Principais reflexões da pesquisa sobre a obesidade mundial


Veja abaixo as principais descobertas sobre a impactante pesquisa que se dedicou ao estudo do perfil da obesidade no mundo.

* Entre os países desenvolvidos, os homens têm níveis mais elevados de obesidade que mulheres, enquanto o oposto é o que ocorre em países em desenvolvimento. Atualmente, 62 a cada 100 pessoas obesas vivem em países emergentes;

* O grande crescimento de sobrepeso e obesidade no mundo, ocorreu entre os anos de 1992 e 2002, sobretudo entre as pessoas de 20 até 40 anos;

* Altos níveis de sobrepeso e obesidade foram atingidos em regiões como Tonga – com níveis de obesidade superiores aos 50% da população – e Kwait, Líbia, Qatar, Ilhas de Kiribati, Micronésia e Samoa – cujas populações femininas são compostas por mais da metade de pessoas obesas;

* Em relação ao aumento de obesidade e sobrepeso entre o público infantil, ampliou-se enormemente nos países desenvolvidos, indo de 17%, no ano de 1980, para cerca de 24% em 2013, entre meninos; e saltando de 16% para 23% entre meninas. Nos países em desenvolvimento, o crescimento foi de 8% para 13%, em meninos e meninas, nos últimos 30 anos;

* Em 2013, a proporção de obesidade em meninas, atingiu 23% no Kwait, e em mais de 30% na Samoa, Micronésia e Kiribati, os níveis mais elevados já encontrados. Tendências similares relativas à obesidade foram encontradas em meninos, com Samoa e Kiribati detendo os níveis mais fortes;

* Na Europa Ocidental, os níveis de obesidade entre meninos oscilam, indo desde 14% em Israel e 13% em Malta, até 4% na Holanda e Suécia. Entre as meninas, os principais níveis foram detectados em Luxemburgo – 13% – e Israel – 11% – e os mais baixos na Holanda, Noruega e Suécia;

* Nas regiões desenvolvidas, o patamar de crescimento em obesidade na idade adulta começou a diminuir nos últimos 8 anos. Há evidências que apontam que as gerações mais recentes ganham peso em ritmo mais lento, em comparação às anteriores.

Obesidade permanece em alta no mundo

Contudo, a obesidade não está diminuindo, diferentemente do que ocorre com outros problemas de saúde pública, como o tabaco e a desnutrição infantil, em nível global. As descobertas mostram que o aumento do quadro de obesidade tem sido amplo, substancial e rápido.

O dado positivo é a interrupção da curva de crescimento da obesidade em adultos, o que traz esperanças que tal epidemia possa ter atingido seu ponto máximo em países desenvolvidos, e que as populações de outras nações possam nem chegar a atingir os pontos máximos de 40% – índices de alguns países em desenvolvimento.

Metas da ONU sobre obesidade permanecem sem cumprimento

A análise sugere que a meta, estabelecida pela ONU, de estancar o aumento da obesidade até 2025 se revelou muito ambiciosa e, por isso, não deve ser atingida – a menos que ações efetivas sejam tomadas e pesquisas que analisem os efeitos de intervenções sobre amplos espectros da população e como tais dados possam ser transformados em programas concretos de controle de obesidade.

O que pode ser feito a respeito da obesidade mundial

De maneira particular, ações das lideranças globais são exigidas, de modo a intervir ativamente no auxílio das populações de média e baixa renda em seus territórios, com medidas educativas, para que tal quadro de saúde pública seja melhorado. Isso pode ser feito, por meio de ações que incentivem a prática de atividades físicas e a promoção ativa de consumo consciente de alimentação.

Dessa forma, segundo Klim McPherson, da Oxford University, na Inglaterra, declara que uma reorientação das necessidades humanas alimentares mais básicas se faz necessária, o que poderia alterar grande parte da produção e propaganda da indústria alimentícia, que deverão se organizar de maneira completamente diferente, do feito há três décadas.

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A solução para o problema da obesidade, portanto, deve ser sobretudo política; o que leva a questões que permanecem sem resposta clara, como, por exemplo: como a comunidade internacional irá agir decisivamente sobre o tema, se isso pode restringir o crescimento econômico no mundo? O quadro é, de tal forma alarmante, que os políticos não podem mais fingir desconhecimento. É necessário agir!

Fonte foto: freeimages.com




Redação greenMe

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