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Muita gente não sabe, mas veganos não comem mel. E por que será que não comem? Vamos entender tudinho.
Através desse conteúdo vamos entender como começou a prática da apicultura, como ela ocorre e os prejuízos que causa às abelhas.
Veremos também como vivem as abelhas e produzem seu mel, e como podemos substituir o mel por produtos similares, mas feitos de vegetais. Além disso, aprenderemos uma receita caseira de mel de maçã.
Acompanhem todo o nosso conteúdo:
As abelhas trabalham durante o verão, passam o tempo produzindo alimento para se abastecerem no inverno.
Essa produção é feita a partir do néctar que recolhem das flores, processam através de suas enzimas digestivas e armazenam em favos nas suas colmeias. Elas vão estocando esse alimento para o inverno.
O mel é um produto líquido, viscoso e açucarado e, como foi dito, é produzido pela abelha a partir do néctar das flores, e é parecido com água com açúcar.
As abelhas com sua enzimas digestivas, transformam a sucrose em frutose.
A maior parte dessa mistura evapora, restando somente 18% de água na composição final, resultando em um alimento resistente a mofo, fungos e à várias bactérias, com durabilidade e validade de muitos anos.
Existem cerca de 20 mil espécies de abelhas e as da espécie Apis mellifera são as que melhor realizam a polinização.
Abelhas polinizam de 50% a 80% dos vegetais que fazemos utilização. Se as abelhas forem extintas, a vida do planeta está condenada, pois elas, com a polinização, promovem a vida de vários ecossistemas em nosso planeta.
O mel digerido pela abelha é depositado nos favos através do vômito dela.
O uso e o consumo do mel pelo homem é feito a partir de uma atividade de extração desse produto, a denominada apicultura.
Esta prática teve seu início, aproximadamente, em meados 2400 a.C., com os povos egípcios e gregos.
Lorenzo Langstroth (25/12/1810 – 06/10 /1895), foi o apicultor que desenvolveu a “apicultura moderna.”
Há mais de 20 milhões de anos, calcula-se a existência das abelhas, parentes das formigas e vespas, em nosso planeta.
No século XVIII, os jesuítas, trouxeram as abelhas naturais da Europa e América, para o noroeste do Rio Grande do Sul.
A abelha, assim como outros insetos, pássaros e pequenos mamíferos, polinizam plantas ao se alimentarem, através das flores, levam o pólen, contribuindo para reprodução das plantas.
As abelhas constroem suas colmeias em topos de árvores, cavernas, etc.
Em uma colmeia pode chegar a ter 80 mil abelhas.
As colmeias são muito organizadas e funcionam, de forma hierárquica, na qual existe uma abelha rainha, muitos zangões e abelhas operárias.
A abelha rainha pode chegar a viver 5 anos e é responsável pela reprodução da espécie e produz mais de mil ovos por dia. Ela se alimenta da geleia real, seu único e exclusivo alimento.
A abelha rainha desde o 9º dia de vida já pode ser fecundada pelos zangões.
Ao nascer duas abelhas rainhas, em uma única colmeia, ocorre uma disputa, elas lutam até a morte, a abelha que vencer terá a missão de garantir a reprodução da colônia e será a única rainha da colmeia.
A função dos zangões nas colmeias é a fecundar as abelhas rainhas, e isso ocorre 1 vez ao ano.
O zangão não possui ferrão e vive, em torno de 3 meses.
Uma média de oito zangões conseguem realizar a cópula, no voo da abelha rainha, para realizar a fecundação dela.
Depois que ocorre a cópula, o zangão morre, pois, seu genital fica preso à rainha.
Uma abelha operária produz, em média, cinco gramas de mel, ao ano.
Ela vive, aproximadamente, quatro meses.
As colmeias possuem uma rigorosa ordem e hierarquia entre operárias, zangões e rainha.
Veganismo é a filosofia e conduta de vida baseada em viver sem explorar os animais, de forma alguma.
O vegano não se alimenta de animais e nem tampouco faz uso dos produtos provenientes deles, sejam:
Veganismo não é só dieta, é um conjunto de práticas e princípios baseados na Proteção, Defesa e Direitos dos Animais.
Em uma reunião em 1944 organizada por Donald Watson (1910 – 2005), um carpinteiro e mais seis pessoas que se desfiliaram da “The Vegetarian Society” por diferenças ideológicas, resolveram criar uma nova sociedade (“The Vegan Society”), adotando um novo termo para definir esta nova associação. A partir daí, passou-se a usar o termo inglês “vegan”.
O mel é um produto criado pelas abelhas para sua alimentação e isso, por si só, já é motivo para os veganos não consumirem esse alimento.
Dizem que o mel tem muitos benefícios, mas segundo a ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil, não é recomendável a ingestão desse alimento por crianças abaixo de um ano de idade, por perigo de contaminação por esporos do bacilo Clostridium botulinum, responsável pelo botulismo.
Seres humanos podem substituir o mel por melado de cana, melado de beterraba, xarope de agave e veja, neste vídeo abaixo, uma receita de mel vegano:
A extração do mel, através da prática da apicultura, envolve crueldade:
Para a extração do mel é utilizado um método, muito agressivo, chamado Fumigação.
Nessa prática, o apicultor usa fumaça, pode ser com a queima de palha e sabugo de milho, para atordoar as abelhas que ficam intoxicadas e, assim, ele manuseará mais facilmente a colmeia.
As abelhas morrem por asfixia provocada pela fumaça, e, também, pelo calor, pois a fumaça é muito quente, e isso acaba por lhes queimar e matar.
Os apicultores, quando vão extrair os favos, nesse manuseio esmagam abelhas com suas mãos.
As abelhas rainhas são inseminadas artificialmente e, para isso, o apicultor utiliza ganchos e seringas, injetando o sêmen de zangões decapitados (porque arrancando a cabeça do zangão, e espremendo o seu tórax, ele ejacula).
As rainhas são mortas quando sua capacidade de produção de ovos diminui.
Essa inseminação é feita utilizando abelhas importadas: italianas, alemãs e africanas, por produzirem mais mel, e, isso acaba causando devastação para as abelhas nativas.
As asas da rainha são grampeadas pelos apicultores, para que ela não abandone sua colmeia, levando as operárias.
Para perpetuar a espécie e criar um novo enxame, as abelhas podem criar uma nova rainha, a princesa.
O apicultor, além de grampear a rainha, quando percebe que a produção de mel irá baixar, com a saída dessas operárias, mata a princesa, ainda em forma de larva.
O fisiologista Gilberto Xavier, pesquisador da USP – Universidade São Paulo, explica:
“Assim, como os humanos, os insetos têm terminações nervosas, por isso, se deduz que eles possuem algum tipo de percepção sensorial, equivalente à sensação de dor. Outra aspecto, que atesta essa análise, é que os insetos se afastam, esquivam ou fogem de tudo que lhes causa causa desconforto. As terminações nervosas dos insetos são na pele, eles possuem receptores nervosos convergentes, além de possuírem mecanismos de bloqueio de dor diferentes e mais eficientes que os dos humanos. O fato de uma barata continuar a andar, mesmo após, ter uma perna arrancada, é um exemplo desse bloqueio desse mecanismo de defesa e bloqueio da dor. Estes mecanismos são ativados nos insetos, justamente, porque eles sentem dor e são utilizados para para promover a diminuição deste efeito, nessas criaturas.”
Em busca de obter a doçura do mel, o homem amarga a vida das abelhas!
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Categorias: Alimentar-se, Vegetariano e Vegano
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