, ninguém em sã consciência gostaria de adoçar sua vida com trabalho escravo e devastação da natureza.
As marcas de chocolate devem ter uma cadeia de suprimentos transparente, garantir salários justos para seus produtores de cacau e tomar medidas para minimizar seu impacto ambiental.
Mas como saber se o chocolate é sustentável e onde encontrar para comprar?
O chocolate sustentável ou artesanal possui melhor qualidade e contém menos (se houver) aditivos.
Se você vir nas embalagens esses termos, já é um bom começo:
Fique de olho, atente-se ao greenwashing!
Existem muitas marcas excelentes e criam chocolates deliciosos. Escolher chocolates de marcas sustentáveis não é apenas melhor para as pessoas e para o planeta, mas também é mais saudável.
Infelizmente, para ser correto mesmo é preciso investigar a marca. Uma dica: geralmente as grandes e velhas marcas não se dão a esse “luxo”, pois elas simplesmente não precisam.
Como o Brasil é um grande produtor de cacau, não vai ser difícil comprar de pequenas marcas comprometidas com a sustentabilidade.
Fonte: sustainably-chic.com
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Categorias: Consumo consciente
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