Maçã transgênica chega aos EUA. Ela não se escurece!


Todo consumidor consciente não compra produtos transgênicos, mesmo se forem vendidos dizendo que “trazem vantagens”. Lendo o título deste artigo, provavelmente, você deve ter pensado: “que bom encontrar no mercado uma maçã que não escurece!”. Mas o escurecimento da maçã é um bom sinal para que a comamos, pois, significa que estamos ingerindo vitaminas.

A maçã contém vitaminas A, C e E. A e C, por exemplo, são sensíveis à luz e ao calor; a vitamina A é sensível à oxidação (altera-se ao ar em temperaturas elevadas); a vitamina E é muito sensível à oxidação e à luz UV.

A importância das vitaminas

Comer uma maçã fresca recém cortada é muito bom! Antes dela se oxidar e mantidas todas as suas vitaminas.

As vitaminas são compostos orgânicos fundamentais para o crescimento, a manutenção da vida e a capacidade de reprodução do ser humano. Embora não nos forneçam energia, as vitaminas aproveitam os compostos energéticos que chegam até elas pela alimentação, explica o site AHAU.

A forma como podemos aproveitar as vitaminas dos alimentos é com uma alimentação equilibrada e rica em produtos naturais e frescos. Com uma boa dieta, não é preciso recorrer a formas artificiais como os suplementos. Também as vitaminas sintéticas não substituem as naturais.

O que está por trás da maçã transgênica

A empresa canadense Okanagan Specialty Fruits teve a aprovação do governo norte-americano para colocar nos mercados de todo o país, entre fevereiro e março deste ano, a maçã que não escurece. Isso se deve a uma modificação na parte interna das maçãs que faz com que elas não oxidem quando expostas ao ar. Na prática, você pode comer apenas uma metade da maçã e guardar a outra na geladeira tendo a certeza de que ela não ficará com a tonalidade ferrugem, explica a Superinteressante.

Isso parece ótimo, não é mesmo? Mas não é. A causa do escurecimento da maçã é provocada pela enzima polifenol oxidase, encontrada, também, na batata, banana e em diversos outros vegetais.

Nos Estados Unidos, é comum as maçãs serem vendidas já embaladas sem casca e fatiadas. Acontece que elas recebem alguns aditivos químicos para ficarem frescas e não sofrerem o processo de oxidação, o que acaba alterando o seu sabor. A Okanagan retirou o gene que faz a fruta produzir a enzima polifenol oxidase, para evitar o uso de conservantes. Isso parece ótimo, não é mesmo? Mas não é.

Por que não devemos comer a maçã transgênica

Em 2014, a associação de produtores de maçãs dos Estados Unidos, a U.S. Apple, mostrou-se contrária ao plantio do novo produto, porque eles teriam que pagar royalties, já que a nova maçã é patenteada. Além da questão financeira que afeta os agricultores, a fruta “revolucionária” é um produto geneticamente modificado que está tendo o consentimento de um governo para ser produzido e comercializado, o que pode afetar a opinião pública a naturalizar as “vantagens” dos transgênicos.

Os alimentos transgênicos acarretam problemas de saúde, tais como aparição de novas alergias e de genes mais resistentes a antibióticos, reduzem a capacidade de fertilidade e o maior perigo: ainda não se sabe exatamente, a longo prazo, quais podem ser os seus efeitos.

Para a o meio ambiente, o cultivo de transgênico está associado ao aumento do uso de produtos tóxicos na agricultura, provocando uma perda irreversível para a biodiversidade, já que as sementes tradicionais podem ser afetadas.

Economicamente, o impacto dos transgênicos é maléfico, porque os produtos estão nas mãos de empresas multinacionais que, em pouco tempo, podem se apoderar do mercado das sementes e da produção de alimentos, afetando milhares de famílias de agricultores em todo o mundo.

Pense bem antes de achar que os transgênicos são “revolucionários”. Certifique-se de que você adquire produtos frescos, que não causam danos para o meio ambiente e nem para a vida de milhares de pessoas.

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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