É notório o mal que a gordura trans faz à saúde. Por isso, a medida, aprovada ontem (17) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que vai banir o uso e o consumo desse tipo de ingrediente até 2023 é muito bem recebida pelo consumidor brasileiro.
Segundo a Revista Planeta, a diretoria do órgão aprovou o conjunto de regras em uma votação unânime. A medida será adotada em três etapas:
1ª ETAPA – a gordura trans será limitada em óleos refinados em até, no máximo, 2%. O prazo para as empresas se adaptarem será de 18 meses e a aplicação total da medida ocorrerá até 1º de julho de 2021.
2ª ETAPA – nesta data inicia-se a segunda fase, que limita para todos os gêneros alimentícios a gordura trans a 2%, a fim de “ampliar a proteção à saúde, alcançando todos os produtos destinados à venda direta aos consumidores”, diz uma nota da Anvisa. Essa restrição será aplicada até 1º de janeiro de 2023.
3ª ETAPA – nesta data, tem início a terceira e última etapa de implantação da norma com a proibição da gordura trans para qualquer finalidade de consumo. Entretanto, o ingrediente poderá ser usado para fins industriais.
A gordura trans está presente em vários produtos industrializados disponíveis nas prateleiras dos supermercados. É utilizada para coibir odores desagradáveis em produtos, mas oferece, em contrapartida, o risco de aumento do colesterol ruim (LDL) e da degradação do colesterol bom (HDL).
A Anvisa confirma, com a nova norma, os estudos que comprovam que o consumo de gordura trans acima de 1% do valor energético total dos alimentos estar associado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o ingrediente provocou 11,5% das mortes por doenças coronárias no Brasil, em 2010, em decorrência do consumo excessivo de alimentos industrializados.
De acordo com o Metro Jornal, atualmente, não está regulamentada uma quantidade máxima de gordura trans que pode ser comercializada. Além dos produtos nacionais terem de se adaptar à norma, os importantes também sofrerão regulação da Anvisa, que “visa a proteger a saúde da população”.
A Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) considera que será mínimo o impacto da nova medida no setor alimentício, visto que, há alguns anos, várias empresas já vêm desenvolvendo novas fórmulas para os seus produtos.
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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