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Você conhece o vinagre balsâmico? Se não conhece, esta é a oportunidade de conhecer essa preciosidade alimentar!
Para quem já conhece as qualidades desse vinagre, e para quem ainda desconhece, esse conteúdo traz informações aprofundadas sobre esse iguaria de origem italiana.
Saiba mais com o que vem a seguir.
Vinagre balsâmico (em italiano: aceto balsamico) é um condimento muito requintado e caro, por ser produzido de maneira totalmente rústica e artesanal.
Tradicionalmente, os melhores vinagres balsâmicos são produzidos na região italiana Emilia Romagna, nas províncias de Modena e Reggio Emilia.
Por ser produzido de longa data, desde o período medieval, nessas regiões, o nome “Aceto Balsamico Tradizionale di Modena” ou “Aceto Balsamico Tradizionale di Reggio Emilia” detêm marcas protegidas e exclusivas–IGP (Indicação Geográfica Protegida), DOC (Denominação de Origem Controlada) e DOP (Denominação de Origem Protegida) da União Europeia.
Devido ao longo período de fabricação, o custo deste produto é bem alto, em torno de 30 a 40 euros, dependendo do tempo de envelhecimento. Entretanto, vale a pena o investimento, para usufruir do aroma e sabor inconfundíveis deste vinagre.
Este vinagre tem como matéria-prima as uvas brancas, provenientes das vinhas das regiões montanhosas Trebbiani e Lambrusco.
Para estas uvas se converteram no vinagre balsâmico passam pelas seguintes etapas de produção:
Todos estes barris são dispostos nos sótãos das casas, equipados com janelas para que fiquem arejados.
Durante o processo de fermentação, este vinagre vai passando por um lento processo de envelhecimento, que leva mais de uma década, que pode variar de 12 a 25 anos ou até 50 anos.
Esse longo tempo tem a finalidade de promover a concentração de sabores e conferir consistência, através da evaporação e do envelhecimento, restando o que costuma-se denominar como “a parte dos anjos”.
Com esse processo, este vinagre vai ficando com sabor mais doce, aroma concentrado e consistência viscosa.
Todo essa produção artesanal segue um ritual secular, que vem sendo transmitido de geração em geração.
A origem do vinagre balsâmico vem de tempos bem remotos, por volta de 4000 aC, quando os povos babilônios obtinham um fermentado à base de tâmaras, figos ou damascos, para o usar como condimento ou conservar alimentos.
A partir de 3000 aC, passou a ser comum o uso de mosto e do vinagre, no Oriente Próximo, na Mesopotâmia, na Palestina e no Egito.
Esse tipo de produção chegou ao Ocidente, através dos gregos que, como bons enólogos (especialistas em vinicultura, ou seja fabricação de vinho), introduziram o cultivo da videira em todos os territórios da Magna Grécia (sul da Península Itálica, colonizada pelos gregos).
Graças a esse fato, esse conhecimento chegou aos romanos que além de aprenderem a fazer o vinho, passaram a produzir o derivado dessa bebida, o vinagre.
Na Roma Antiga e no período do Império Romano, o vinagre balsâmico servia para a preservação de alimentos, como remédio e como condimento.
Com o passar do tempo, o vinagre balsâmico foi sendo produzido por famílias italianas e se tornando uma sofisticada iguaria da gastronomia italiana, que gradativamente foi se tornando conhecida por outros povos.
As primeiras descrições do vinagre balsâmico tradicional datam do final da Idade Média e do período do Renascimento Cultural ( séculos XIV à XVI).
Até 2000, os vinagres balsâmicos tradicionais, o de Modena e o de Reggio Emilia, eram conhecidos apenas nas áreas adjacentes aos locais de suas fábricas, devido ao altíssimo custo e baixíssima produção.
Na maioria desses casos, as fábricas de vinagres eram consideradas dotes a serem legadas às filhas, em decorrência do casório.
Dessa forma, estas oficinas de produção de vinagre balsâmico vão ficando restritas ao âmbito familiar.
Além do aroma e sabor requintados, o vinagre balsâmico possui várias propriedades nutricionais, tendo em cada 100ml, a seguinte composição:
Além disso, possui propriedades terapêuticas e os seguintes benefícios:
Há que se ter cuidado com interações medicamentosas, concomitantes ao uso frequente e intensivo do vinagre balsâmico. Por isso, à quem faz uso de medicamentos para diabete ou hipertensão, não é recomendado o consumo deste produto.
Se consumido em excesso, o vinagre balsâmico pode desencadear reações adversas como:
Devido à sua acidez, o vinagre balsâmico não é recomendado para quem sofre de gastrite ou refluxo gastroesofágico.
Por conta de sua propriedade de baixar a pressão, também não é recomendado para que tem hipotensão (pressão baixa).
Em relação às gestantes, não há evidências de efeitos negativos, entretanto, é aconselhável não abusar dele e solicitar orientação médica sobre seu consumo na gravidez ou durante a amamentação.
Os primeiros critérios para escolher o vinagre balsâmico é o IGP e a leitura dos ingredientes, que constam no rótulo.
O vinagre balsâmico tradicional e legítimo deve ser puro, feito do mosto de uvas. Por isso, se tiver corante caramelo, já é um indício que não é de qualidade.
O vinagre balsâmico é perfeito para:
Neste vídeo do canal Na Cozinha com a Meg, é ensinada uma receita sensacional e muito combinativa de champignon de Paris ao molho de alho com vinagre balsâmico.
Confira os ingredientes, assista o modo de preparo e experimente fazer e saborear!
Ingredientes
Agora, após todas essas informações, fica difícil resistir a experimentar o vinagre balsâmico.
Apesar do alto valor, compensa pagar o preço, porque seu uso, ainda que só um pouquinho em cada receita, já confere um grande sabor e, dessa forma, acaba sendo um produto que dura bastante.
Se experimentou ou quando experimentar, conta para a gente o que achou.
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Categorias: Alimentação
Publicado em 02/08/2022 às 6:24 pm [+]
Muito bom obrigada.
Publicado em 03/08/2022 às 12:34 pm [+]
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