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A diabetes é uma doença crônica na qual os níveis de açúcar no sangue tendem a subir ou a se manter elevados, causando diversos problemas derivados. Cegueira, má cicatrização e coma diabético, representam a fase final da doença.
Mas é possível evitar esse final trágico, seguindo as orientações médicas para controlar o avanço da doença e driblar suas consequências.
Geralmente, para além do uso dos medicamentos que controlam os picos de glicemia no sangue, recomenda-se também uma dieta específica.
Como é essa dieta?
Que alimentos são recomendados?
Quais alimentos deve-se evitar?
Claro que um nutricionista especializado deva ser consultado para montar uma dieta personalizada, a fim de facilitar o cumprimento da meta.
Mas é consenso entre estes profissionais que a melhor dieta a seguir, no caso da diabetes, é aquela que privilegia alimentos vegetais que ajudam a regular os níveis glicêmicos no sangue.
É também um consenso o fato de que não há dieta que seja suficiente, sem que esta esteja associada à uma atividade física.
pequenas medidas, porém muito importantes, são necessárias para combater a diabetes à mesa.
Os que sofrem de diabetes devem consumir alimentos com baixo índice glicêmico (parâmetro útil para classificar os alimentos de acordo com o efeito que eles têm sobre o açúcar no sangue).
A dieta para os diabéticos é um instrumento terapêutico fundamental para evitar complicações com essa doença. E dieta quer dizer: o que se come, quanto se come e como se come.
A dieta mediterrânea é considerada ótima para os casos de diabetes, pois privilegia alimentos naturais, com ação anti-inflamatória e que ajudam na capacidade de regeneração das artérias, mantendo-as jovens e saudáveis.
Nesta dieta, recomenda-se o consumo regular de vegetais mas também de tubérculos, algumas frutas e alguns cereais, de preferência integrais, limitando o consumo de pães e massas feitos de farinha branca e, claro, de gorduras de origem animal.
Lugar de honra na dieta mediterrânea tem o azeite de oliva extra virgem, o melhor óleo para uso culinário. Um azeite de oliva de boa qualidade e pureza comprovada, reduz o risco de diabetes:
No caso da diabetes tipo 2 é importantíssima a ingestão de óleo de peixe para a proteção das artérias. No caso, trata-se de acrescentar ácidos graxos essenciais, como o Ômega 3, que, como sabemos, também existem em alguns alimentos de origem vegetal.
Até mesmo algumas ervas aromáticas ou especiarias devem ser usadas mais frequentemente na dieta para diabéticos. Aqui se trata, especialmente, do orégano e do alecrim que, já foi demonstrado, ajudam no combate da diabetes.
Até a canela é um alimento importante para os diabéticos. De acordo com um estudo médico, a ingestão de uma dose diária de 6 g de canela reduz o açúcar no sangue daqueles que sofrem de diabetes tipo 2.
Depois, há o açafrão-da-terra, ou cúrcuma, que também age na redução da glicemia no sangue.
A dieta para diabéticos deve incluir também alimentos vegetais ricos em fibras, pois as fibras ajudam na redução da absorção da glicose, e ricos em antioxidantes.
Recapitulando, a dieta para diabéticos deve incluir, portanto:
De acordo com as dicas da Fundação Veronesi, a melhor maneira de um diabético se alimentar é:
Na dieta para diabéticos, e em todas as outras dietas saudáveis, é bom evitar o excesso de carboidratos refinados e açúcar branco assim como todos os alimentos que os contenham como:
É também necessário reduzir o consumo de frutas muito ricas em frutose como:
O consumo de bebidas alcoólicas (exceto vinho e cerveja, com as restrições de quantidade já mencionadas) deve ser radicalmente evitado pelos diabéticos pois, o álcool atua negativamente no metabolismo da insulina.
Em resumo, em uma dieta para diabéticos, os seguintes alimentos devem ser limitados ou evitados:
A diabetes tipo 2 pode ser prevenida com a nutrição adequada. Sem dúvida, seguir uma dieta predominantemente à base de verduras, algumas especiarias e ervas capazes de reduzirr o nível de açúcar no sangue, associando esta alimentação a atividade física diária, moderada (talvez uma caminhada todos os dias) são armas que todos temos disponíveis para evitar o risco de diabetes tipo 2.
Então, lembre-se, diariamente, de preferir:
Uma pesquisa da Escola de Medicina Mount Sinai (New York) afirma que cozinhar ao vapor ou em fervura, assim como grelhar os alimentos, é a melhor maneira de se reduzir o risco de desenvolver a diabetes tipo 2. Reduza a fritura.
Para complementar este material, consultamos o médico Alessandro Targhetta, especializado em intolerância alimentar, que nos deu algumas indicações preciosas:
“Um diabético deve ter uma dieta com alimentos de baixo índice glicêmico e baixo índice de insulina. Diabéticos devem evitar alimentos que têm um alto índice glicêmico como açúcar branco, farinha branca, arroz branco, mel, xarope de bordo, álcool, café, junk food e alguns tipos de frutas (damascos, melancia, figo, uvas, melão, manga, banana, pera, mamão, pêssegos, ameixas, abacaxi, kiwi, frutos secos, etc.) e diferentes tipos de vegetais (batatas, cenouras cozidas, beterraba cozida, abóboras, nabo, etc).
Deve prestar muita atenção para: sucos de fruta, bebidas doces, etc.
Prefira frutas de baixo índice glicêmico, como frutas vermelhas, amoras, cerejas, frutas cítricas, bagas de goji, algum tipo de maçã, etc. Evite alimentos de alto índice de insulina, como carne vermelha, frango e produtos lácteos, porque indiretamente pode elevar o seu nível de açúcar no sangue.
Muitos estudos mostram uma relação entre o consumo de leite, iogurte e produtos lácteos, com uma maior incidência de jovens dependentes de insulina diabetes (Finlândia)”.
As fibras são realmente tão importantes em uma dieta adequada para uma pessoa diabética?
“Um diabético deve consumir fibras porque reduz a absorção de glicose na corrente sanguínea e, em seguida, reduzir as oscilações de açúcar no sangue. Além disso, as fibras também melhoram a sensibilidade à insulina, contrariando a resistência à insulina. O diabético deve comer grãos e legumes ricos em fibras”.
E quanto à gordura?
“Um diabético deve também reduzir o consumo de gorduras animais porque aumentam a resistência à insulina. Melhor consumir ômega 3 e ômega 6 de origem vegetal, tais como os derivados de nozes, amêndoas, avelãs, sementes de girassol, etc”.
O que se pode dizer sobre a carga glicêmica?
“Também importante é a carga glicêmica da refeição. A carga da glicemia é o resultado da combinação dos alimentos com um índice glicêmico diferente. Por exemplo para reduzir o índice glicêmico do trigo ou do arroz é bom comer sempre um prato de vegetais crus misturados a estes. Nós associamos sempre legumes ou algas para reduzir a carga glicêmica da refeição.”
Para formular uma dieta especialmente para você, consulte um médico e um nutricionista que possam avaliar o teu caso em específico e estabelecer uma dieta que seja ideal para o teu caso em particular.
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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