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As nonas italianas costumam dizer que “macarrão sem queijo é como namoro sem beijo”. Isso porque um queijinho (como dizem os mineiros) dá um sabor todo especial a qualquer prato. Até mesmo um bom queijo puro para tomar com café, vinho ou cerveja é uma delícia!
Há gente que tem alergia ou intolerância à lactose e, por isso, nem pode passar perto de queijo. Nutricionistas também indicam reduzir a ingestão de lácteos e substituir alguns derivados por lacfree. Mas será que existe um queijo saudável? Afinal, o queijo também entraria nessa “dieta”? Existiria um queijo adequado para ser consumido?
No Guia alimentar para a população brasileira, disponível no site Saúde Brasil, explica-se que os queijos, quando incluídos em uma alimentação saudável, são compostos por leite, sal e micro-organismos usados na fermentação do leite, como fermento lácteo e coalho. Para saber o tipo mais adequado, bastaria consultar a tabela nutricional e a lista de ingredientes do queijo.
A sugestão é:
A nutricionista da ACT Promoção da Saúde, Mariana Claudino, afirma que:
“Geralmente, quanto mais brancos, mais saudáveis e menos gordurosos os queijos são, por conterem maior quantidade de cálcio e de proteína. O queijo cottage, a ricota, o queijo minas e a muçarela de búfala são bons exemplos. Eles têm menos corantes, são ricos em proteína e pobres em gorduras”.
Já os queijos amarelos costumam ter maior quantidade de gordura saturada e sódio, contribuindo para problemas como pressão alta e doenças cardiovasculares.
“No entanto, há queijos que, apesar de não serem propriamente amarelos, como o brie, o gouda ou o gorgonzola, são ricos em gordura, calorias e colesterol”, alerta a nutricionista.
É preciso estar atento aos queijos processados, afinal, como qualquer alimento dessa categoria, eles não são nada saudáveis.
Um queijo processado é aquele que recebe uma adição industrial de ingredientes, em geral superior à usada em preparos artesanais. Por isso, eles não têm os nutrientes balanceados.
A nutricionista Maria Laura da Costa Louzada, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde e professora adjunta da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), alerta que:
“Todos os queijos feitos somente com leite, sal e fermento entram no grupo dos processados e podem ser consumidos em pequenas quantidades, preferencialmente acompanhando e não substituindo refeições baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados”.
Além dos queijos processados, existem os ultraprocessados, que fazem ainda mais mal à saúde.
O manual da Alimentação Cardioprotetora, do Ministério da Saúde em parceria com o Hospital do Coração, alerta que os queijos ultraprocessados são compostos por vários aditivos químicos, como acidulantes, estabilizantes e conservantes. Por isso, o melhor é evita-los da sua alimentação, já que podem propiciar maior risco de doenças crônicas como hipertensão, obesidade e doenças cardiovasculares.
Para saber se um queijo é processado ou ultraprocessado, consulte sempre o rótulo do produto. Aquelas muçarelas fatiadas vendidas em pacote lacrados, os queijos processados UHT e os queijos cheddar e catupiry estão nessa categoria.
A nutricionista Mariana revela que tais queijos, por terem muitos conservantes, sobrevivem até meses nas prateleiras dos supermercados. Até mesmo as versões light são perigosas devido à alta concentração de sódio, responsável por inchaço e aumento de peso.
Se possível, é melhor comprar queijo de produção pequena, artesanal, porque os grandes laticínios, além de usarem conservantes nas receitas, em geral, sugam o leite das vacas, literalmente. Procure saber da origem e do modo de produção do produto que você compra para consumir somente alimentos cruelty free.
Se, por um lado, os queijos são ricos nutricionalmente em proteínas, vitamina A e cálcio, por outro, são fontes de gordura saturadas do próprio leite e de concentração de sódio, por causa da adição de sal. Maria Laura pontua que o bom uso de queijo é realizado em finalizações de pratos, como massas e gratinados.
Ou seja, o conselho da nona é que faz bem para a saúde!
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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