A mudança climática está afetando até mesmo o comportamento e a aparência dos ursos-polares no Ártico. Devido à escassez de comida, eles nadam exaustivamente para longe de suas casas, chegando em aldeias onde recebem ajuda dos moradores. Devido à condição de vulnerabilidade, os ursos não aparentam comportamento agressivo, pois dependem da ajuda dos humanos para sobreviverem.
De acordo com uma matéria publicada no site The Guardian, moradores da vila Tilichiki, na península de Kamchatka, no extremo leste da Rússia, encontraram um urso-polar exausto por ter viajado cerca de 700 km. Tudo indica que ele partiu de Chukotka e perdeu o senso de direção enquanto flutuava num bloco de gelo, segundo os ambientalistas.
Vladimir Chuprov, do Greenpeace disse ao The Guardian que o Ártico está ficando mais quente, tornando a caça menos conveniente aos ursos-polares. Com isso, eles estão procurando novas formas de sobrevivência, sendo mais fácil aproximarem-se das pessoas.
Os moradores da vila Tilichiki ficaram chocados com a aparência do urso e o alimentaram com peixes. Isso só foi possível porque o urso estava fraco e não apresentou sinais de agressão.
Apesar da condição de “docilidade” do urso-polar, as autoridades de Kamchatka decidiram preparar o resgate dele, com o intuito de levá-lo de volta para Chukotka. O plano é sedar o urso para conseguirem transportá-lo de helicóptero até seu habitat.
Os ursos-polares dependem do gelo marinho para caçar as focas, suas presas naturais. O aquecimento global está encolhendo as camadas de gelo do Ártico, privando os ursos da caça e tornando-os cada vez mais vulneráveis às mudanças climáticas.
Vejam os vídeos da odisseia desse urso que foi apelidado de Umka. É muito triste, fora da realidade. Tadinho, gente!
A atitude das pessoas da vila Tilichiki é bastante nobre, mas vai contra as leis da natureza, pois imagine só se todos os ursos-polares tornarem-se dependentes da ajuda humana para conseguirem se alimentar? Estamos cansados de saber que essa situação só está acontecendo devido ao desenvolvimento acelerado da indústria e da tecnologia, mas nossos hábitos, desejos e vontades têm maior parcela de culpa nisso.
Automóveis, aeronaves, eletrônicos, agrotóxicos, poluição, desrespeito com a natureza… Esses são apenas alguns dos motivos que estão destruindo o planeta e o que podemos fazer para mudar isso? Parece uma missão impossível, mas não devemos perder a esperança. Temos que usar nossa inteligência e capacidade humana única para reverter essa situação.
Nós que colocamos o planeta nessa condição e nós é que temos o dever de tirá-lo dessa. Façamos cada um a nossa parte!
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