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“Quem conhece, não esquece jamais”, esse tem sido a corrente propagada por aqueles que tiveram contato com o mangarito.
Não há consenso sobre a origem exata, mas estudos apontam que esta planta ocorre em regiões tropicais do México ao Brasil, pertence à família das Araceae, a mesma da taioba e do taro, conhecido no Brasil como inhame.
Mangarito é uma hortaliça tradicional, mas considerada Planta Alimentícia Não Convencional, as famosas “PANCs”, porque não são comumente vendidas nos mercados. Embora já tenha sido muito utilizado, principalmente pela comunidade indígena e rural, hoje em dia é difícil de ser encontrado.
Antigamente, em algumas regiões, as pessoas do campo chamavam o mangarito de “batatinha do mato”. O diminutivo faz jus ao nome, porque ele é bem pequeninho mesmo.
Se comparado ao inhame, cará ou mandioca, o mangarito é bem menor e geralmente de cor amarela, mas também nas cores internas branca, laranja e até arroxeada.
As folhas do mangarito são comestíveis, mas são os rizomas (caule que fica dentro da terra) que representam verdadeira iguaria culinária.
Chegou a estar ameaçado de extinção, mas aos poucos vem sendo resgatado às mesas dos brasileiros e projetos de incentivo de plantio junto aos produtores rurais, e reintroduzido na culinária através de chefs famosos que foram conquistados pelo sabor especial do mangarito.
Nutricionalmente, destaca-se como fonte amilácea altamente energética.
Vitaminas do complexo B e Vitamina C, auxiliam
O fósforo e o cálcio ajudam a fortalecer dentes e ossos.
Pelo alto teor proteico e energético (ferro e reserva de aminoácido), melhora o desempenho nos treinos.
As folhas do mangarito são comestíveis, podendo ser preparadas de modo semelhante à couve, mas são os rizomas que melhor representam o mangarito.
Eles devem ser cozidos com a casca, porque ela se solta e fica fácil de retirar. Se descascados crus, é difícil e perdem muito da hortaliça.
Pode ser cozido, assado, frito, salteado (“sauté”) ou em cremes.
No passado, era típico no café da manhã ou lanche com melado.
O mangarito pode ser conservado por meses, em local fresco e arejado, preferencialmente mantendo-se as touceiras.
Ingredientes
Modo de preparo
Numa panela com água, leve os mangaritos com casca para ferver até ficarem amolecidos e não cozidos.
Após esse processo, as cascas se soltam sozinhas e ficam fáceis de retirar.
Depois de retirada toda a casca, volte para a panela com água fervente para terminar o cozimento.
Depois, bata no liquidificador e retorne a panela, tempere com sal, manteiga e pimenta do reino.
Ingredientes
Modo de fazer
Aqueça o azeite com a manteiga, frite a cebola, o alho em seguida, coloque o tomate, a cebola, a cenoura, o molho inglês.
Adicione o mangarito cozido/ e os talos da couve-flor e deixe refogar.
Depois, acrescente o arroz e vá cozinhando e mexendo com o caldo de legumes e o vinho branco.
No final, junte o parmesão e o cheiro verde.
Por ser um tubérculo, vasos não são um meio mais adequado para produção, necessitando de, no mínimo, um canteiro. Se mesmo assim quiser produzir em vaso, leve em consideração que você terá duas ou três plantas por vaso.
A propagação é feita por rizomas-semente diretamente no local definitivo do plantio, não é preciso berçário de mudas. São usados buracos, o plantio pode ser feito em pequenas leiras ou em canteiros. Em leiras, o espaçamento deve ser de até 0,5 m entre as leiras e de até 0,3 m entre plantas. Em canteiros, o espaçamento deve ser de 0,3×0,3 m e feita a adubação, porque não aguenta solos muito pobres, por ser um tubérculo bem pequeno, ele não se desenvolve.
O adubo pode ser o esterco de curral e de galinha com a profundidade de 15 cms distante uma das outras de 30/40 cms, e colocar nas covas de três a quatro tubérculos médios e pequenos até 10 e os mangaritos “mães” cortá-los em três ou quatro pedaços e jogá-los dentro das covas, sem observar a posição dos brotos, que nascerão naturalmente.
No Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o plantio é feito em setembro-outubro, no início do período quente e chuvoso.
No Nordeste, a partir de novembro.
Deve-se irrigar, quando necessário, lembrando que é cultivado no período chuvoso, em geral dispensando irrigação. A cultura é bastante tolerante a pragas.
A colheita é realizada 6 a 9 meses após o plantio, quando as folhas murcham.
Para saber mais sobre o mangarito, existe um blog dedicado totalmente a esta PANC, o blog do Sr. João Lino, um dos maiores defensores e entusiastas do mangarito no Brasil. Clique AQUI para visitá-lo.
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Fonte foto: Embrapa
Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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