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Quando você lembra de ameixa, fresca ou seca, a relaciona com o quê? Bem, eu relaciono esta fruto com prisão-de-ventre (constipação como também se diz) mas, principalmente, a água de ameixa seca, aquela que tem que deixar de molho, durante a noite, para comer em jejum. Lembrou?
Bem, a ameixa tem tudo a ver com o bom funcionamento do nosso intestino e, consequentemente, com o fim das prisões-de-ventre. E essa função curativa tão específica é uma resultante do quê? Do seu conteúdo em fibras, açúcares e algo mais.
Vamos falar das ameixas, esta fruta anti-constipação por excelência!
Ameixeira, a árvore da ameixa, é do gênero Prunus, uma Rosaceae como suas primas as macieiras, pereiras, pessegueiros, amendoeiras e outras árvores frutíferas que bem conhecemos na nossa alimentação – são plantas de origem asiática e que ocuparam o continente europeu em épocas remotas. Hoje já se encontram pelo mundo todo, em cultivares adaptados climaticamente.
Ameixa é Prunus domestica, a ameixeira europeia, mas também pode ser, P. institia, P. spinosa ou P. salicina e, na maior parte das vezes, variedades híbridas dentre estas que são as originárias ou selvagens, enfim, as nativas das regiões de origem.
A ameixeira é um arbusto grande ou arvoreta, que pode atingir até os 3-4 metros de altura, com ou sem espinhos nos troncos (verifique antes de subir, é claro), flores brancas que brotam na primavera e frutos, abundantes, que podem atingir diversos tamanhos (dos mais pequenos, 2-3 cm até os maiores, de 8 a 10 cm de diâmetro, com coloração que vai do verde ao roxo e sabor que vai do ácido ao super-doce.
Existem mais de 2 mil variedades de ameixas com diversidade de tamanho, cor e doçura dos frutos mas, todas elas são boas para a saúde, gostosas (cruas, cozidas, em conserva, secas) e com maior ou menor quantidade de açúcar. Recomendo a leitura deste manual da Embrapa caso você se interesse por aprofundar sobre os cultivares que existem no Brasil.
Mas, dá uma olhada nas fotos das espécies principais para se situar melhor:
Ameixa-europeia, Prunus doméstica
Ameixa selvagem europeia, Prunus institia
Ameixa chinesa (mais conhecida como japonesa), Prunus salicina
Abrunho (ameixa selvagem portuguesa), Prunus spinosa
Aqui no nosso clima podemos ter, no jardim ou em cultivo, variedades ou cultivares da ameixeira japonesa, a Prunus salicina, que é mais adaptável a climas subtropicais. Acontece que, como toda Rosaceae, estas plantas requerem um friozinho mais forte para se reproduzirem. É desta classe de ameixas que se fazem muitas das ameixas-secas e também o umeboshi, ameixa em conserva.
Excretora, e limpa nosso organismo de resíduos parados, tóxicos, aumentando o bolo fecal e dando-lhe maior motilidade, empurrando-o para a saída. Este benefício deriva do tipo de fibras que a ameixa tem, das solúveis e das insolúveis, cada qual com sua função, e também do seu conteúdo em sorbitol, que atua como laxante.
Este benefício ocorre em paralelo com o anterior e deriva do efeito das fibras insolúveis da ameixa sobre a população de bactérias boas que nos cohabitam. As fibras insolúveis alimentam as bactérias existentes no intestino grosso, essas fermentam o bolo fecal produzindo ácido butírico, um ácido graxo que funciona como combustível para as células do intestino e contribui para manter a saúde do cólon.
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Pelas funções acima descritas, de laxante, limpador, desintoxicante e reconstituinte das células do cólon e intestino.
Esta depende do bom funcionamento do intestino, da melhoria das funções de absorção dos nutrientes, produção de neurotransmissores e evacuação das toxinas e resíduos resultantes da nossa alimentação.
INTESTINO E DEPRESSÃO: UMA QUESTÃO DE LIMPEZA
Melhora a produção de dopamina e serotonina, a sensação de bem-estar e, consequentemente, nossa capacidade de ser feliz.
A FELICIDADE E SEUS HORMÔNIOS: ENDORFINA, OCITOCINA, DOPAMINA E SEROTONINA
È um excelente alimento para o equilíbrio do colesterol que produzimos, da redução das inflamações (que são a origem dos acúmulos de colesterol nas veias e artérias). Seu consumo ajuda a reduzir os triglicérides.
Seu consumo reduz a glicemia e tem efeito protetor contra a resistência à insulina.
Como decorrência do seu efeito laxante e desintoxicante. Como você pode perceber, todos os benefícios medicinais, curativos, das ameixas estão atrelados à sua principal função, a de ser uma fruta anti-constipação por excelência.
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São diversos os nutrientes, vitaminas e minerais, que as ameixas têm:
Ameixa fresca tem baixa caloria e não contêm gorduras de qualquer tipo, é rica em fibras solúveis e insolúveis, ambas benéficas e necessárias para nossa saúde intestinal. Também tem diversos fitonutrientes com alto poder antioxidante.
Na ameixa seca, como é esperado, os nutrientes estão bastante concentrados, assim como os açúcares e, portanto, os efeitos de se comer ameixa-seca são mais drásticos ainda.
Porém, se a ameixa fresca tem baixas calorias, já a ameixa-seca as tem de sobra e pode ser usada como complemento alimentar quando se precisa de repor, rapidamente, o gasto calórico (no caso dos esportistas, por exemplo).
Mas, como já dissemos diversas vezes, a diferença entre o remédio, o alimento, e o veneno, está na dose que você usa e isso também é verdade para as ameixas, frescas ou secas, em conserva ou em doce.
Ameixas são frutas ricas em oxalatos e esses são prejudiciais, em excesso – por isso é melhor que você as coma cozidas, em conserva ou deixadas de molho. Quando o teor de oxalatos fica muito concentrado no sangue e linfa poderá levar à formação de cálculos renais e de vesícula, criando diversos problemas decorrentes: dores, inflamações de rins e vesícula, intoxicações.
Para não ter problemas com ameixas, de qualquer tipo, coma com moderação não ultrapassando as 3 ou 4 unidades ao dia, seja das frescas ou das secas. Se você for particularmente sensível, prefira comer ameixas em conserva (como umeboshi que é a conserva salgada, japonesa) ou em doce (ameixas em calda são uma delícia). Já as ameixas pretas, prefira deixá-las de molho para comer depois, em jejum.
Sim, há uma planta que conhecemos como ameixa-do-brasil, a Ximenia americana, que surge espontânea em todo o território nacional, é tido como medicinal pelas medicinas populares e também usada para preparo de doces regionais. Porém, essa não é uma ameixa da família das Rosaceae, gênero Prunus portanto, não nos estenderemos sobre seus bons usos aqui neste artigo.
Sim, em muitos casos se usa outra fruta para fazer o umeboshi japonês. Um abricó, Prunus mume, parente da ameixa por ser também do gênero Prunus. Porém, não é ameixa apesar de ser chamado de ameixa-japonesa. Como não é ameixa não me detenho aqui sobre seus inúmeros benefícios medicinais, assunto que deixo para outro dia e texto.
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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