Trump altera lei de proteção animal e coloca em perigo espécies em extinção


O presidente Donald Trump anunciou ontem, segunda-feira, 12, alteração na forma da Lei de Espécies Ameaçadas (Endangered Species Act ), reduzindo assim o poder dessa legislação na defesa dos animais em perigo de extinção.

O efeito negativo direto das alterações nessa lei de conservação animal, será mais dificuldade de proteção da vida selvagem contra as ameaças provocadas principalmente pela mudança climática e o aquecimento global.

Essa Lei, até então, vinha protegendo e salvando animais em extinção como, por exemplo: ursos-cinzentos, lobos-cinzentos e águias-de-cabeça-branca.

Na prática, a mudança nessa Lei irá facilitar a remoção de uma espécie da lista de espécies ameaçadas e enfraquecer a proteção sobre os animais em perigo de extinção.

Pela primeira vez, os critérios para avaliação da inserção na lista dos animais ameaçados de extinção, terão por base aspectos econômicos, por exemplo: analisar e levar em conta os prejuízos financeiros de uma proibição de extração de madeira em um habitat animal sob ameaça, ou seja, o capital terá prioridade e estará acima da preservação da vida animal!

As novas regras nessa Lei poderão dar brecha e abrir portas para novas minas, perfurações de petróleo e gás, enfim, investimentos e exploração econômica em áreas onde, até então, viviam espécies protegidas.

Grupos conservacionistas e políticos democratas estão apreensivos com as medidas de Trump, considerando que abrem caminho para a destruição gradativa do habitat das espécies catalogadas em perigo de extinção.

“Este esforço para estripar a proteção de espécies ameaçadas e em perigo tem as duas características de quase todas as ações do governo de Trump: é um presente para a indústria e é ilegal”, disse Drew Caputo, da organização sem fins lucrativos Earthjustice.

Os Grupos ambientalistas, promotores e defensores do estado democrata e democratas no Congresso, em oposição às medidas de Trump, se mobilizarão para contestá-las no Congresso e nos tribunais.

A procuradora geral de Massachusetts, Maura Healey, se referiu à essas mudanças como imprudentes e disse:

” Os estados farão tudo o que puder para se opôr à essas ações.”

A importância da manutenção da Lei das Espécies Ameaçadas

No início do século XX, as populações de espécies como a do lobo-cinzento (Canis lupus) vinham reduzindo, mas graças a esta lei, aprovada pelo presidente republicano Richard Nixon em 1973, foram saindo dessa situação.

A águia-de-cabeça-branca (Haliaeetus leucocephalus), símbolo nacional dos Estados Unidos, em 1963, contava com 417 pares que nidificavam e atualmente têm cerca de 10.000 pares que nidificam.

Endangered Species Act tem sido um instrumento de proteção e defesa de animais, como o falcão peregrino, a baleia jubarte e o peixe-boi da Flórida, como explicou o The New York Times.

Segundo os cientistas, se não fosse essa Lei estes animais teriam desaparecido!

Ambientalistas e as Nações Unidas, alertaram que a intervenção humana está a ponto de levar um milhão de espécies à extinção e que proteger a terra e a biodiversidade é urgente e fundamental!

De acordo com o relatório da ONU, a falta de gestão ambiental, a industrialização em massa e as mudanças climáticas têm contribuído para os prejuízos que vêm ocorrendo em toda a Natureza.

Em todo esse contexto, as medidas do Governo Trump vêm somar a todo os prejuízos causados pela ação humana às espécies animais e à biodiversidade de nosso planeta!

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Deise Aur

Professora, alfabetizadora, formada em História pela Universidade Santa Cecília, tem o blog A Vida nos Fala e escreve para greenMe desde 2017.


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