Em dezembro do ano passado, cerca de 21 entidades ligadas à agroecologia, setor que envolve a produção e comercialização de produtos orgânicos e agroecológicos, firmaram convênio com a FBB (Fundação Banco do Brasil) através do edital Redes Ecoforte. Com isso, irão receber, ao todo, R$ 25 milhões de recursos. O valor máximo pago por projeto foi de R$ 1.25 milhão.
Os recursos pagos aos participantes provêm da própria FBB e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O edital do projeto Ecoforte Redes fez a seleção inicial de três projetos diferentes para cada uma das diversas regiões do país. Assim, seja Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul tiveram importância e destaque equivalentes.
Logo depois, ocorreu uma abertura para que houvesse concorrência nacional, com a classificação de mais seis projetos, que fizeram parte da primeira fase da seleção.
Foram reconhecidas iniciativas que lidavam com povos indígenas e comunidades tradicionais, bem como agricultura familiar e outros.
Alguns dos projetos que foram reconhecidos têm essa perspectiva de rede como, por exemplo, o Centro de Agricultura Alternativa de Norte de Minas, que fornece os mais diversos produtos para o programa de Aquisição de alimentos (PAA) do Governo Federal, responsável por atender tanto creches quanto escolas.
Outra iniciativa, Centro de Desenvolvimento Agroecológico do Cerrado (Cedac) – terceiro lugar na concorrência – é uma organização de cunho civil que apoia a Rede Cerrado, de importância na região.
Além desses, temos ainda exemplos como o Centro de Tecnologias Alternativas Populares, que se utiliza do baculovírus – capaz de contaminar e matar a lagartixa da soja – ou seja, sem uso de agrotóxicos, e ainda comanda uma rede de feiras livres na região Sul do país.
A Associação de Agricultura Natural de Campinas – que foi a primeira classificada como redes nacionais – fornece produtos orgânicos para abastecer supermercados.
A agricultura orgânica não apenas é boa para a nossa saúde, como é amiga do meio ambiente. Sua única desvantagem, ao momento, seria o seu preço, alto porque tem um rendimento menor do que a produção feita com a agricultura tradicional.
Iniciativas como estas são muito importantes para que os produtores possam investir neste mercado de maior risco. Ao mesmo tempo, havendo mais produção e procura pelos produtos orgânicos, a “lei do mercado” prevê uma queda em seu preço. Orgânico para todos seria o nosso ideal de consumo, você concorda?
Leia também:
COMO RECONHECER SE O ALIMENTO É MESMO ORGÂNICO?
Categorias: Alimentar-se, Produtos Orgânicos
ASSINE NOSSA NEWSLETTER