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A baleia desde os primórdios é um animal que fascina a humanidade por sua grandiosidade e beleza.
Ademais, não é de se estranhar que esse gigantesco mamífero aquático tenha feito parte da passagem bíblica do Antigo Testamento no livro do Profeta Jonas e sido inspiração na literatura como Moby Dick, do escritor Herman Melville.
Esse lindo animal, considerado o maior do mundo, não é só magnífico pelo tamanho e pela aparência, mas, também pelas suas diversas características e comportamentos.
Conheça mais sobre a Baleia Azul, com as informações a seguir:
A baleia-azul faz parte da ordem Cetartiodactyla, família Balaenopteridae e gênero Balaenopter. Seu nome científico é Balaenoptera musculus. Esta baleia apresenta longo e enorme corpo hidrodinâmico, de coloração azul acinzentada e manchas claras, podendo alcançar 30 metros de comprimento e pesar até 180 toneladas
A cabeça da baleia-azul é larga, tem formato de U e corresponde a aproximadamente 1/4 do tamanho do seu corpo.
Na garganta dessa baleia existem pregas ventrais, que se alongam até aproximadamente metade do corpo dela.
As nadadeiras peitorais da baleia-azul são pequenas e abrangem cerca de 10% do comprimento total do seu corpo
A nadadeira dorsal é também um tanto pequena, se localizando na parte posterior dessa espécie, já a nadadeira caudal é larga e com pedúnculo grosso.
Geralmente o macho é menor que a fêmea, porém, ela por sua vez é mais pesada.
A baleia azul respira através dos pulmões e para isso necessita ir até a superfície para respirar, quando ela expira, ocorre um borrifo de água (jorro) pelo orifício na parte superior de seu corpo, que chega a formar um jato de 6 a 12 metros de comprimento.
Em geral, essa espécie de baleia vive sozinha, em duplas ou trio.
E possível encontrá-la em comunidades maiores em espaços de alimentação e reprodução, podendo chegar, nesses casos, a grupos de mais de 50 indivíduos.
As baleias-azuis migram para águas polares ou subpolares em busca de alimentos, no período que se estende do verão ao início do outono, já no período reprodutivo, que ocorre do inverno à primavera, elas migram para áreas tropicais e subtropicais.
Esta baleia não tem dentes, mas, em contrapartida possui na boca uma estrutura que se assemelha com uma franja e que serve para filtrar a água e segurar suas presas, como por exemplo, pequenos peixes que lhe servem de alimento.
Além de pequenos peixes, a baleia-azul se alimenta de crustáceos, zooplâncton e moluscos e podem obter seu alimento tanto no fundo, como na superfície do oceano.
No Hemisfério Sul, a baleia-azul se alimenta, principalmente, de krill (animais invertebrados parecidos com o camarão), para se ter uma ideia, uma única baleia pode comer diariamente cerca de quatro toneladas dessa espécie marinha.
Apesar de a baleia-azul nadar a uma velocidade de até 50 km/h em curto período de tempo, quando ela nada em grupo, sua velocidade de nado fica em torno dos 20 km/h e nos momentos que se alimenta, a velocidade de nado fica por volta de torno dos 5 km/h.
A maturidade sexual da baleia-azul ocorre por volta dos 10 anos de idade.
O filhote desenvolve-se dentro do corpo da mãe, sendo que a gestação tem a duração de 11 até 12 meses.
Ao nascer, o filhote já apresenta grande tamanho e peso, cerca de 7 metros de comprimento e mais de 2 toneladas.
As mamães-baleias não amamentam seus filhotes pelas tetas. Ela ela solta o leite, que é bem gorduroso na água e o filhote o suga, já que a água e gordura do leite não se misturam.
No início do século XX, em 1925, a baleia-azul tornou-se alvo da caça mercenária de pescadores dos Estados Unidos, o Reino Unido, Noruega e Japão. Assim, esta espécie foi sendo capturada, morta e processada para comercialização em grandes navios-fábricas.
Em 1930, 41 navios dizimaram 28.325 baleias-azuis.
No fim da segunda guerra mundial, a população de baleias-azuis já estava bem reduzida e, por isso, em 1946, surgiram as primeiras leis de restrição da caça e comércio de baleias, porém, ainda eram ineficientes.
Na década de 60, a caça específica da baleia-azul finalmente foi proibida, mas, a essa altura, 350 mil baleias-azuis haviam sido mortas.
De acordo com os dados da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza ( IUCN) a baleia-azul está classificada atualmente como espécie endangered – ameaçada de extinção, com a estimativa da existência de 5.000-15.000 indivíduos maduros, sendo que esta espécie já não existe mais nos mares Mediterrâneo, de Okhotsk e de Bering.
Dos indivíduos dessa espécie que existem atualmente, dois mil vivem na costa da Califórnia e representam a esperança da continuidade dessa espécie, através do longo e gradativo processo de aumento populacional desses extraordinários mamíferos aquáticos, que infelizmente, desde os anos 60 se encontram em perigo de serem extintos.
Das baleias se extraem as suas barbatanas para serem usada na fabricação de espartilhos femininos, escovas e cera para a confecção de velas. A gordura dos animais serve como alimento, sua carne também é apreciada em alguns lugares (Japão, Islândia, Noruega…). Seus ossos também podem ser usados na fabricação de objetos, joias, brinquedos e instrumentos de trabalho e caça.
Além da caça comercial desse animal para utilização de partes de seus corpos, a poluição dos mares, a pesca de peixes que servem de alimento para essa baleia, o aquecimento global, a agressão e a alteração do habitat dessa espécie, por meio da intervenção humana, são os fatores que têm colocado a especie em perigo de extinção.
Apesar de várias ações estarem sendo realizadas em prol da defesa da vida da espécie baleia-azul, ainda é necessário intensificar e dar continuidade à medidas como:
É muito importante frisar que para mudar essa realidade é necessário uma educação de base (família e escola) para que as futuras gerações não cometam as mesmas atrocidades que ainda estamos comentando com esta e com outras espécies.
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Categorias: Animais em extinção, Informar-se
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