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Estévia é uma planta, Stevia rebaudiana, nativa do Brasil e Paraguai, cujas folhas têm um princípio adoçante natural muito potente, o esteviosídeo. Aqui vamos contar porquê a estevia é uma alternativa natural tão melhor do que o açúcar, quando a questão é se obter um sabor adocicado nos alimentos.
Você já deve ter se dado conta de que existem, nos supermercados, uma série de produtos onde entra a estévia em extrato. O extrato da estévia é um pó branco que adoça imensamente mais do que o açúcar da cana-de-açúcar – de 70 a 400 vezes mais.
Stevia rebaudiana, uma planta do gênero Stevia, da família Asteraceae, é um arbusto com longas folhas verdes e pequenas flores brancas, nativa da América do Sul. Os guaranis já usavam estévia há 1.500 anos – com ela temperam o mate para reduzir o seu amargor e também a usam como planta nutricional (é rica em minerais essenciais ao nosso organismo) e medicinal.
No entanto, o uso da estévia foi proibido na Europa, durante algum tempo, por se pensar que o esteviol, presente na planta, tivesse algum potencial cancerígeno.
O Japão usa estévia há décadas em diferentes tipos de bebidas e de alimentos como doces, sorvetes e iogurte.
Diz-se que tanto o esteviol quanto o esteviosídeo, componentes naturais da estévia, são princípios ativos com potencial cancerígeno. Este é o argumento, ou a razão invocada para justificar cautela no uso alimentar da estévia nos diferentes países onde foi proibida. Também se discutiu extensamente sobre o possível efeito abortivo da estévia e o impacto negativo sobre o sistema reprodutivo humano.
Os estudos chegaram à conclusão de que, em doses elevadas, a ingestão de extrato de estévia pode ser, sim, potencialmente prejudicial à saúde mesmo tendo sido demonstrado que nosso organismo é capaz de dissipar os compostos tóxicos pelo intestino, fígado e rins.
A dúvida, no entanto, se refere ao consumo do extrato industrializado da estévia e não ao uso das folhas de estévia, prática comum nas populações do sul do nosso continente que, no entanto, não foi relacionado com ocorrência de problemas de saúde que o impeçam.
A estévia pode ser consumida por pessoas que sofrem de diabetes pois, como não é metabolizada pelo nosso organismo, não afeta os níveis de insulina e não inclui calorias na dieta.
Uma pesquisa verificou que a ingestão de extrato de estévia por diabéticos tem, inclusive, ação hipoglicemiante.
Outro estudo busca evidências de que o consumo de extrato de estévia poderá ter efeito antihipertensivo em pessoas que sofrem de hipertensão leve.
Você poderá ter um arbusto de estévia no seu jardim e aproveitar o uso das folhas como adoçante, da mesma forma que sempre fizeram os guaranis.
A estévia pode ser plantada através de sementes (na primavera), em vasos ou diretamente no chão.
Em condições climáticas secas, mantenha um sistema de regas frequentes pois, esta planta gosta de calor e umidade.
Duas semanas após a sementeira você já deverá ter suas mudinhas. A estévia não é exigente com o tipo de solo: se o solo for argiloso a planta crescerá em altura, terá folhas menores e menos doces e, se o solo for arenoso e solto, a planta terá folhas maiores e mais edulcorantes.
A planta da estévia também pode ser plantada de galho – basta colocar o galho cortado no solo úmido e esperar o enraizamento que, costuma ser fácil e rápido.
Você deverá ter uma quantidade boa de folhas reunidas – indica-se cortar a planta toda deixando 10 cm de altura de toco de base, que irá rebrotar com as chuvas. Ou também poderá cortar só as folhas que vai precisar, mantendo o arbusto e as flores.
Junte as folhas e deixe secá-las ao ar. Bata as folhas secas no liquidificador até obter um pó fino. Este pó é o “açúcar de estévia” que você poderá usar na próxima temporada – guarde-o em frasco hermético, em local seco e fresco.
Esse pó de folhas secas de estévia tem um poder edulcorante 20 vezes maior do que o do açúcar refinado.
No mercado você encontrará estévia em diversas formulações: cristais brancos sintetizados, tintura, pastilhas e pó de folhas.
Procure sempre a informação de origem que confirme tratar-se de 100% de Stevia rebaudiana. Nas formulações de mercado, especialmente nas pastilhas, você poderá encontrar também diversos outros componentes como:
eritrolo (um novo edulcorante sintético que barateia o custo e confere maior volume aos preparados de estévia),
bicarbonato de sódio (como regulador de acidez),
estearato de magnésio (secante e moldante, para as pastilhas não se desfazerem nos moldes de fabricação),
aromas (para melhorar o sabor final do produto ou mascarar o sabor de alcaçuz, que não deveria estar lá), etc.
O pó de folhas secas de estévia pode ser usado para adoçar líquidos e chás e tem um poder bem maior de adoçar do que o açúcar – uma pontinha de colher de chá é quanto bastará. Para fazer biscoitos, por exemplo, você deverá usar só 4 gr de pó de folha de estévia para cada 400 gr de farinha de trigo. Então, claro, o pó de folha não entra nas receitas com o mesmo objetivo pois, vai faltar volume e peso, que você deverá complementar com outra coisa.
O concentrado líquido tem mais de 70 vezes o poder edulcorante do açúcar e o extrato, mais de 300 vezes.
Para adoçar o café ou o chá você pode usar tanto o extrato em pó como o pó de folha moido diretamente no filtro. As folhas frescas podem ser usadas para adoçar qualquer chá de ervas que você queira fazer.
Lembra, de longe, o do alcaçuz e, no começo, pode até nem ser tão aceitável assim. Os que consomem estévia como adoçante dizem que o extrato altera o sabor real do alimento adoçado de uma maneira que não agrada a muitos.
● abortivo – seu uso não é aconselhado a mulheres grávidas
● altera o gosto do leite materno – não recomendado a mulheres que amamentam
● alergênico potencial a quem tem alergias na família botânica das Asteraceae (absinto (Artemisia absinthium), a alface (Lactuca sativa), o girassol (Helianthus), o crisântemo (Chrysanthemum sp.), a margarida (Bellis perennis), entre muitas outras).
● diabéticos e hipertensos devem ter muito atenção à dosagem para não sofrerem reduções abruptas de níveis de glicose no sangue e hipotensão arterial.
Mas, se não te agrada o sabor da estévia, saiba que existem outras alternativas naturais de adoçante, para se evitar o açúcar de cana:
● adoçante de arroz
● malte de cevada
● xarope de bordo
● xarope de agave
● açúcar de coco
● xarope de maçãs
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Categorias: Alimentação, Alimentar-se
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