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Uma cozinheira autodidata, Regina Tchelly. Uma infância com horta e pé no chão. Uns terrenos vazios e moradores com vontade de cultivar. Esse foi o começo do projeto Favela Orgânica que começou em 2011 nas comunidades Babilônia e Chapéu Mangueira, zona sul do Rio de Janeiro.
A ideia do Favela Orgânica é a de promover uma mudança profunda na cultura de consumo e desperdício através do aproveitamento integral de todas as partes do alimento que, por sua vez, é cultivado organicamente. As partes que não são comestíveis, e são poucas, viram adubo através da compostagem.
Mas, não só do que se produz em sua horta é que faz essa cozinha tão diferente. Regina tem por hábito frequentar as feiras livres e recolher tudo o que sobra (aquelas folhas mais grossas, os talos que o feirante corta porque quem compra não quer levar) para a cozinha de quem precisa.
No final das contas, uma quantidade enorme de raízes, cascas e talos de verduras que antes iam aumentar o lixo doméstico hoje, com as receitas inovadoras da Regina Tchelly, viram pratos nutritivos, coloridos e muito interessantes.
Fonte foto
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E assim, dos restos que são jogados no lixo tantas vezes é que surgiram as receitas de arroz colorido de talos e cascas, pão de mel de casca de banana e quiche de talo de brócolis e tantas mais.
Como lembra essa paraibana que mora, até hoje, na comunidade Babilônia: “Logo que cheguei no Rio de Janeiro fui trabalhar como empregada doméstica e via nas feiras livres e na minha própria comunidade a grande quantidade de alimentos sendo desperdiçados. E lá na Paraíba a cultura é aproveitar o máximo que a gente puder do alimento“, conta Regina Tchelly, que sempre amou cozinhar.
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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