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É inegável: cada vez mais se fala dos alimentos orgânicos, seja por questão de saúde ou mesmo ambiental. Mas você sabe, de fato, o que é um alimento orgânico e como reconhecê-lo?
A definição de agricultura orgânica – e, consequentemente, dos alimentos orgânicos é dada pela lei 10.831/2003 e basicamente, o que se coloca, é que os orgânicos se diferenciam dos alimentos convencionais, uma vez que esses visam apenas a rentabilidade do alimento – ou seja, a produção em larga escala, que, muitas vezes, ultrapassa os limites do meio ambiente, causando desequilíbrios –; já o orgânico sempre valoriza a cadeia da produção alimentar, desde a plantação e manejo até o consumidor final, formando um comércio justo e solidário, respeitando o meio ambiente e todos os recursos naturais, uma vez que se busca otimizar o uso de energia e de água.
Os produtos orgânicos que encontramos nos supermercados devem conter o selo Orgânico Brasil, que é concedido pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica – SISORG –, órgão responsável por credenciar e fiscalizar tais produtos. Já os produtos que são vendidos diretamente do produtor ao consumidor, podem ser cadastrados no site do Ministério da Agricultura. Para saber quais são os produtos cadastrados que são vendidos diretamente ao consumidor, clique aqui. E se você quiser saber onde se encontram as feiras de produtos orgânicos, do tipo venda direta, veja neste link do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec, onde encontrar uma feira perto da sua casa.
Infelizmente, muito preconceito é alimentado contra os orgânicos. Quem já não ouviu a famosa ideia de que os produtos são feios ou que possuem bichos, cujas presenças seriam exatamente a “comprovação orgânica do alimento”? Isso, evidentemente, é bobagem – em parte, alimentada pela própria indústria tradicional, e poderosa, de alimentos.
O fato é que a aparência dos alimentos convencionais é ‘melhor’, por conta de uma série de elementos químicos que são aplicados para o cultivo dos mesmos, como agrotóxicos e conservantes diversos.
Já os alimentos orgânicos têm como característica a individualidade, ou seja, um alimento X, digamos, uma cenoura, não se parece com qualquer outra cenoura orgânica. Todas serão diferentes entre si, como ocorre com qualquer ser vivo. Além disso, um alimento orgânico nunca é demasiadamente grande, porque não recebeu tantos fertilizantes em seu desenvolvimento.
É claro, apenas olhando para um alimento, é bem complexo afirmar se se trata, ou não de um orgânico, mas se o alimento for muito perfeitinho, com brilho e totalmente uniforme, desconfie.
Já do ponto de vista nutricional, embora ainda não seja comprovada uma maior quantidade de nutrientes nos alimentos orgânicos se comparados aos convencionais, há pesquisas sobre determinados alimentos que confirmam a vantagem nutricional dos orgânicos, como é o caso do tomate.
Quanto ao sabor, quem costuma comer orgânicos nota uma diferença imensa ao comer convencionais: os orgânicos são muito mais saborosos.
O único verdadeiro problema continua mesmo sendo o preço, embora em feirinhas livres seja possível encontrar preços não exorbitantes. Os orgânicos custam mais porque têm muitas vezes um custo mais alto de produção, além de renderem menos. Porém, comprar orgânicos, e consequentemente aumentar a sua procura, ajuda a abaixar o preço. É a famosa lei da oferta e da procura.
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Categorias: Produtos Orgânicos
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