São Paulo inaugurará o primeiro parque vegano do Brasil


Uma das maiores dificuldades para quem pratica o veganismo é encontrar variedades de alimentos em mercados, shoppings, restaurantes e qualquer outro lugar que venda comida.

Além disso, os preços costumam ser exorbitantes, quando deveria ser o contrário, uma vez que alimentos veganos levam ingredientes muito mais baratos que a carne.

Mas o Vegan Park, um empreendimento vegano que será inaugurado em São Paulo, está prestes a mudar essa difícil realidade dos praticantes do veganismo.

Um projeto entre o SEBRAE e uma empresa de eventos veganos, Veg Nice, resultará no primeiro parque 100% vegano do mundo, e o melhor, no Brasil. A proposta é que o Vegan Park seja um lugar de encontro para atividades que fomentarão a filosofia vegana, além de oferecer feiras gastronômicas e lojas de produtos veganos.

O espaço deve ser inaugurado ainda em dezembro de 2016 e já se sabe que contará com stands dos cosméticos Surya Brasil que oferece produtos orgânicos e 100% naturais sem qualquer utilização de métodos escusos em animais. As coxinhas de jaca também terão um stand próprio para comercializar seus famosos salgados.

O Vegan Park contará com 1.400m² e ficará na Av. Conselheiro Rodrigues Alves nº83, na Vila Mariana. Para quem já está se programando para traçar as rotas, é bom saber que ficará bem perto da estação de metrô Ana Rosa.

vegan park

Lá também deverão acontecer eventos semanais como workshops, palestras e aprofundamento no assunto, tudo para a troca de experiência entre praticantes do veganismo. Servirá também, obviamente, para que a importante filosofia vegana tenha cada vez mais adeptos, tendência natural da humanidade pensante.

Bom para o planeta

A importância do veganismo é imensurável para o bem-estar dos animais, para o bem da humanidade, do planeta e do meio ambiente como um todo. Embora comer carne não seja um crime e faça parte da cultura enraizada de desenvolvimento social, torna-se cada vez mais evidente a relação de igualdade que os animais têm com a humanidade. Atualmente, os processos de produção de carne são estonteantemente cruéis e desrespeitosos com a vida animal.

Quase não há hoje quem precise caçar para comer, e isso é muito bom. O lado ruim é a insistência na manutenção de hábitos que não são mais necessários para a humanidade, como os processos desenfreados de produção de carne que visam apenas o lucro sem a mínima preocupação com a vida. Em nossa sociedade, as grandes indústrias de carne e alimentos, além de praticarem a deliberada matança de animais, ainda perpetuam o desperdício.

Facilitando o veganismo

Não há dúvidas de que o Vegan Park seja apenas o início da racionalização da vida. Além de ser extremamente benéfico para aqueles já que praticam o veganismo por facilitar o acesso a produtos orgânicos e 100% naturais, será também de extrema utilidade pública na difusão da filosofia vegana que só há de fazer bem. Já é evidente que, conforme novos empreendimentos do tipo forem surgindo, naturalmente em mesma escala surgirão mais adeptos para este estilo de vida saudável.

Lobby da carne

Até os dias atuais, ainda existe um grande lobby da indústria (especialmente da carne), para que produtos veganos sejam extremamente caros, além de dificultar o acesso da população a estes tipos de produtos, mantendo-os longe das prateleiras dos supermercados e das lojas de conveniência. Isso está mudando apesar de ainda ser normal que produtos com carne sejam muito mais baratos do que produtos veganos.

Mas aí estamos falando de produtos industrializados que devemos evitar. Lembre-se de que não há nada mais vegano que uma barraca de verdura nas feiras livres.

Onde comer vegano em São Paulo?

Segundo Rama Jonas, um dos responsáveis pelo projeto, o Vegan Park será inaugurado provavelmente no dia 20 de dezembro de 2016. Enquanto isso, dá uma olhada no nosso guia dos restaurantes vegetarianos e veganos na maior capital do país:

Veja aqui: SÃO PAULO VEGETARIANA: UM GUIA DOS RESTAURANTES CRUELTY FREE NA MAIOR CIDADE DO PAÍS

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Daia Florios

Cursou Ecologia na UNESP, formou-se em Direito pela UNIMEP. Estudante de Psicanálise. Fundadora e redatora-chefe de greenMe.


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