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Não há quem não tenha experimentado ou usado com regularidade essa planta tão famosa. A soja é um alimento altamente nutritivo e popular.
O óleo de soja é o mais consumido no Brasil, e o segundo mais utilizado no mundo, segundo dados do Departamento de Estudos Sócio Econômicos Rurais (Deser).
Da mesma família do feijão, ervilha e lentinha, a soja tem origem no Japão e China e possui diversas formas de uso, além do conhecido óleo. Rica em proteínas, é o alimento que costuma substituir a carne na mesa dos vegetarianos.
Tanta visibilidade e utilização a fazem um dos grandes alvos da produção transgênica. Abaixo, você irá conhecer todos os benefícios da soja, bem como as contraindicações de uso e a questão relacionada a soja transgênese.
A soja é rica em gorduras boas, isso significa que ela ajuda a reduzir os níveis de colesterol ruim – LDL – e elevar o colesterol bom – HDL. A Universidade de São Paulo (USP) fez um estudo comprovando essa propriedade, e a American Heart Association recomenda e considera a soja um alimento bom para a saúde cardíaca.
Por ser um alimento rico em proteínas, bem mais do que os outros vegetais da família, como o feijão, a ervilha e a lentilha, a soja é uma ótima fonte de energia.
A grande quantidade de fibras presente na soja a tornam um excelente aliado da saúde digestiva, prevenindo constipações e facilitando o trânsito intestinal.
Os grãos são ricos em isoflavonas, uma substância que auxilia o organismo a evitar perda de massa óssea. Por esse motivo, a soja ajuda muito a prevenir doenças como a osteoporose.
As isoflavonas atuam também como elemento protetivo contra doenças crônico-degenerativas, como o câncer de mama, de próstata e outros.
Uma pesquisa publicada no Journal of the National Cancer Institute da Universidade de Oxford no Reino Unido mostrou essa correlação: mulheres que consumiam alta quantidade de isoflavonas reduziam pela metade as chances de desenvolver câncer de mama.
A soja ajuda o organismo a produzir insulina de modo mais eficaz e contribui para equilibrar os níveis glicêmicos no sangue.
As isoflavonas existentes na soja são semelhantes ao estrogênio, hormônio feminino que sofre uma queda considerável quando a mulher entra na menopausa.
Essa propriedade faz do alimento uma espécie de repositor hormonal natural e ajuda a aliviar os sintomas característicos dessa fase, como o calor e as oscilações emocionais.
A soja tem propriedades antioxidantes, ajudando na redução dos radicais livres e prevenindo o envelhecimento precoce.
Rica em sais minerais, como potássio, cálcio, magnésio, fósforo, zinco e cobre, a soja ajuda a fortalecer o sistema imunológico.
As isoflavonas são realmente uma das melhores propriedades da soja. Além de todos os benefícios relatados, elas também podem ajudar a melhorar a sobrevida de pacientes com câncer de pulmão, de acordo com um estudo publicado no Journal of Clinical Oncology.
Existem inúmeras formas de consumir a soja no dia a dia, além do óleo.
É possível obter
A culinária japonesa – que utiliza amplamente a soja – traz também mais variações, como
A discussão sobre alimentos modificados geneticamente – os transgênicos – é bem polêmica: há quem diga que esse recurso amplia a produção agrícola e outros alegam que os alimentos podem perder em diversidade com isso. Há ainda a questão ambiental envolvida e o impacto na saúde, pouco estudado até agora. O fato é que 85% de toda soja cultivada no Brasil é transgênica.
Há alguns aspectos importantes a respeito da soja transgênica: para os agricultores, principalmente os menores, ela pode ser bastante limitadora, tendo em vista que é necessário pagar royalties para a empresa que tem a patente da tecnologia.
Além disso, há um risco de contaminação de plantações não transgênicas, causada pelo vento ou por insetos.
No aspecto da saúde, já existem alguns estudos que mostram que alimentos modificados geneticamente podem aumentar o risco de alergias em quem os consome.
Uma pesquisa do Instituto de Nutrição de York, na Inglaterra, feita em 1999, mostrou que há um aumento de 50% de alergias a produtos à base de soja, e isso pode ser explicado pela alta produção de sojas transgênicas.
A manipulação genética pode ainda aumentar a resistência do organismo a antibióticos, facilitar a presença de agentes tóxicos nos alimentos e aumentar os resíduos de agrotóxicos, tendo em vista que as pragas e ervas que fazem parte da plantação podem adquirir resistência por causa dos genes introduzidos no alimento, o que pode obrigar a aplicação de maiores quantidades de veneno nas plantações.
Algumas contraindicações da soja são um pouco controversas: alguns especialistas afirmam que a alta quantidade de isoflavonas, quando ingeridas em excesso, podem:
No entanto, outros estudiosos garantem que, apesar de as isoflavonas serem similares ao estrogênio, elas não são iguais e atuam de modo diferente no organismo.
Por fim, algumas pessoas têm mais dificuldade em
Por via das dúvidas, vale a pena ficar de olho na quantidade recomendada.
A quantidade diária máxima de consumo de soja deve girar em torno de 100 gramas ou uma concha de soja por dia, de acordo com recomendação do Ministério da Saúde.
Também é interessante consumir três vezes por semana, tendo em vista as altas quantidades de isoflavona, que como visto anteriormente, podem ser maléfica, quando em excesso.
A melhor forma de consumir a soja é em forma de tofu, grãos ou farinha, pois dessa forma o alimento mantém suas propriedades nutricionais.
Já o óleo de soja e a versão texturizada não são tão interessantes, pois perdem em nutrientes.
O mais importante é optar sempre pela soja orgânica e não a transgênica. Todos os benefícios relatados aqui são referentes ao alimento em versão natural. Ainda são poucos conhecidos os efeitos da versão geneticamente modificada para o organismo humano.
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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