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Nas altas rodas socialites é chique ter caviar no cardápio. Quando se fala nessa iguaria, já vem a ideia de luxo e riqueza. Nossa sociedade tem muitos condicionamentos:
Até que ponto as ideias que nossa cultura tem transmitido, ou que a mídia nos vende, devem ser assimiladas?
Quantos alimentos da alta gastronomia, produzidos e vendidos pelo homem a preço de ouro, movem uma engrenagem de crueldade, futilidade e desperdício de energia e vidas? Este é o caso do caviar, para saber mais acompanhe esta matéria.
O caviar é um alimento constituído basicamente das ovas não-fertilizadas de peixes selvagens, das espécies de esturjão, principalmente que vivem no Mar Cáspio e seus afluentes.
Esse alimento não possui nenhum aditivo, corante ou conservante. As ovas podem ser frescas ou seja, não-pasteurizadas ou também pasteurizadas, tendo estas menor preço. Essas ovas podem ser comercializadas no mercado europeu ocidental com preços exorbitantes. O caviar é considerado alimento gourmet e de alta gastronomia.
Existem produtores que criam esturjões em aquacultura.
Atualmente, dependendo dos países e das legislações nacionais, o caviar pode denominar uma série variada de produtos sucedâneos (substitutos parecidos) de caviar, como as ovas de:
Depois do tubarão-baleia, o esturjão é o maior peixe de água salgada do mundo, sendo encontrado no Mar Cáspio.
A produção e comercialização do caviar é uma das causas do esturjão estar em vias de extinção, devido à pesca excessiva dele no mar Cáspio. O comércio de ovas de esturjão no mar Cáspio é insustentável, segundo conclusão da comissão de aconselhamento científico da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas (CITES) das Nações Unidas.
Por conta disso, há aproximadamente duas década, foram criadas algumas recomendações e restrições por esse órgão aos países que pescam o esturjão para comercializar e exportar.
Os países envolvidos na pesca e venda do esturjão são: a Rússia, o Irão, a China, o Azerbaidjão, o Cazaquistão, o Turquemenistão, a Bulgária e a Romênia.
A bacia do mar Cáspio é a fonte da maioria do caviar consumido em todo o mundo.
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As bolinhas pretas ou rosas e com intenso sabor de peixe são consideradas alimentos requintados. Este requinte provém da matança de fêmeas de esturjão cujos ovos não foram ainda fertilizados.
Um esturjão pode demorar entre seis a 25 anos para atingir a maturidade sexual e as fêmeas de muitas espécies deste peixe reproduzem-se apenas a cada três ou quatro anos.
Os efeitos da pesca excessiva deste peixe são de imensa gravidade, uma vez que estes se reproduzem com pouca frequência e bem tarde. As espécies mais ameaçadas de esturjão são aquelas que produzem as ovas que atingem preços mais altos no comércio, como as dos:
Entidades ambientalistas alertam sobre a grande diminuição da população de espécies de esturjão do Mar Cáspio. Isso é resultante da pesca excessiva e também clandestina.
Devido à diminuição das espécies de esturjão, ocorreu um declínio na quantidade de pesca anual destes peixes e, se continuar a pesca excessiva, corre-se o risco de não existir mais espécies de esturjão.
O principal motivo que provocou a diminuição das populações de esturjão foi o fim da antiga União Soviética, esse fato dificultou a fiscalização da pesca das espécies de esturjão.
O anexo I da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas determinou que 6 espécies de esturjão ameaçadas de extinção sejam protegidas.
O processo de produção de caviar é complexo e envolve muita crueldade. Para transformar as ovas não-fertilizadas e frescas de esturjão em caviar de qualidade, que precisam ser salgadas e não-pasteurizadas, realizam-se as seguintes etapas:
Para tudo isso ocorrer, a fêmea de esturjão é capturada viva, levada até uma mesa de metal onde atordoada, ela é lavada. O seu ventre é então aberto com precisão, com ela viva, pois morta liberaria toxinas nefastas nas ovas, então o saco de ovas é extraído, lavado e de imediato pesado.
Depois a fêmea é morta e encaminhada para processamento, para a produção e comercialização de sua carne.
No caso dos esturjões de aquacultura, tem-se adotado a remoção cirúrgica das ovas, sem a morte das fêmeas para que elas continuem a produzir mais durante o seu tempo de vida.
O caviar além de ser utilizado na alta gastronomia é também ingrediente da formulação de produtos cosméticos, para tratamento de rejuvenescimento da pele, devido à uma substância nutritiva chamada vitelline, rica em fosfolípidos e fosfoproteínas, constituintes essenciais das células.
Lembrando que estes produtos envolvem beleza com crueldade animal.
O comércio de caviar movimenta milhões de dólares por ano.
O preço dessa “iguaria”, só para se ter uma ideia, chega a R$ 6 mil reais ou até mais, por uma lata de caviar de 125 gramas.
Para conscientizar e incentivar as pessoas à uma alimentação consciente, sem ostentação, desperdício e sacrifício animal, que tal compartilhar essas receitas, que além de criativas, são nutritivas e econômicas e, o que é melhor, não envolvem crueldade animal.
Confiram!
Neste vídeo Monyka Wanto ensina de uma forma bem-humorada a fazer um caviar de maracujá.
Que ideia genial, não é mesmo? Anotem os ingredientes logo abaixo e vejam como se faz esta receita no vídeo que segue.
Ingredientes: Caviar Vegano de Maracujá
Ingredientes
Preparo
Ingredientes
Para o Patê de Girassol e Nori
Modo de Preparo do Amaranto
O maior requinte não está em uma comida cara, às custas do sofrimento e morte de um animal, mas na atitude consciente de não estar colaborando para isso.
Utilizando o discernimento, a criatividade, a sensibilidade e a razão, podemos encontrar formas de não fazer parte dessa crueldade e criar cardápios sustentáveis, éticos e saudáveis!
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Categorias: Alimentação
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