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A diferença entre o bom e o ruim para a sua saúde é a dose, a quantidade que você usa – isso é verdade para as ervas de cura, para os remédios, as drogas e até para alguns alimentos. E mais, não só a dosagem mas, também, a maneira de preparar o alimento pode fazer a diferença entre o saudável e o tóxico.
Mandioca, espinafre – duas plantas muito conhecidas, usadas pela humanidade há muitos séculos mas, se forem mal preparadas, podem ser mortais. Há outras mais – não pense que basta ser planta para você poder comer.
O uso alimentar de uma série de plantas só se deu pelo uso do fogo e a arte de cozinhar – aqui neste rol também estão as berinjelas, o amendoim, a castanha do caju, algumas couves, as taiobas, os inhames e todas as verduras ricas em ácido oxálico, ácido cianídrico ou qualquer outro componente tóxico ao ser humano e que se degrade por ação do fogo.
Até cebolas, mostarda e nabo serão tóxicas caso consumidas cruas e em excesso – e sua toxidade se deve ao seu conteúdo em glicosinolatos, que inibem a absorção do iodo.
Ou então, que dizer dos feijões de todos os tipos, ricos em lecitina e, bastante tóxicos quando consumidos crus?
Mas, ainda há os nitratos – nas couves diversas, e as saponinas ou as solaninas, degradáveis por ação do calor e, com essa condição, permitem que as plantas sejam consumidas por nós. Para este caso pense em batatas, mandioquinha, beterraba, soja, espinafre, aspargo, e muitas mais.
E também a capsaicina, que dá o ardido de toda pimenta vermelha e que é tão curativa, se for consumida em excesso, poderá te matar – excesso, no caso, seria um prato grande de pimentas, certo?
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Sem cozinhar ou passar pelo fogo, é imensamente perigosa pelo seu conteúdo em ácido cianídrico. Na macaxeira ou aipim, no entanto, esse conteúdo é desprezível sendo fatal na mandioca de fazer farinha, mais conhecida como mandioca brava.
Crua não dá para comer pois contém uma toxina de nome urushiol mas, torrada ou cozida é boa demais. Só que tem que ser bem cozida para que seu fator tóxico seja eliminado.
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Todas elas, vermelhinhas e bem ardidas, contêm capsaicina, curativa e tóxica quando em demasia.
Batatas são potencialmente tóxicas por conta do glicoalcalóide que possuem suas ramas e folhas. É por essa razão que também não devem ser consumidas as batatas esverdeadas – pois estas contêm também esse alcalóide específico. Em algumas culturas tem-se o uso da folha de batata como chá curativo – sim, é curativo porém também é muito perigoso – e, em algumas situações se verifica até o coma e a morte de quem o consome.
Cruas também não devem ser consumidas por seu conteúdo em cianeto que só é degradado após torrefação ou cozimento suficiente. É o cianeto que faz as amêndoas cruas terem sabor amargo, o mesmo que há nas sementes de maçã, ameixa, pêssego ou cereja e todas essas são, pelo mesmo motivo, perigosas quando ingeridas sem passar pelo fogo.
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Em excesso pode gerar dor de cabeça, confusão mental e vômitos pelo seu teor em ácido cianídrico. O mesmo efeito pode ocorrer ao se consumir as partes verdes – caules e folhas.
Caules e folhas do tomateiro, tão cheirosos e de cor apetitosa, são violentamente tóxicos podendo levar inclusive à morte (à semelhança das folhas e ramas de batatas), pois contêm elevado teor de glicoalcalóide. A fruta, o tomate, não é tóxico.
Existem diversas espécies venenosas e que podem ser confundidas, facilmente, com as comestíveis portanto, não é indicado o consumo de cogumelos encontrados no campo por mais parecidos que sejam com aqueles cultivados que você está acostumado a comprar e consumir. Uma das toxinas mais mortais que ocorrem em cogumelos são as alpha-amanitina.
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Esta fruta é muito rica em ácido oxálico e, em excesso, aumenta a formação de cálculos renais e biliares em pessoas propensas e ainda pode causar irritação nas mucosas intestinais.
A carambola não é indicada aos diabéticos e aos que já sofrem dos rins. A quantidade segura de carambola é de uma fruta ao dia.
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Este vegetal é rico em ácido oxálico e ácido fítico. Esses dois ácidos contêm saponinas que podem causar inflamação na mucosa intestinal, o ácido fítico é um antinutriente que inviabiliza a absorção de outros nutrientes fundamentais e, o ácido oxálico, já falamos acima, pode piorar a condição renal de algumas pessoas mas, quando o espinafre é cozido poderá ser consumido diariamente, desde que água seja descartada.
O consumo cru, em salada, deve ser limitado a uma dose semanal.
Quando usado em excesso pode levar a diarreia, vômitos, problemas de pele, irritação intestinal e no fígado. Como óleo curativo deve ser consumido diluído em água, algumas poucas gotas ao dia (começasse com 1 gota até o máximo de 6), para prevenção de câncer ou alguns problemas do sistema nervoso central e, com mel para problemas pulmonares.
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Esta lista é só um exemplo pois, existem muitas outras fontes naturais, curativas e alimentares que interagem negativamente com nossa saúde em função dos estados específicos, ou de como são preparadas.
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