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Leonardo da Vinci é extremamente reconhecido como um polímata – alguém que detém um grande conhecimento em diversas áreas – da Renascença italiana, exaltado por suas extraordinárias obras de arte e seu brilho científico. No entanto, o que muitas pessoas desconhecem é que ele foi vegetariano e um dos primeiros ativistas pelos direitos dos animais da história, combatendo a exploração de animais para fins alimentares, de vestuário e de entretenimento.
Existem várias evidências de que Leonardo da Vinci era vegetariano e ativista pelos animais, entre elas a do biógrafo americano Walter Isaacson, que analisou 30 diários desse sábio renascentista.
A afirmação de que Leonardo da Vinci era vegetariano e ativista pelos direitos dos animais é uma perspectiva intrigante e curiosa sobre a vida deste renomado gênio renascentista.
Saiba mais sobre estes aspectos da vida de Leonardo da Vinci com as informações a seguir.
Leonardo da Vinci, nascido em 1452, é conhecido principalmente por suas realizações como artista, inventor, cientista e engenheiro. Suas obras-primas artísticas, como a “Mona Lisa” e “A Última Ceia”, são amplamente celebradas até os dias de hoje. No entanto, o seu fascínio pela natureza e pelo mundo animal também é evidente em muitos dos seus estudos e desenhos.
Os diários pessoais de Da Vinci são uma fonte valiosa de informações sobre sua vida e pensamentos. Se a análise do biógrafo Walter Isaacson estiver correta em sua interpretação, isso acrescenta um conhecimento importante para a compreensão da personalidade animalista de Da Vinci.
Ser vegetariano na época de Da Vinci teria sido uma escolha notável, pois a carne desempenhava um papel central na dieta europeia daquela era. Isso sugere que Da Vinci possuía uma sensibilidade excepcional para a vida animal e um compromisso singular com os direitos e o bem-estar dos seres vivos, destacando-se como um verdadeiro pioneiro em sua época. Seguir uma dieta vegetariana e praticar o ativismo pelos direitos dos animais indica um aspecto ético de sua personalidade, mostrando que estava à frente de seu tempo em questões relacionadas ao tratamento de animais.
Os séculos XV e XVI constituíram uma época em que os animais eram frequentemente explorados para o trabalho, entretenimento e experimentação científica sem considerações éticas significativas.
Independentemente da análise e interpretação dos diários de Da Vinci, é inegável que ele tinha uma conexão com a natureza e os animais, como se evidencia pela observação de seus desenhos e de suas obras.
A informação de que Leonardo da Vinci era vegetariano e ativista pelos direitos dos animais oferece uma nova perspectiva sobre a vida desse grande homem, e nos lembra que suas realizações foram moldadas por uma complexa tapeçaria de valores e princípios éticos.
Mais evidências mostram que a compaixão de Da Vinci pelos seres vivos era uma característica que o destacava em relação ao contexto de sua época.
Sua visão estava muito à frente de seu tempo, quando ele afirmava que os seres humanos não possuíam direitos especiais e dados por Deus, que justificassem negar o direito à vida de outros seres vivos.
Em diversas partes de seus escritos, Da Vinci denunciava a falta de moralidade da humanidade em relação aos animais, incluindo práticas como o sequestro de seus filhotes e o abate para consumo.
Em 1550, Giorgio Vasari escreveu que Da Vinci retirava os pássaros “com as próprias mãos das gaiolas e, depois de pagar por eles o que foi pedido, ele os deixava voar no ar, devolvendo-lhes a liberdade perdida“, ou seja, ele comprava os pássaros para libertá-los.
Jean Paul Richter, um historiador de arte alemão e a primeira pessoa a traduzir os escritos pessoais de Da Vinci, também considerou que Leonardo da Vinci era vegetariano.
Da Vinci denunciou a exploração dos animais centenas de anos antes do surgimento do movimento moderno pelos direitos dos animais.
Os historiadores observam que ele preferia roupas de linho em vez de vestuário feito de animais mortos e considerava grotescas algumas ferramentas feitas com partes de animais. Sobre o roubo de mel das abelhas, Da Vinci escreveu:
“Muitas (abelhas) terão seus estoques e alimentos cruelmente roubados (mel), e serão submersas e afogadas por pessoas desprovidas de razão.
Ó justiça de Deus! Por que não acorda para ver suas criaturas assim abusadas?”
Ele também destacou a existência cruel e miserável de animais que eram usados como força de trabalho, escrevendo que os burros eram “recompensados com fome e sede, dor, golpes, aguilhões, maldições e abusos estridentes“.
Um dos pensamentos notáveis de Da Vinci, sobre sua perspectiva em relação à vida animal e que converge para o seu ativismo, diz:
Este vídeo do canal Aconteceu relata as características de Leonardo da Vinci que o tornava sensível e compassivo em relação aos animais:
Em resumo, a vida e a obra de Leonardo da Vinci nos oferecem uma perspectiva única e inspiradora sobre a compaixão pelos seres vivos e a importância da defesa dos direitos dos animais.
Esse brilhante polímata renascentista não apenas nos legou obras de arte atemporais e avanços científicos impressionantes, mas também nos deixou um legado de empatia e consciência em relação aos nossos companheiros não humanos.
Da Vinci nos mostrou que a busca pela justiça e pelo respeito aos direitos dos animais não é um movimento recente, mas sim uma causa que transcende o tempo. Sua atitude visionária, que desafiava as normas de sua época, nos convida a uma reflexão sobre como podemos agir em prol de uma sociedade mais justa e compassiva para todas as formas de vida.
Ao seguir os passos de Leonardo da Vinci, podemos encontrar inspiração para continuarmos o movimento pela libertação e bem-estar dos animais, como ele o fez há séculos.
A visão de Leonardo da Vinci nos inspira a nos unir e agir para garantir que todos os seres vivos tenham a oportunidade de viver uma vida digna e livre de exploração. Esse nobre objetivo merece nossa dedicação e comprometimento, e juntos, podemos tornar o mundo um lugar melhor, não apenas para nós, mas para todas as criaturas que vivem neste planeta conosco.
Fontes:
Conheça outros seres humanos inspiradores em:
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São João: O santo que ensina humildade
Breve história de São Francisco: O Santo dos Animais e dos Pobres
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Categorias: Vegetariano e Vegano
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