Sanduíche de atum que não tem atum: como a Subway se vende como empresa saudável e você pode estar sendo enganado


Você é daquelas pessoas que acreditam existir opções saudáveis em redes de fast food? Pois saiba que pedir um sanduíche de atum no lugar de um hambúrguer de carne pode não ser uma escolha tão mais saudável.

O jornal New York Times encomendou um teste de laboratório para identificar se há mesmo atum nos sanduíches do Subway, cadeia de fast food que, supostamente, vende produtos saudáveis.

Qualquer coisa, menos atum

Uma repórter do jornal estadunidense comprou “mais de 60 dólares em sanduíches de atum Subway” em três lojas de Los Angeles. Em seguida, ela os levou a um laboratório especializado em testes de peixes que revelou um dado surpreendente: nenhuma espécie de peixe foi localizada nos sanduíches, como informou o The Guardian.

Um porta-voz do Times levantou duas hipóteses sobre o fato: o “atum” é tão processado que não é possível identificar um lastro de atum ou, de fato, os consumidores estão comprando gato por lebre.

Em fevereiro, um teste semelhante foi feito com base em amostras da rede em Nova York, em um laboratório da Flórida, o Applied Food Technologies, que confirmou a presença de atum, após dois clientes da Califórnia entraram com uma ação judicial contra o Subway alegando que os produtos “são feitos de qualquer coisa, menos atum”.

É real

A empresa, que tem mais de 22 mil lojas nos Estados Unidos e vem sendo alvo de ações legais, defendeu a integridade do seu atum alegando que ele é “100% real selvagem”. Em seu site, o Subway ofereceu um desconto de 15% em sanduíches de atum com o código promocional “ITSREAL” (“é real”, na tradução para o português).

Melhor mesmo é comer sanduíches feito de produtos frescos e evitar os processados – e, também, ser enganado.

Fique de olho no greenwashing, tem muita gente vendendo vermelho dizendo que é verde!

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Gisella Meneguelli

É doutora em Estudos de Linguagem, já foi professora de português e espanhol, adora ler e escrever, interessa-se pela temática ambiental e, por isso, escreve para o greenMe desde 2015.


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