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Você sabe a diferença entre compulsão alimentar e fome emocional? Embora pareçam a mesma coisa, são patologias diferentes, mas ambas estão relacionadas com problemas psicológicos e emocionais. Veja o que dizem alguns psicólogos e nutricionistas sobre o assunto, bem como quais são as causas e dicas de tratamento.
De acordo com a psicóloga Rosane Tavares, compulsão alimentar é uma doença mental onde o indivíduo tem a necessidade de comer o tempo todo, mesmo não sentindo fome. A compulsão alimentar faz com que a pessoa coma em grandes quantidades e em pouco tempo, pois ela não tem controle do que e do quanto come.
Normalmente, a compulsão alimentar é causada por:
Os sintomas mais comuns na compulsão alimentar são:
O tratamento para compulsão alimentar é multidisciplinar e envolve o trabalho de um psicólogo ou psiquiatra, de um nutricionista ou nutrólogo e de um profissional de educação física.
Primeiro é preciso trabalhar a mente para, como consequência, melhorar o corpo. Na verdade, os dois precisam ser trabalhados em conjunto, mas é importante que a mente esteja fortalecida para que haja sucesso no tratamento. Por isso é tão importante o acompanhamento de um psicólogo ou psiquiatra em conjunto com os demais.
Além de alimentação equilibrada, também poderá ser necessária a prescrição de alguns medicamentos, bem como a prática de atividades físicas (yoga, meditação, dança, ginástica, pilates).
A compulsão alimentar é um problema sério que, se não tratado, pode desencadear doenças graves como obesidade, diabetes, hipertensão, gastrite e até infertilidade, dentre outros.
A psicóloga Fabíola Luciano define fome emocional como uma espécie de válvula de escape para aliviar certas emoções do dia a dia.
Ela é causada por diversos fatores emocionais que funcionam como um gatilho para a pessoa comer, mesmo sem estar com fome. Nesses casos, a comida serve para camuflar sentimentos negativos como tristeza, frustração, angústia, tédio e ansiedade.
Diferentemente da fome física, a fome emocional é caracterizada por:
É importante discernir o que é fome física de fome emocional. Na fome física, sentimos o estômago roncar, temos dores de cabeça e fraqueza. Na fome emocional, não temos sinais físicos, mas sim desejos por alimentos específicos, vontade de comer, mesmo sem ter fome e mesmo que não tenha passado muito tempo da última refeição.
O tratamento para controlar a fome emocional também requer cuidados profissionais multidisciplinares, uma vez que a causa é emocional e o descontrole pode afetar gravemente a saúde física, assim como ocorre na compulsão alimentar.
De acordo com a Dra. Fabíola Luciano, fome emocional não é a mesma coisa que compulsão alimentar. No entanto, ela pode ser um sintoma ou um gatilho para tornar-se um transtorno compulsivo. Segundo ela, comer por emoção ou comer demais em algumas situações é normal, mas quando passa a ser constante e incontrolável, trata-se de um problema.
A compulsão alimentar é uma consequência da fome emocional não tratada e pode desencadear transtornos graves como a bulimia e a anorexia. A bulimia é quando a pessoa come compulsivamente e depois força o vômito, enquanto que a anorexia é caracterizada pelo fato da pessoa viver em jejum e praticar atividade física de maneira exagerada (vigorexia).
Ambas compulsões são causadas por fatores emocionais, bem como pela distorção da imagem que a própria pessoa tem de si, diante do espelho. As consequências para a saúde são gravíssimas podendo levar até à morte em alguns casos.
A maioria dos nossos problemas de saúde tem causa emocional. Por isso é tão importante tomar consciência das emoções e buscar ajuda profissional. Muitas vezes só procuramos ajuda quando uma doença física mais grave já está instalada, mas aí pode ser tarde demais.
Cuidar das emoções é primeiro passo para manter o corpo saudável e os dois aspectos precisam ser trabalhados em conjunto. Busque ajuda… Mente sã, corpo são!
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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